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sábado, 7 de abril de 2012

Amor Que Não Acaba



Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano?
 Quanto tempo dura o amor?
Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto dure.
E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de que amor eterno não existe.
Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia inigualável.

Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música de sua autoria.
Os versos diziam mais ou menos assim:Onde quer que você esteja, estou perto. Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá.

Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada promessa. Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você mais precisasse de mim?

O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as diz? Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são.

Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora. Elas vivem mesmo quando partimos.

Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. Sei que devo estar onde estou. E vou permanecer ao seu lado esta noite.

Nunca partiria quando você mais precisa de mim.

Vou manter meu anjo perto para sempre.

Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas os jurados e o público presente.

Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua decisão pessoal. É uma verdadeira declaração de amor.

Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos. A jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso.

Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não sobreviveu.

Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em uma mulher com muitas limitações físicas.

Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a dança, a alegria de todas as horas.

Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita.

E isso ele externaliza cantando e agindo.

* * *
Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. Quando se amam as formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se esvai.
Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba.
Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações se alteram.
Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento.
Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se sinta bem, seja feliz.
A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro.
Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.
É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais se solidifica.
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(Redação do Momento Espírita, com base em fato - em 27.02.2012.)

Tolera construindo



Quanto mais violência no mundo, em torno de nós, mais alta a nossa necessidade de tolerância para que se lhe reduzam os impactos destrutivos.

Quanto puderes, nas áreas de ação que te digam respeito, amplia os teus investimentos de compreensão e paciência, na garantia da paz e da segurança onde estejas.

Certo companheiro terá faltado ao pagamento dessa ou daquela importância que te é devida. 
Se não te encontras sob o domínio de necessidades prementes, compadece-te dele e aguarda mais tempo. 
Terá ele sofrido tribulações que desconheces.

Na rua, possivelmente, alguém te dirigiu palavras injuriosas que te espancaram a sensibilidade. 
Silencia em oração, pedindo à Divina Providência auxílio e entendimento, a beneficio daqueles que te agridam. 
As pessoas que te insultam com certeza se comportam sob o jugo de sofrimentos que nunca experimentaste.

Determinado amigo se te atravessou na estrada, empalmando-te recursos para cuja aquisição definitiva te sacrificaste longamente. 
Nada reclames. 
Provavelmente, estará ele conturbado por débitos de resgate urgente que o fazem esquecer as alegrias e os deveres da amizade.

Pessoas particularmente querida te haverá deixado a sós, na execução de compromissos  assumidos. 
Não te revoltes e continua agindo e servindo. 
Semelhante criatura esterá sob transtornos e dificuldades do sentimento e da vida, esperando-te a paciência e a bondade para não cair no posso da deliquência.

Compadece-te dos outros, auxilia-os quanto possas, ora e caminha adiante.

Nunca retribuas mal por mal.

Contribui com a tua parcela de amor para que o ódio desapareça.

Se os danos por ti sofridos, nessa ou naquela situação calamitosas, forem de tão grande porte que te inclines para qualquer providências punitiva, esquece o mal e perdoa os agravos mesmo assim, recordando que, em toda parte, se cumprem espontaneamente os processos da Justiça de Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier




sexta-feira, 6 de abril de 2012

ASSISTÊNCIA



Assistência é a caridade em ação.

Não desprezes o ensejo de ir ao encontro do companheiro necessitado para auxiliá-lo quanto possas.
A visita não se te fará inútil.

Doarás ao irmão em penúria o que puderes e, em troca, dar-te-á ele essa ou aquela instrução sobre paciência e conformidade, humildade e alegria.

Ampara e receberás amparo.

De todo ato de solidariedade no apoio aos semelhantes, voltarás melhor ao mundo de ti mesmo, porque a caridade opera pelo câmbio de Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier






quinta-feira, 5 de abril de 2012

Enfermo Inteligente


O enfermo no leito se encontra como onerado perante todos, abatido diante da vida. 
Parece um devedor sem remissão. 
É, pois, o instante de reagir, como doente inteligente, aceitando os fatos, sem que esses fatos o tornem um covarde.

