Páginas

sábado, 25 de junho de 2016

FAZER FORÇA



Ninguém pode medir o poder de destruição que a cólera exerce sobre os recursos da vida.

E, nas épocas de transição quando se requisitam mais amplos recursos de tolerância entre aqueles que se complementam uns aos outros, na vida comunitária, uma atitude nomeada pelo espírito popular como seja “fazer força” é constantemente chamada a expressar-se, em quase todos os momentos, a fim de que os processos de irritação não se encaminhem para a delinquência .

Preservando a paz e a segurança, não nos bastará recomendá-las, mas sim empenhar-nos, sinceramente, na sustentação delas.

Trazes contigo um problema a exigir solução; entretanto, já sabes que é preciso “fazer força” para resolvê-los sem preocupações para os que te rodeiam, sob pena de ampliar-lhe as áreas de conflito.

Adquiriste certa enfermidade que te exaure as energias; contudo, é aconselhável te limites ao tratamento discreto, sem que te desmanches na queixa de modo a que não agraves sintomas na imaginação dos que te ouvem, com possibilidades de te agravarem a situação.

Tens o lar em desajuste, reunindo espíritos antagônicos, corporificados em resgates de existências anteriores, mas o quadro geral das próprias lutas te pede devotamento máximo à serenidade e à paciência, de maneira que os entraves domésticos não se te convertam em martírio.

Sofreste prejuízos pela invigilância ou incorreção de amigos em cuja afetividade se te instalava a confiança, porém, é necessário saber sofrê-los sem exceder-te em reclamações e críticas que acabariam atraindo forças negativas capazes de arrasar-te as melhores possibilidades de recuperação.

Fazer força para colaborar na tranquilidade dos outros é hoje um imperativo a observar criteriosamente em favor de nós mesmos.

Em verdade, ocorrências infelizes surgem atualmente, por toda a parte; no entanto, precisamos refletir até que ponto teremos cooperado no colapso da resistência de quantos resvalam em desequilíbrio.

Seja onde for e seja com quem estivermos, precisamos “fazer força” para que azedume e nervosismo, cólera e aspereza, não apareçam nos grupos de trabalho que, porventura, integremos, porque se nos propomos a viver no Mundo Melhor de Amanhã, é lógico nos disponhamos a “fazer força” para construí-lo. 
****************
Emmanuel  
Chico Xavier 
Obra: Momentos de ouro 





quinta-feira, 23 de junho de 2016

Cânticos de Louvor


Quando a vida começava no mundo, os pássaros sofriam bastante.

Pousavam nas árvores e sabiam voar, mas como haviam de criar os filhotinhos? Isso era muito difícil.

Obrigados a deixar os ovos no chão, viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.

A chuva resfriava-os e os grandes animais, pisando neles, quebravam-nos sem compaixão.

E as cobras? Essas rastejavam no solo, procurando-os para devorá-los, na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.

Conta-se que, por isso, as aves se reuniram e rogaram ao Pai Celestial lhes desse o socorro necessário.

Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou a orientá-las na construção do ninho.

Os pássaros não dispunham de mãos; entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e, mostrando-lhes os braços amigos das árvores, ensinou-os a transportar pequeninas migalhas da floresta, ajudando-os a tecer os ninhos no alto.

Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos, e, quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.

Reconhecendo que o Pai Celeste havia respondido às suas orações, as aves combinaram entre si cantar todos os dias, em louvor do Santo Nome de Deus.

Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã, outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.

Quando encontrarmos uma ave cantando, lembremo-nos, pois, de que do seu coraçãozinho, coberto de penas, está saindo o eterno agradecimento que Deus está ouvindo nos céus.
******************
  Meimei
  Chico Xavier
Obra: Pai Nosso 


 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Estar Bem Consigo Mesmo



Deus!
Extingue-me o vazio interior, a desesperança, o desalento.
Preciso fazer um ajuste por dentro de mim, uma correção, uma melhoria, um encontro comigo mesmo, a fim de que as minhas energias apareçam, renovem-se, não se percam ou dispersem. 

Sinto grande necessidade de encontrar paz,
de exercer mais as minhas qualidades, de firmar-me, de fazer a minha vontade ser mais clara, 
de descobrir como agir e me realizar de verdade.

Ajuda-me, ó Deus, a vencer o vazio e a fazer este ajuste: usar as minhas forças, no dia-a-dia, em ação concreta, na hora precisa.
Assim, descobrindo-me, reencontrando-me, firmando-me, exprimindo o que sou, o que penso e o que posso fazer, crio condições para a vinda da paz.

Vê-la-ei brotar e senti-la-ei, porque estarão resolvidas as questões atormentadoras.
Abençoa, Deus, os meus propósitos, e concede-me as luzes, a alegria e a prosperidade de que preciso.
Agradeço-Te por tudo.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
*************************
Lourival Lopes
 






terça-feira, 21 de junho de 2016

No campo do Espírito


Afirmas a sincera disposição de buscar a esfera Superior, entretanto...

