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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

SUPÉRFLUO


Cultivemos o hábito da vida simples.

O supérfluo é sempre um peso desnecessário sobre os ombros.

Quanto mais tiver a que se apegar mais o espírito se sentirá embaraçado.

Para que o homem acumula o que não desfruta?!

Quantos passam a vida vigiando o que imaginam ter para, depois, entregarem a mãos de pessoas levianas e irresponsáveis?!

O que excede às nossas necessidades está fazendo falta a alguém.

Muitos dão, mas apenas as migalhas do que lhes sobra.

Na oração, Jesus não nos ensinou a pedir mais do que “o pão nosso de cada dia”.

A vida simples é sabedoria de quem consegue passar sobre a Terra incólume às tentações de ordem material.

Viver com simplicidade é viver usufruindo a melhor parte da vida, degustando-lhe o sabor e sentindo o seu perfume.

Ao contrário, quem corre atrás do supérfluo contraditoriamente passa pela vida contentando-se com bem pouco, porque não tem olhos para enxergar o tesouro que “os ladrões não roubam, a traça não destrói e a ferrugem não consome”.
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Irmão José/Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA, ed. Didier 




MENSAGEM DO ESE:

Aquele que se eleva será rebaixado (II)

Então, a mãe dos filhos de Zebedeu se aproximou dele com seus dois filhos e o adorou, dando a entender que lhe queria pedir alguma coisa. — Disse-lhe ele: “Que queres?” “Manda, disse ela, que estes meus dois filhos tenham assento no teu reino, um à sua direita e o outro à sua esquerda.” — Mas, Jesus respondeu, “Não sabes o que pedes; podeis vós ambos beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos.” — Jesus lhes replicou: “É certo que bebereis o cálice que eu beber; mas, pelo que respeita a vos sentardes à minha direita ou à minha esquerda, não me cabe a mim vo-lo conceder; isso será para aqueles a quem meu Pai o tem preparado.” — Ouvindo isso, os dez outros apóstolos se encheram de indignação contra os dois irmãos. — Jesus, chamando-os para perto de si, lhes disse: “Sabeis que os príncipes das nações as dominam e que os grandes os tratam com império. — Assim não deve ser entre vós; ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; — e, aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo; — do mesmo modo que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos.” (S. MATEUS, capítulo XX, vv. 20 a 28.)
Estas máximas decorrem do princípio de humildade que Jesus não cessa de apresentar como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor e que ele formulou assim: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que o reino dos céus lhes pertence.” Ele toma uma criança como tipo da simplicidade de coração e diz: “Será o maior no reino dos céus aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança, isto é, que nenhuma pretensão alimentar à superioridade ou à infalibilidade.
A mesma idéia fundamental se nos depara nesta outra máxima: Seja vosso servidor aquele que quiser tornar-se o maior, e nesta outra: Aquele que se humilhar será exalçado e aquele que se elevar será rebaixado.
Espiritismo sanciona pelo exemplo a teoria, mostrando-nos na posição de grandes no mundo dos Espíritos os que eram pequenos na Terra; e bem pequenos, muitas vezes, os que na Terra eram os maiores e os mais poderosos. E que os primeiros, ao morrerem, levaram consigo aquilo que faz a verdadeira grandeza no céu e que não se perde nunca: as virtudes, ao passo que os outros tiveram de deixar aqui o que lhes constituía a grandeza terrena e que se não leva para a outra vida: a riqueza, os títulos, a glória, a nobreza do nascimento. Nada mais possuindo senão isso, chegam ao outro mundo privados de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as próprias roupas. Conservaram apenas o orgulho que mais humilhante lhes torna a nova posição, porquanto vêem colocados acima de si e resplandecentes de glória os que eles na Terra espezinharam.
O Espiritismo aponta-nos outra aplicação do mesmo princípio nas encarnações sucessivas, mediante as quais os que, numa existência, ocuparam as mais elevadas posições, descem, em existência seguinte, às mais ínfimas condições, desde que os tenham dominado o orgulho e a ambição. Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocar acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Buscai, ao contrário, o lugar mais humilde e mais modesto, porquanto Deus saberá dar-vos um mais elevado no céu, se o merecerdes.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 4 e 6.)

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INSATISFAÇÃO

Ninguém se sinta deslocado em seu próprio lugar.
Cada pessoa vive com as pessoas com que necessita viver para ajustar-se consigo.
A insatisfação que experimentamos com os outros quase sempre é insatisfação com nós mesmos.
As Leis que regem a Vida nunca se enganam.
Somos o que fizemos de nós e temos exatamente aquilo que merecemos.
Não culpemos ninguém pelas frustrações que nos impedem de ser o que desejamos.
Para que as coisas fossem diferentes, precisaríamos tê-las feito diferentes.
Ajustemo-nos, pois, e, com os recursos morais que nos sejam disponíveis, procuremos realizar o melhor.
Quem se conscientiza de suas limitações já começa a superar-se.
Estamos hoje no justo lugar a que os nossos pés nos conduziram, vinculados a situações e pessoas que buscamos pela nossa liberdade de escolha.
Se a vida que vivemos nos aborrece, lutemos adquirindo os méritos que ainda não possuímos para que os nossos dias se façam plenos de alegria e paz.
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Irmão José/Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA, Ed. Didier

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