Amigo enfermo, colocai-vos na posição de defesa, mas aquela que não entristece, que não reclama, que não revolta, que não inveja.
É a luta interna na vossa mente, renovando conceitos na base das recomendações do Cristo de Deus.

Se vos sentirdes aniquilado, compactuareis com as forças dessa natureza. 
Se a angústia vos ronda o coração e cederdes a essa opressão, estareis vos colocando ao lado do desânimo. 
Se os problemas morais invadem o vosso convívio, ateando fogo em vossos sentimentos, lembrai-vos de que o perdão e o amor são as melhores defesas, como água divina que apaga todas as investidas inferiores, na qualidade de combustível em chama.

A dor, de certo modo, é uma mensageira acessível à amálgama que se lhe queira dar. 
Já pensastes o quanto podeis ser útil, aquecido por ela? 
Aqueles que por amizade ou dever vos visitam, podem estar mais doentes que vós e, por vezes,
são impressionáveis ao ouvir a voz da vossa experiência. 
Se souberdes envolve-los na fé, na paciência, no amor, na esperança, na alegria, sairão dali fortalecidos, multiplicando a mensagem de ânimo onde quer que forem.

No leito, podeis meditar com mais eficiência nos próprios erros e corrigi-los, fazendo a mente sair da escuridão e instalando nela a luz, pela consciência. 
O enfermo inteligente, quando alia essa qualidade ao coração, é sobretudo uma alma introjetada, que encontra Deus em si mesmo, conhecendo a hora profética de arrancar o joio na abundante lavoura da mente, deixando o trigo maduro florescer como alimento para tudo e para todos.

Existe um amparo extraordinário nas horas das vossas provas difíceis.
 É a prece.

No entanto, é imprescindível saber fazê-la. 



Considerando que a súplica é um pedido do filho para o Pai, já pensastes quanto o genitor recebe, através do pedido, todo o carinho, toda a humildade, toda a fé, toda a gratidão e, acima de tudo, a esperança com alegria? 
Esse filho recebe mais, porque sabe dar de si mesmo e já granjeou experiências nos embates do
mundo.

Se por acaso vos encontrais no leito, com enfermidade de qualquer espécie, não abandoneis a fé e não desconfieis das Leis.
 Deus é justo, bom e misericordioso. 
A enfermidade é, pois, uma valorosa oportunidade de conhecer-vos a vós mesmos e entrardes no mundo íntimo, como operários de Deus. 
Vereis que o trabalho interno é mais profícuo.
Não peçais doenças. 
Todavia, se ela bater em vossa porta, não vos desespereis também. 
Nada ocorre por acaso.
 Milhares de olhos, como testemunhas de Deus, estão nos vendo.
 Milhares de ouvidos, como registros do Senhor, nos ouvem a todos.
 O Cristo é o nosso companheiro invisível, que nos segue, lado a lado. 
E, quando o discípulo estiver pronto Ele, o Mestre, aparecerá, frente a frente, porque dessa forma, não teremos mais vergonha da Sua magnânima presença.

A fé anula a dor e a dor, igualmente, desperta em nós a fé. 
Avancemos, pois, com Jesus e por Jesus em todas as direções que as nossas necessidades espirituais
acharem conveniente.
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João Nunes Maia 







Uma Lenda, Linda Lenda


Existe uma história de simplicidade linda, que eu gostaria de contar. 

Um lenda, um acalanto. . . 
 Não sei se é verdade. . . e não me importo com isso. 
Não precisa ser. . . ..

Foi há muito tempo atrás. . . depois do mundo ser criado e da vida completá-lo.

Num dia, numa tarde de céu azul e calor ameno. 
Um encontro entre Deus e um de seus incontáveis anjos. Acredita?

Deus estava sentado, calado. 
Sob a sombra de um pé de jabuticaba.
Lentamente sem pecado, Deus erguia suas mãos então colhia uma ou outra fruta.
 Saboreava sua criação negra e adocicada. 
Fechava os olhos e pensava. 
Permitia-se um sorriso piedoso.
Mantinha seu olhar complacente. 
Foi então que das nuvens um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção.

