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sábado, 17 de dezembro de 2016

Indagação e Resposta



Possivelmente, você também será daqueles companheiros do mundo físico que indagam pela razão dos mentores desencarnados transmitirem tantas mensagens de essência filosófica, mormente baseadas nos ensinamentos do Cristo.

Responderemos que uma pergunta dessas equivale à inquisição que alguém formulasse sobre o motivo de tantas escolas para os que vivem na Terra.

A verdade é que todos os irmãos do Plano Físico queiram ou não, acreditem ou não acreditem virão ter conosco, mais hoje ou mais depois de amanhã, e cabe-nos diminuir o trabalho que, porventura, nos venham a impor, ao abordarem o nosso campo de vivência espiritual, já que somos todos uma só família, perante Deus.

Examinem vocês algumas das perguntas que nos são desfechadas, com absoluta sinceridade, por milhares de companheiros que se conscientizam, quanto à própria desencarnação.

Onde se localiza o Céu dos bem-aventurados.
Onde residem os anjos.
Porque Deus em pessoa, não dispôs a vir recebê-los.
Porque Jesus lhes foge à visão, se viveram orando e confiando no Divino Mestre.
Porque sofreram tanto.
Porque não conseguem conversar imediatamente com os familiares que ficaram à distância.
Porque são convidados a trabalhar se tanto esperaram pelo descanso.
Porque não foram avisados sobre o dia da volta à Verdadeira Vida.
Porque não conseguem alterar os testamentos que deixaram no mundo.
Em que lugar estarão os infernos.
Onde estão encravados os purgatórios.
Como será o repouso que lhes será concedido se não enxergam amigo algum que não seja em trabalho árduo.
Porque as entidades angélicas não lhes dispensam as atenções de que se julgam merecedores.

Para resumir, dir-lhes-ei que, há dias, um amigo nosso, devotado obreiro do Bem, na Espiritualidade, foi questionado por um irmão recém-vindo da Terra, dentre aqueles que lhe recebiam diretrizes, sobre o melhor meio pelo qual conseguiriam enxergar alguns demônios.

Com o melhor humor, o companheiro respondeu:

- Meu filho, lamento muito, mas não tenho aqui um espelho para nós dois.
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   Chico Xavier/André Luiz 



sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A influência dos seres invisíveis na vida humana





A crença na influência de seres invisíveis na vida dos homens existe desde os princípios da história. Os povos antigos, como os romanos, gregos e egípcios acreditavam em deuses de forma humana, que interferiam diretamente em suas ações. Com o passar dos tempos, outras crenças foram se difundindo, como as figuras dos anjos e santos, capazes de promoverem os milagres e protegerem as pessoas, e o chamado diabo, feitor das tentações e do sofrimento da humanidade. Com a chegada da Doutrina Espírita, uma nova interpretação sobre os seres invisíveis foi colocada.

Ensina o Espiritismo que os homens que viveram na Terra, ao deixarem o corpo físico através da morte, continuam a viver em um outro plano, chamado mundo espiritual, onde habitam as almas. Jesus sustenta esta tese quando afirma ser a verdadeira morada do espírito a vida espiritual.

Naquele lado invisível, as almas, ou espíritos, levam o que tiverem acumulado de virtudes ou defeitos adquiridos durante a existência material, ou encarnação. Os homens bons trazem consigo a caridade que praticavam, a paz de espírito e a benevolência. Vivem em um lugar feliz e trabalham constantemente pelo progresso de nosso Planeta. Podem ajudar as pessoas encarnadas que lhes pedem auxílio. São o que o povo chama de anjos, santos ou simplesmente Espíritos bons ou superiores. Quando dirigimos preces a Deus, Ele nos atende através desses seres bondosos, inspirando-nos coragem na vida, fortalecendo-nos nos bons propósitos e, às vezes, trazendo-nos a cura para uma doença ou desequilíbrio psíquico.

Já os homens que quando encarnados se detiveram na prática do mal, levam para o plano espiritual suas más tendências. 
Continuam sua atividade perniciosa, inspirando  os que continuam na vida material, todos os vícios e defeitos que ainda estão apegados. São os chamados diabos, demônios ou simplesmente maus Espíritos. Podem, com sua maldade e ódio, atrapalhar a vida dos homens, perturbando o sono, a vida familiar, profissional e até causar doenças. Entre a classe dos bons e dos maus Espíritos está a categoria de Espíritos comuns. São seres que quando encarnados não se detinham nem muito no bem, nem tanto no mal. São em maior quantidade, já que assim age a maioria dos homens. Esta classe de Espíritos quase que não tem influência sobre os encarnados. Todo homem sofre constantemente as influências dos bons ou dos maus Espíritos.

