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sábado, 12 de abril de 2014

CRÍTICAS A ESMO


Não faças críticas a ninguém.

Sobre a Terra todos são vulneráveis.

Auxilia.

Sê condescendente.

Todos agem movidos pelas suas carências.

A fragilidade é própria do ser humano.

Habitualmente caímos naquilo que mais condenamos.

Tem sempre uma palavra que justifique a falta alheia.

Não reforces a opinião de ninguém contra este ou aquele.

A rigor, ninguém erra porque se compraza no erro.

É a ignorância que nos induz a infelizes opções e equivocadas escolhas.

Viver é um constante aprendizado.
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  Irmão José




sexta-feira, 11 de abril de 2014

Acreditar e agir




Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.


Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.


O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.


O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.


Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir.


Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.


O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força.


O barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que estava.


Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor.


Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.


Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.


Então, o barqueiro disse ao viajante:


Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.


Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: agir e acreditar.


Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.


Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.


* * *


Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não-violência.


Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.


Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou e agiu, superando a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.


Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender aos nativos, no mais completo anonimato.


Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.


* * *


E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?


Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.


Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.


* * *


Caso você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua, considere alguns pontos:


verifique se os caminhos que irá percorrer não estarão invadindo a propriedade de terceiros;


se as águas que deseja navegar estão protegidas dos calhaus da inveja, do orgulho, do ódio;


e, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão corroídos pelo ácido do egoísmo.


Depois de tomar todas estas precauções, siga em frente e boa viagem.

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Redação do Momento Espírita, com base em texto veiculado pela Internet, atribuído a Aurélio Nicoladeli.

Disponível no CD Momento Espírita, v. 5 e nos livros Momento Espírita v. 2 e 3, ed. Fep.

Em 11.10.2010.




quinta-feira, 10 de abril de 2014

PARENTES E COMPANHEIROS


Por mais nos queixemos de familiares ou amigos deficientes que nos causam prejuízo ou decepção, amargura ou desalento, somos forçados a perceber que possuímos neles os reflexos de nós próprios.

Quando afastados da experiência física, por força da desencarnação, encontramos, além do mundo, os resultados de nossos erros, permeando-nos os acertos.

Raramente qualquer de nós encerra o balanço de uma existência terrestre com todos os compromissos equacionados. Desse modo, somos recorporificados no berço humano para retomar o curso dos problemas que desencadeamos no caminho dos outros, a fim de resolvê-los.

Aceita os parentes-enigmas e os companheiros-testes, à feição dos credores com que a Justiça Divina te promove o aperfeiçoamento e a tranquilidade.

A perda do corpo físico não exonera o espírito imortal das obrigações que haja contraído, tanto quanto o desgaste da veste não apaga a dívida de um homem, dívida que ele assume em plenitude de responsabilidade individual.

A esposa ou a filha desajustadas, via de regra, são as irmãs que, um dia, atiraste ao desrespeito de si próprias e o marido ou o filho que te retalham a alma, a rigor, são aqueles mesmos companheiros que lançaste ao malogro das esperanças mais caras.

A penúria de hoje é a consequência da cobiça de ontem.

A doença de agora vem do excesso de antes.

Renteando com qualquer pessoa que te faça sofrer, exerce paciência e compreensão, auxílio e bondade.

Nós mesmos somos induzidos pela própria consciência, sequiosa de felicidade e elevação, a extirpar os espinhos que semeamos no solo bendito do tempo e da vida.

Todo débito tem sistema de resgate e todo resgate solicita execução na forma prevista de pagamento.

Isso é justo.
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Emmanuel 
Chico Xavier 







quarta-feira, 9 de abril de 2014

A VIDA ETERNA E O CASTIGO ETERNO

(...)

Os que não querem seguir as leis divinas, encontram sempre uma desculpa de sua má vontade.
 O orgulho, a vaidade, os preconceitos sociais, a avidez das coisas da terra, os gozos materiais, o comodismo, o excessivo pensar em si mesmo, desviam a alma do cumprimento dos preceitos evangélicos. 
Por isso há verdadeira necessidade de vigilância e oração, para não repelirmos aqueles que Jesus nos envia para socorrermos em seu nome.