Já ouviu a voz de um anjo?
É como o canto de mil baleias.
É como o pranto de todas as crianças do mundo.
É como o sussurro da brisa.
Ele tinha asas lindas. . . . brancas, imaculadas. 
Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:

"— Senhor. . . visitei sua criação como pediu. 
Fui a todos os cantos.
Estive no sul, no norte.
No leste e oeste. 
Vi e fiz parte de todas as coisas. 
Observei cada uma de suas crianças humanas.
 E por ter visto, vim até o Senhor. . . . para tentar entender.
 Por que?
 Por que cada uma das pessoas sobre a terra tem apenas uma asa? 
Nós anjos temos duas. . . podemos ir até o amor que o Senhor representa 
sempre que desejarmos. 
Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. 
Mas os humanos com sua única asa não podem voar.
 Não podem voar com apenas uma asa. . . ”

Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo.

"— Sim. . . eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa. . . ”

Intrigado, com a consciência absoluta de seu Senhor o anjo queria entender e perguntou:

"— Mas por que o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas asas para se poder voar. . . . para se poder ser livre?”

Conhecedor que era de todas as respostas, Deus não teve pressa para falar. 
Comeu outra jabuticaba, obscura e suave.

Então, respondeu:

"— Eles podem voar sim meu anjo. Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês, meus arcanjos. . . .
 Para voar, meu amigo, você precisa de suas duas asas. . . 
Embora livre, sempre estará sozinho. Talvez da mesma maneira que Eu. . . .
Mas os humanos. . . . os humanos com sua única asa precisarão sempre dar as mãos para alguém a fim de terem suas duas asas. 
Cada um deles tem na verdade um par de asas. . . . uma outra asa em algum lugar do mundo que completa o par.
Assim eles aprenderão a se respeitarem pois ao quebrar a única asa de outra pessoa, podem estar acabando com as suas próprias chances de voar.
Assim meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa. . . aprenderão que somente se permitindo amar, eles poderão voar. 
Tocando a mão de outra pessoa em um abraço correto e afetuoso eles poderão encontrar a asa que lhes falta..e poderão finalmente voar. 
Somente através do amor irão chegar até onde estou. . . assim como você meu anjo.
E eles nunca. . . . nunca estarão sozinhos quando forem voar.”

Deus silenciou em seu sorriso.

O anjo compreendeu o que não precisava ser dito.

E assim sendo, no fim desse conto, espero que um dia você encontre a sua outra
asa. . . Para finalmente poder voar.
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Motivação 
Alfredo Castro Neto



Familiares Queridos



Em nos reportando a familiares queridos, observa que, da quota de tempo que já despendeste em ansiedade, na existência, talvez que a maior parcela terá sido gasta com preocupações em torno deles.

Pais, filhos, cônjugues, irmãos, tutelados e companheiros!... 

Muitos dentre eles andarão em problemas... 

Ameaçados. Menos felizes. 

Terão sofrido tentações e jazem desorientados, suportando prejuízos, e acham-se atormentados por aflição e desânimo.

À vista de provas atravessadas, provavelmente evidenciem alterações de comportamento e, por vezes, haver-se-ão internado em erros e labirintos, cujos meandros obscuros levarão tempo a superar...

Nesses lances críticos da experiência comum, perguntas habitualmente a ti mesmo : 
“Que fazer para auxiliá-los?"

Antes de tudo, convence-te de que não será lamentando ou acusando que te farás útil, nem tampouco largando as próprias obrigações, a fim de seguir-lhes os passos, no desaconselhável tentame de arrebatá-los às lutas edificantes de que necessitam. 

No esforço de ajudá-los, lembremos nós mesmos quando situados em certas encruzilhadas do mundo, reconhecendo que raras vezes teremos seguido os avisos nobres com que alguém nos tenha brindado. 

Rememore-mos as ocasiões em que teremos arquivado pareceres dignos e silenciado ante as apreensões de almas queridas, sem absolutamente deixar de lado as inclinações e propósitos que nos induziam para determinados tipos de aventura ou de ação inconveniente.

