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domingo, 23 de abril de 2017

Culto Cristão no Lar



     Você, mãe, não ignora a influência que o ambiente exerce sobre as criaturas, em geral, e sobre a criança, em particular.

A criança, em sua generalidade, nada mais é do que um Espírito necessitado de reparar faltas e falhas do passado e de, pelo desenvolvimento de qualidades positivas, fazer com que, pouco a pouco, desapareçam suas imperfeições e fraquezas.

E o ambiente espiritual em que cada criança se sentir envolvida, muito, por certo, a auxiliará.

Você, que deseja, acima de tudo, o bem de seu filho, há de, certamente, lhe querer proporcionar esse ambiente favorável, porque, realmente, esta é a sua principal missão no Mundo.

Quando Deus nos concede um lar não é apenas para que tenhamos nele conforto e comodidade, apoio material e moral, um escudo de proteção contra os perigos da vida.  Não; é também e, principalmente, para que realizemos, dentro dele, uma obra silenciosa, de dedicação, de renúncia, de amor construtivo, isento de egoísmo e de ciúme, livre de sentimentos que com o amor não se coadunem.

Para que o seu consorte vença as suas provações e vicissitudes na vida, para que seus filhos se preparem também para vencer, para que todos se sintam ao abrigo de influências destrutivas, mister se faz que o seu coração constitua um centro de irradiações de paz, de harmonia, de compreensão, de tolerância, de bondade, de caridade, enfim, de amor cristão.

Faça do lar um núcleo gratificante, um oásis de retemperamento para todos os que nele vivem e para todos os que dele se aproximem.

Cultive o Evangelho no seu coração, na intimidade dos pensamentos e sentimentos.  Imprima-lhe esse cunho de espiritualidade que só as mulheres sabem dar a todas as coisas.  Procure sentir-se sempre mais feliz em dar, do que em receber.  Não exija isto ou aquilo daqueles que a cercam.  Procure, sim, dar alguma coisa de si mesma.  Não exija que as criaturas sejam o que Você imagina ou desejaria que elas fossem. É possível que cada uma delas também deseje que Você seja diferente do que é. Aceite-as tais quais são.  Esforce-se por compreendê-Ias mais do que ser por elas compreendida.

Cada um de nós sempre vive exigindo que os outros nos compreendam, nos desculpem, nos tolerem, nos queiram bem, maigrado os nossos defeitos que, por certo, os hão de incomodar.  Mas qual de nós procura dar aos outros compreensão, tolerância, bem querer, malgrado os defeitos que eles também apresentem?

Não faça juízos temerários nem apressados.  Procure ver tudo com bons olhos, detendo-se na melhor parte, olhos que descubram o bem antes do mal.

Procure sempre explicações simples e naturais, que assim estará mais perto da Verdade e em melhores condições de viver e conviver pacificamente.  Cultive a simplicidade em todas as coisas, principalmente no pensar e no sentir.  Esforce-se por afeiçoar sua vida e seu coração ao Evangelho de Jesus.  Mas veja bem - sua vida, não a vida dos outros.  Ponha todo o empenho em ser, hoje, melhor do que o foi ontem, entendendo os defeitos do próximo como instrumentos para burilar-lhe o espírito e como oportunidades de Você verificar o real aproveitamento dos ensinos do Evangelho.  Seja a prece uma constante nos seus dias e faça do lar um Templo da Religião do Amor, que estará assim colaborando, da maneira mais eficiente, para a instauração do Reino de Deus na face da Terra.
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Por: PASSOS LIRIO
Fonte: Revista Espírita “O Reformador” – FEB – Agosto/2000
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Segundo ano sem a presença física do Professor Wagner de Castro. Gratidão pelos ensinamentos, pelo colo e amizade. Uma oração é a única coisa que podemos fazer neste momento. Até logo, querido Professor!


Nasceu em Franca (SP), em 27 de julho de 1917, tendo aqui vivido cinco anos. Posteriormente, a família Castro mudou-se para Ribeirão Preto e São Paulo, onde Wagner começou a desenhar sozinho. Já adulto, decidiu-se dedicar à pintura, mas freqüentou a escola de Belas Artes somente por dois meses, não se adaptando aos ensinamentos acadêmicos. Em 1939, ao visitar os avós maternos em Passos, Minas Gerais, ficou encantado com a pequena cidade e, em 1944, mudou-se para lá, o que acabou por afastá-lo definitivamente dos ambientes da produção artística moderna.
Em 1953, foi nomeado professor de Desenho, Trabalhos Manuais e Modelagem para lecionar em escolas estaduais de Passos.
Apenas em 1964 fez sua primeira exposição em São Paulo, em uma Galeria de Arte na rua Augusta, quando teve o primeiro contato com Pietro Maria Bardi, que o convidou para expor no MASP. Sua exposição seguinte aconteceu numa galeria de arte de Belo Horizonte, em 1968. A exposição do MASP somente aconteceu depois de uma exposição que fez em Franca, na Pinacoteca Municipal, em 1980. Em 1983, fez exposição na Galeria de Arte do Teatro Nacional de Brasília e, mais recentemente, em Belo Horizonte, no Museu da Pampulha.
Aposentado como professor em 1987, Wagner pode dedicar-se integralmente à pintura. Doou um conjunto de obras de seu acervo particular para o patrimônio municipal de Passos, permitindo a criação pela Prefeitura Municipal, na Casa da Cultura de Passos, do "Espaço Artístico Wagner de Castro", que conta hoje com 57 pinturas a óleo sobre eucatex de grandes proporções.
Diariamente, sempre a passos tranqüilos e suaves, o pintor Wagner cumpre um ritual: das 13 às 17 horas vai para o Espaço Artístico, orientando uma média anual de 10 alunos, encontrando também disposição para executar novos trabalhos.
Faleceu no dia 23 de Abril de 2015. 
Fonte: http://www.laboratoriodasartes.com.br/wagner.html

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