Diabo, fogo e suplícios eternos, não existem.
 São simples figuras que Jesus usava, e que estavam de acordo com a compreensão dos ouvintes daquela época. 
Não há entidades eternamente votadas ao mal, nem encarregadas de martirizar os outros. 
O que há são espíritos que erraram juntos e não souberam perdoar, e se prejudicam reciprocamente, até o dia em que se perdoem e resolvam corrigir os erros, o que os tornará felizes e purificados.
O suplício e fogo eternos são símbolos de que Jesus se servia para indicar que o sofrimento esperava por aqueles que não cumpriam com as leis divinas de amor ao próximo.
 Esses sofrimentos não são eternos, e depende unicamente dos sofredores o livrarem-se deles, em mais ou menos tempo, segundo a vontade de cada um.
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ELISEU RIGONATTI







terça-feira, 8 de abril de 2014

Características do servo infiel



Há muitas maneiras de sermos servos infiéis; por isso, é preciso muito cuidado e atenção. 
Os que se entregam aos vícios, a hipocrisias, a maldades;
 os que se comprazem na ignorância, 
os que semeiam a descrença, 
os que murmuram e se revoltam contra a situação em que se encontram; 
os que pensam unicamente em si, esquecidos dos que os rodeiam; 
os que colocam a inteligência ao serviço do mal, 
os que usam da fortuna para estimularem seus apetites e paixões inferiores; 
os que pelo mau comportamento dão péssimo exemplo a seu próximo; 
os pregadores que somente pregam o Evangelho com os lábios, e vivem em desarmonia com o que pregam; 
os médiuns que usam de sua mediunidade para fins puramente materiais; 
todos esses são servos infiéis. 
A todos são concedidas oportunidades valiosas de serem servos fiéis; mas o excessivo apego às coisas da terra, despertando e alimentando o egoísmo no coração da maio ria, transforma-os em servos infiéis, e maus.

Há outra espécie de servos infiéis, e são aqueles que fazem questão de acumularem fortuna primeiro, e saciarem-se dos gozos que a matéria pode proporcionar, para depois cuidarem da alma. Esses agem levianamente, pois, como poderão saber se lhes será facultado o tempo de se tornarem servos fiéis?

Outros servos infiéis são aqueles que se riem e motejam, quando se lhes chama a atenção para as coisas espirituais, movidos por falsa superioridade.

Os servos infiéis também serão chamados ao mundo espiritual quando menos o esperarem, e o sofrimento lhes fará chorar e ranger os dentes, até que aprendam a cuidar fielmente dos patrimônios que a Providência Divina lhes confiou.
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ELISEU RIGONATTI







segunda-feira, 7 de abril de 2014

Máximas


Não fujas ao teu dever

Se queres ser respeitado.

Para quem é preguiçoso

Todo dia é feriado.



Quando o Céu procura um homem

Que deseja conhecer

Manda que o mundo lhe empreste

Dinheiro, fama ou poder.



Há muita gente que sobe,

Descendo ao remorso e à dor...

E há muita gente que desce,

Subindo à glória do amor.



Não olvides, se descansas

No jardim do galanteio,

Que todo sapato lindo

Acaba em chinela feio.



O rico que serve a todos,

Mostrando amor e humildade,

Desde a carne enganadora

Penetra na santidade.



Agradeçamos ao mundo

O cálice de angustia e fel.

O mármore se aprimora

A beliscões de cinzel.



Não critiques, nem destaques

As faltas de teu irmão.

O tempo trará teu dia

De luta e de tentação,



Põe o serviço em teus braços,

Põe a bondade em teus olhos...

E terás por toda parte

Um roseiral sem abrolhos.



Toda moeda que ajuda

Bons e maus, crentes e incrédulos,

É caridade sublime

Que sobe da Terra aos Céus...



Se pretendes o caminho

Da vida que aperfeiçoa,

Trabalha, incessantemente,

Aprende, serve e perdoa.


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Casimiro Cunha  
Francisco Cândido Xavier






domingo, 6 de abril de 2014

Males Pequeninos



Guardemos cuidado para com a importância dos males aparentemente pequeninos.


Não é o aguaceiro que arrasa a árvore benemérita. É a praga quase imperceptível que se lhe oculta no cerne.


Não é a selvageria da mata que dificulta mais intensamente o avanço do pioneiro. É a pedra no calçado ou o calo no pé.


Não é a cerração que desorienta o viajor, ante as veredas que bifurcam. É a falta da bússola.


Não é a mordedura do réptil que extermina a existência de um homem. É a diminuta dose de veneno que ele segrega.


Assim, na vida comum.


Na maioria das circunstâncias não são as grandes provações que aniquilam a criatura e sim os males supostamente pequeninos, dos quais, muita vez, ela própria escarnece, a se expressarem por ódio, angústia, medo e cólera, que se lhe instalam, sorrateiramente, por dentro de coração.

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Emmanuel 
Chico Xavier