Quando devas tolerar longos períodos de ausência dos seres amados, por haverem escolhido caminhos de que não possas compartilhar, recorda que eles estão procurando a realização de si próprios. 

Ao invés de estranheza ou censura, dá-lhes o valioso apoio de tua compreensão e de tua bênção. 

Podes, além disso, auxiliá-los, através da oração, permanecendo em paz e amando-os sempre, na certeza de que a Bondade de Deus, que te guia e te envolve, envolve e guia a todos eles também.
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Emmanuel
Chico Xavier





quarta-feira, 4 de abril de 2012

COMO PERDOAR


Na maioria dos casos, o impositivo do perdão surge entre nós e os companheiros de nossa intimidade, quando o suco adocicado da confiança se nos azeda no coração.

Isso acontece porque, geralmente, as mágoas mais profundas repontam entre os Espíritos vinculados uns aos outros na esteira da convivência.

Quando nossas relações adoeçam, no intercâmbio com determinados amigos que, segundo a nossa opinião pessoal, se transfiguram em nossos opositores, perguntemo-nos com sinceridade: 

“como perdoar, se perdoar não se resume à questão de lábios e sim a problema que afeta os mais íntimos mecanismos do sentimento?”

Feito isso, demo-nos pressa em reconhecer que as criaturas em desacerto pertencem a Deus e não a nós; 
que também temos erros a corrigir e reajustes em andamento;
 que não é justo retê-las em nossos pontos de vista, quando estão, qual nos acontece, sob os desígnios da Divina Sabedoria que mais convém a cada um, nas trilhas do burilamento e do progresso. 

Em seguida, recordemos as bênçãos de que semelhantes criaturas nos terão enriquecido no passado e conservemo-las em nosso culto de gratidão, conforme a vida nos preceitua.

Lembremo-nos também de que Deus já lhes terá concedido novas oportunidades de ação e elevação em outros setores de serviço e que será desarrazoado de nossa parte manter processos de queixa contra elas, no tribunal da vida, quando o próprio Deus não lhes sonega Amor e Confiança.

Quando te entregares realmente a Deus, a Deus entregando os teus adversários como autênticos irmãos teus, - tão necessitados do Amparo Divino quanto nós mesmos, penetrarás a verdadeira significação das palavras de Cristo:

“Pai, perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, reconciliando-te com a vida e com a tua própria alma.

Então, saberás oscular de novo a face de quem te ofendeu, e quem te ofendeu encontrará Deus contigo e te dirá com a mais pura alegria no coração:

 “bendito sejas...”
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Emmanuel
Chico Xavier



terça-feira, 3 de abril de 2012

Segue


Enquanto te fixas nos acontecimentos de ontem, perdes os belos amanheceres que hoje começam e se prolongarão indefinidamente.

Quem ama e aspira a felicidade não se detém no passado, utilizando-se das suas lições para crescer no futuro.

A base do edifício permanece ignorada e é o elemento principal da sua segurança.

A raiz escondida no solo sustenta a gigantesca sequóia.

Novas idéias para o porvir, assim como deveres novos, devem constituir estímulo para o prosseguimento da marcha.

Existe em ti um depósito de valores desconhecidos que esperam ocasião para serem postos a serviço.

Elimina hábitos censuráveis.

Corrige comportamentos perniciosos.

Supera sofrimentos injustificáveis.

Caminha com passo firme na direção da meta.

Fracasso aparente é o ensinamento de como não se deve tentar a realização.

Perturbação representa apelo a harmonia.

Põe ordem em tua vida.

Ontem a tempestade danificou a tua seara.

Hoje recupera-se o solo encharcado.

Amanhã estarão cobertos de flores e frutos, o jardim e o pomar.

No momento máximo do desespero, confia no porvir.

O desengano deste momento faculta ensejo para a confiança porvindoura.

Sempre há tempo para refazer e recomeçar.

Não te demores, portanto, fitando o ontem, enquanto desperdiças o prazer superior de hoje com as alegrias que chegarão amanhã.
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Joanna de Ângelis 
 Divaldo P. Franco