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sábado, 23 de novembro de 2013

Pequeno Estatuto do Servidor da Beneficência



Amar ardentemente a caridade.

Colocar-se no lugar da criatura socorrida.

Considerar a situação constrangedora da pessoa menos feliz.

Amparar com descrição e gentileza.

Encontrar tempo para ouvir os necessitados.

Nunca ferir alguém com indagações ou observações inoportunas.

Abster-se de quaisquer exibições de superioridade.

Usar a máxima paciência para que o necessitado se interesse pelo auxilio que se lhe ofereça.

Jamais demonstrar qualquer estranheza ante os quadros de penúria ou delinquência, buscando compreender fraternalmente as provações dos irmãos em sofrimento.

Aceitar de boa vontade a execução de serviços aparentemente humildes, como sejam carregar pacotes, transmitir recados, efetuar tarefas de limpeza ou auxiliar na higiene de um enfermo, sempre que a seu concurso pessoal seja necessário.

Respeitar a dor alheia, seja ela qual for.

Aceitar os hábitos e os pontos de vista da pessoa assistida, sem tentar impor as próprias ideias.

Tolerar com serenidade e sem revides quaisquer palavras de incompreensão ou de injúria que venha a receber.

Olvidar melindres pessoais.

Criar iniciativa para resolver os problemas de caráter urgente na obra assistencial.

Evitar cochichos ou grupinhos para comentários de feição pejorativa.

Estudar para ser mais útil.

Não apenas verificar os males que encontre, mas, verificar-lhes as causas que se lhes faça a supressão.

Cultivar sistematicamente a bênção da oração.

Admitir os necessitados não somente na condição de pessoas que se candidatam a recolher os benefícios que lhes possamos prestar, mas, também na qualidade de companheiros que nos fazem o favor de receber-nos a assistência, promovendo e facilitando a nossa aproximação do Cristo de Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier






sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Pequeno Aborrecimento




Um moço de boas maneiras, incapaz de ofender os que lhe buscavam o concurso amigo, sempre meditava na Vontade de Deus, disposto a cumpri-la.

Certa vez, muito preocupado com o horário, aproximou-se de um pequeno ônibus, com a intenção de aproveitá-lo para a travessia de extenso trecho da cidade em que morava, mas, no momento exato em que o ia fazer, surgiu-lhe à frente um vizinho, que lhe prendeu a atenção para longa conversa.

O rapaz consultava o relógio, de segundo a segundo, deixando perceber a pressa que o levava a movimentar-se rápido, mas o amigo, segurando-lhe o braço, parecia desvelar-se em transmitir-lhe todas as minudências de um caso absolutamente sem importância.

Contrafeito com a insistência da conversação aborrecida e inútil, o jovem ouvia o companheiro, por espírito de gentileza, quando o veículo largou sem ele.

Daí a alguns minutos, porém, correu inquietante a notícia.

A máquina estava sendo guiada por um condutor embriagado e precipitara-se num despenhadeiro, espatifando-se.

Ouvindo com paciência uma palestra incômoda, o moço fora salvo de triste desastre.

O jovem refletiu sobre a ocorrência e chegou à conclusão de que, muitas vezes, a Vontade Divina se manifesta, em nosso favor, nas pequenas contrariedades do caminho, ajudando-nos a cumprir nossos mais simples deveres, e passou a considerar, com mais respeito e atenção, as circunstâncias inesperadas que nos surgem à frente, na esfera dos nossos deveres de cada dia.

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 Meimei
Chico Xavier







quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Eu não Merecia




Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.

A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso próprio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.

Assimilamos o “mito do vitimismo” nas mais remotas religiões politeístas, vivenciadas por todos nós durante as várias encarnações, quando os deuses temperamentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas decisões arbitrárias. Por termos sido vítimas nas mãos dessas divindades, é que passamos a usar as técnicas para apaziguar as iras divinas, comercializando fa­vores com oferendas a Júpiter no Olimpo, a Netuno nas ativida­des do oceano, a Vênus nas áreas afetivas e a Plutão, deus dos mortos e dos infernos.


Aprendemos a justificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de comportamento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunção dos astros não estava propícia, que a lua era minguante e que nascemos com uma má estrela.


Ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas do pecado de Adão e Eva e da crença de um deus judaico que privilegia um povo e despreza os outros, surgindo assim a ideia da hegemonia divina das nações.


As pessoas que acreditam ser “vítimas da fatalidade” continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúnios. Recusam absolutamente reconhecer a conexão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. São influen­ciadas pelas velhas crenças e se dizem prejudicadas pela força dos hábitos, pelas cargas genéticas e pela forma como foram criadas, afirmando que não conseguem ser e fazer o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.


A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um des­tino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: “Eu não merecia isto”, “A vida é injusta comigo”, nunca lhe ocorrendo, porém, que o seu jeito de ser é que materializa pessoas e situações em sua volta.


Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: “Meus problemas são causados por meu lar”, “Os outros sempre se comportam desta forma comigo”. Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que, ao renascermos, atraímos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos. São os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos, pois, constantemente maltratados é porque estamos constantemente nos maltratando e ou maltra­tando alguém.

Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão.

Outras pessoas ou situações po­derão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos determinaremos quais serão e como serão essas reações. As for­mas pelas quais reagimos foram moldadas pelas experiências em várias vidas e sedimentadas pela força de nossas crenças interiores - mensagens gravadas em nossa alma.

Portanto, precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamento infantil de criaturas mimadas e frágeis, que reclamam e se colocam como “vítimas do destino.

Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes é aceitar a nossa realidade de vida - as metas que alteram a sina de nossa existência.

Em vez de atribuirmos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que “as vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa”.

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Hammed 
 Renovando Atitudes

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“... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que para uns nada dá certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir?...”
“... As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que cada um deve compenetrar-se bem...”
(Capítulo 5. item 3.)






quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ação e Valor




“Tudo o que fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor e não aos homens.”
(Paulo – Colossenses – 3:23)

Para cada problema uma solução especial.

Quem pretende resolver dificuldades múltiplas de uma só vez, confunde-se e termina por agir erradamente.

Atitude precipitada — confusão antecipada.

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No exercício das pequenas dificuldades resolvidas a seu tempo, adquire-se capacidade para os complexos emaranhados que, não poucas vezes, convidam o homem a decisões seguras.

Se você programa cada realização em seu tempo e lugar, nenhuma impossibilidade ocorrerá no desdobramento das suas tarefas.

Solução adiada — inquietação a caminho.

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Encare toda realização com seriedade e valor.

Muitas coisas insignificantes perturbam ou ajudam as grandes realizações.

Uma gota de óleo lubrificante resolve o emperramento de uma peça metálica defeituosa.

Um pouco de ácido sulfúrico no corpo humano produz ferida.

Uma palavra gentil acalma um interlocutor violento.

Uma expressão facial de ódio perturba um companheiro ao lado.

Uma vírgula altera o sentido de um discurso.

Um sinal significativo trocado num cálculo redunda numa operação errada.

Descuido no freio desastre no veículo.

Tudo é importante na economia da vida.

Com uma página espírita, você dispõe de subsídios relevantes para a manutenção da paz.

Com o conhecimento do Evangelho, você tem ao alcance a chave para todos os problemas.

E se, por acaso, nas suas ações, você sentir-se vencido, com a humildade evangélica você encontrará a forma feliz para triunfar sobre si mesmo, o que, aliás é o importante.
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Marco Prisco






terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Melhor Vingança é o Perdão




Perdoar, esquecer a ofensa, eis um dos pontos mais difíceis de se pôr em prática.

Entretanto, sabemos que a ofensa que nos é dirigida só pode ter partido de uma alma enferma, corroída pelos micróbios das múltiplas enfermidades que assolam o mundo, e contra as quais, para sermos sinceros, não estamos ainda imunizados.

Quando tomamos a ofensa pela ofensa, quando levamos para dentro de nós o ódio, o desejo de vingança, estamos simplesmente assinando o nosso atestado de criaturas tão ou mais enfermas que aquelas que trouxeram até nós motivos capazes de nos levar a um estado tão negativo.

Sei que não é fácil receber as chibatadas da injustiça, da ingratidão, da injúria, da maledicência e de outros atentados a nossa personal idade, principalmente se não demos motivo para tal.

O mundo profano considera quem já é capaz de reagir com calma e serenamente a qualquer investida dessas almas enfermas como covarde e sem personalidade.

E o que é personalidade, senão ainda o resquício de convalescença da alma que se destacou no mundo da matéria, que se firmou no conceito dos homens, mas que, por isso mesmo, considera-se em posição privilegiada?

Vingar-se, revidando ofensas, é colocar-se no nível ou abaixo do nível do ofensor. 
 
Mas perdoar é subir mais um degrau na grande escala da evolução.

O perdão é a vingança dos fortes.
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Cenira Pinto
 












 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Indicação de Amigo



Nunca se diga inútil.

Por agora: você não é um anjo, no entanto é capaz de ser uma pessoa reta e nobre;

não terá santidade para mostrar, mas possui vastas possibilidades de agir, em benefício do próximo;

não apresenta qualidades perfeitas, contudo, você detém recursos preciosos de servir;

talvez não consiga revelar alto índice de cultura intelectual, porém, consegue amparar a muitos companheiros com excelente orientação;

provavelmente, não lhe será possível movimentar grandes riquezas do mundo, entretanto nada lhe impedirá o esforço de acumular tesouros de bondade no coração e de irradiá-los em gestos de compreensão e de amor,
por fim é, provável que você ainda não conheça o que seja a felicidade, mas pode adquiri-la, se você quiser, aprendendo a trabalhar em favor dos outros, e entender e perdoar, encorajar e sorrir. 
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André Luiz
Chico Xavier