Há um meio prático de se melhorar nesta vida, moralmente falando, resistindo às más tendências e procurando adquirir mais virtudes? Uma recomendação do filósofo Sócrates indica o melhor caminho: Conhece-te a ti mesmo!
Isso significa uma viagem interior de questionamentos, uma entrevista onde somos o entrevistado e o entrevistador. Sim, questionarmos a nós mesmos, avaliando diariamente o próprio comportamento para averiguar se alguém tem algo a reclamar de nós ou se cumprimos com o próprio dever no dia que passou.
Esta
auto-avaliação pode ser resumida em cinco itens:
a) Interrogarmo-nos sobre o que temos feito;
b) Com que objetivo fizemos ou agimos dessa ou daquela forma;
c) Se fizemos algo que censuraríamos se praticado por outra pessoa;
d) Se algo fizemos que não ousaríamos confessar;
e) Se ocorresse a morte, teríamos temor do olhar de alguém?.
E poderíamos ainda examinar se agimos contra Deus, contra nosso próximo e contra nós mesmos. As respostas obtidas nos darão o descanso para a consciência ou a indicação de um mal que precisa ser curado. Havendo dúvida sobre determinado comportamento, há ainda um passo decisivo:
“(...) Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações,
inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a
censurais noutrem, não na podereis ter por legítima quando fordes o seu
autor (...) “.
Esta dica, inclusive é precisa para possíveis
questionamentos sobre ilusões do julgar-se a si mesmo, atenuando as
faltas ou tornando-as desculpávies. Se censuramos no comportamento de
outra pessoa, é sinal que não aceitamos.
E, portanto, trata-se de
comportamento que não devemos adotar.
A formulação nítida e precisa de questões dirigidas a nós mesmos sobre o móvel de nossas ações ou o questionamento de nossas motivações é o caminho de nos conhecermos. E, convenhamos, conhecendo a nós mesmos, alcançaremos a reforma moral.
Imagine-se agora se cada ser humano travar essa intensa luta consigo
mesmo para melhorar-se a si mesmo, teremos um mundo melhor. É o que
todos desejamos, não é?
Anotações preciosas essas, de Santo Agostinho, na resposta à questão 919 de O Livro dos Espíritos.
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Orson Peter Carrara
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Anotações preciosas essas, de Santo Agostinho, na resposta à questão 919 de O Livro dos Espíritos.
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Orson Peter Carrara
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