Surpreende lutas enormes, no próprio lar, onde os mais amados te sonegam entendimento;
observaste a queda dos melhores companheiros que te exercitavam na elevação;
recebeste a lama da calúnia sobre as mãos limpas;
viste amigos queridos dependurarem-te o nome no varal da suspeita;
notaste que as tuas mais belas palavras rolaram no gelo da indiferença;
recolheste escárnio em troca de amor...

Todos esses problemas, no entanto, são desafios da vida a te pedirem trabalho.

Seja qual seja a dificuldade, não acuses, nem desanimes.

No campo do espírito, a injúria é lodo verbal.
Queixa é semente morta.
Reclamação é fuga estudada.
Censura é ponta de espinho.
Melindre praga destruidora.
Irritação é tempo perdido.
Ideal inoperante é água parada.
Desalento é ramo seco.
Ninguém avança sem movimento.
Não há evolução, nem resgate, sem ação.
Evolução é suor indispensável.
Resgate é suor necessário com o pranto da consciência.

Nossas dores respondem, assim, pelas falhas que demonstremos ou pelas culpas que contraímos.

A Lei estabelece, porém, que as provas e as penas se reduzam, ou se extingam, sempre que o aprendiz do progresso ou o devedor da justiça se consagre às tarefas do bem, aceitando, espontaneamente, o favor de servir e o privilégio de trabalhar.
*****************
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Justiça divina 



segunda-feira, 20 de junho de 2016

NA ROTA EVOLUTIVA



O espírito jamais retrocede na viagem da evolução.

No entanto, muitas vezes, embora não perca na essência os tesouros adquiridos no campo da inteligência, o viajor da imortalidade é compelido à paradas necessárias ao justo refazimento, sempre que moralmente se envolva em compromissos escusos perante a Justiça da Vida.

 * *

Semelhante imperativo da regeneração, na senda do progresso, determina dificuldades e inibições no plano da forma em que somos habitualmente internados, para essa ou aquela reparação no Plano Físico.

É assim que o malfeitor genial, não obstante trazer consigo o acervo da própria cultura devidamente arquivado, volta a corpo enfermiço, quase sempre para sanar na idiotia os desequilíbrios com que se fez o empreiteiro da delinquência.

E é ainda aí que todos nós, apesar de conservarmos intactos, adentro do cérebro e do coração, os nossos valores íntimos sem quebra de qualquer dos recursos que possuímos, padecemos, na Terra, a incursão de moléstia difíceis tanto quanto o domínio de circunstância constrangedoras a nos asfixiarem as melhores aspirações, pagando, através do vaso físico atormentado, os erros conscientemente cometidos no pretérito próximo ou remoto, perante a Lei de Amor que nos governa os caminhos.

* * *

Lembremo-nos de que o presidiário, por trás da grade que lhe desfigura o semblante, não perde a riqueza da instrução ou do ideal, da sensibilidade ou da memória, não obstante indicado à sentença que o segrega no resgate preciso.

E, sabendo que cada um de nós é o arquiteto do próprio destino, saibamos afeiçoar-nos ao serviço incessante do bem porque todo bem é degrau de ascensão para o Alto, arrebatando-nos do império da sombra para a bênção da luz.
*******************
  Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Linha duzentos 




domingo, 19 de junho de 2016

Reclamações



 Aprendamos a evitar reclamações para não agravar dificuldades.

Perante situações em que a corregenda se faça realmente necessária, entregue as circunstâncias aos responsáveis pela orientação delas, que sabem quando e como intervir.

Se você achou o ponto nevrálgico de alguma crise, terá encontrado o lugar onde o proveito geral lhe pede auxílio.

Procurando retificar algum erro, vale mais o seu conhecimento do Bem que o seu conhecimento do mal.

Resguardando a harmonia de todos, imagine-se na condição da pessoa em que você pretende colocar o seu problema.

Reflita nas tribulações que provavelmente estará atravessando a criatura a quem você deseja apresentar a sua crítica.

A sua reclamação não lhe trará vantagem alguma.

Azedume para com as pessoas das quais você espera cooperação e serviço é o modo mais seguro de preveni-las contra o seu próprio interesse.

Qualquer pessoa, quando cultive a paz, pode retirar-se em paz do lugar onde se julgue em desarmonia ou desapreço.

Experimente desculpar sempre, porquanto aquilo que nos parece falha nos outros, pode surgir por falha igualmente em nós e, em se tratando em desculpar, se hoje podemos dar, chegará sempre para cada um de nós o dia de receber.
******************************
André Luiz 
Chico Xavier 
Obra: Respostas da vida