Porém, cada um tem a liberdade de ceder ou não às boas ou más inspirações. Depende do indivíduo, com seu livre-arbítrio, dar vazão à interferência dos Espíritos na sua vida. Aqueles que procuram fazer o bem, evitar o vício, praticar a caridade e, principalmente, cultivar bons pensamentos estão mais facilmente ligados aos bons Espíritos. Vivendo dessa forma, dificilmente um Espírito maldoso poderá prejudicá-lo. No entanto, aqueles que convivem normalmente em ambientes viciosos, com o excesso de bebida, cigarro, drogas, sexo desregrado, que se satisfazem na ociosidade terão mais afinidade com seres espirituais atrasados, apropriados a esses vícios materiais. Essas entidades poderão, inclusive, influenciá-los em defeitos mais graves, como o crime, a desonestidade, o adultério, a mentira, enfim, tudo o que leva o homem ao caminho da ruína. Palavras e pensamentos perniciosos, falta de apego a uma religião, o desinteresse pelos problemas alheios, o pessimismo, o orgulho são formas mentais que atraem interferências negativas. 
Com elas, o desequilíbrio espiritual e material não tardará a acontecer.
Quando temos esse posicionamento incorreto frente a vida, dificilmente os anjos, ou bons Espíritos, conseguem nos ajudar, por mais que tentem. 
Tudo é uma questão de afinidade. Se insistirmos em manter nossos pensamentos voltados para os vícios e prazeres exagerados estaremos impedindo que as boas influências cheguem até nossas mentes. 
Diante deste mecanismo de intercâmbio entre o visível e o invisível, onde cada um recebe de acordo com sua conduta diária, precisamos buscar a mudança de nosso comportamento, caso queiramos receber as boas inspirações do mais alto.
 Não precisamos, nem conseguiremos, transformarmo-nos em "santos" do dia para a noite.
Imperfeições todos temos. Deus conhece nosso íntimo e sabe o quanto é  difícil livrarmo-nos delas. 
Porém, para que estejamos aptos a ter a companhia dos bondosos amigos espirituais devemos nos pautar pelas orientações do Evangelho de Jesus Cristo, cultivar amizades sadias, sermos úteis à comunidade da qual fazemos parte e lutarmos contra os maus pensamentos que às vezes tentam nos levar a atitudes incorretas. 
Agindo assim, com certeza não deixaremos que influências espirituais perniciosas possam prejudicar nossas vidas.
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Carlos Alexandre Fett
🪴🌺🪴 



quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Mini depósitos



Uma frase de louvor para quem trabalha. 

Silenciar reclamações mesmo justas. 

Abster-se de falar em momentos de irritação. 

Repetir sem alteração de voz qualquer informação para a pessoa que não esteja ouvindo corretamente. 

Adicionar esperança e otimismo à conversação. 

Omitir as chamadas "verdades desagradáveis" sem benefícios para ninguém. 

Evitar perguntas claramente desnecessárias. 

Calar os defeitos do próximo. 

Ouvir o interlocutor sem desviar-se do assunto. 

Silenciar gracejos e ironias. 

Falar motivando as criaturas para o Bem. 

Cultivar gentileza. 

Observar respeito pelas tarefas alheias. 

Deixar aos outros o direito de descobrirem as suas próprias realidades, sem qualquer ingerência
nos assuntos que lhes pertençam à vida. 

Negar-se a pejorativos e brincadeiras com essa ou aquela dificuldade orgânica, seja de quem for. 

Querer os amigos em regime de liberdade. 

Prestar serviço espontâneo. 

Auxiliar sem ferir. 

Admirar sem invejar. 

Diminuir a tristeza ou suprimi-la onde a tristeza possa existir. 

Compreender as lutas e problemas dos outros sem mostrar-se superior a quem sofre. 

Alguns instantes de presença afetuosa onde alguém necessite de reconforto. 

Auxiliar a uma criança difícil sem censuras posteriores. 

Podar sem alarde problemas que existam ou que possam aparecer. 

Evitar complicações. 

Experimente lançar estes mini depósitos na Organização Bancária da vida e você receberá lucros surpreendentes pela Carteira do Bem.
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André Luiz
Chico Xavier
 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

OSTENTAÇÃO


Alarde é ramificação do orgulho, que nos leva à vaidade perigosa.
— oOo —
Aparato é roupa falsa, consigo o amor-próprio.

— oOo —

Arrogância usa todos os meios falsos para dizer o que não é.

— oOo —

Esplendor tem um preço e, quando é verdadeiro, não gosta de mostrar-se; ilumina por si mesmo.

— oOo —

Pompa é requinte exterior, que estraga a economia da coletividade.
— oOo —

Prova de saber é para o pseudo-sábio; o verdadeiro mestre sabe que ainda nada entende da vida que o circunda.

— oOo —

Ruído em demasia somente anuncia uma coisa com bastante nitidez: ignorância.

— oOo —

Apregoar os valores alheios, porque os teus, se os tens, é tarefa de outros anunciá-los, caso queiram.

— oOo —

Mostrar, todo vaidoso gosta de fazê-lo, sendo sempre o que não é; não suporta calar-se, sem anunciar o que pensa fazer.

— oOo —

Autovalorização é cegueira crônica, se comparada aos valores dos outros; aquilo que anunciamos de nós mesmos existe nas outras pessoas que, por vezes, estão em silêncio há muito tempo.

— oOo —

O gazofilácio da tua vaidade não deve ser tocado, para não desmereceres algumas das tuas virtudes. Esquece o eu, e lembra-te do nós, que é a única realidade, e estarás praticando o segundo mandamento anunciado por Cristo.

— oOo —
  João Nunes Maia, pelo Espírito Loester


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Anotações de além-túmulo - Memórias de um Suicida -



1 - É o homem um composto de tríplice natureza: - humana, astral e espiritual, isto é - matéria, fluido e essência. Esse composto poderá também ser traduzido em expressão mais concreta e popular, assimilável ao primeiro grau de observação: - corpo carnal, corpo fluídico ou perispírito, e alma ou Espírito, sendo que do último é que se irradiam Vida, Inteligência, Sentimento, etc., etc. - centelha onde se verifica a essência divina e que no homem assinala a hereditariedade celeste! Desses três corpos, o primeiro é temporário, obedecendo apenas à necessidade das circunstâncias inalienáveis que contornam o seu possuidor, fadado à desorganização total por sua própria natureza putrescível, 
oriunda do limo primitivo: - é o de carne. O segundo é imortal e tende a progredir, desenvolver-se, aperfeiçoar-se através dos trabalhos incessantes nas lutas dos milênios: - é o fluídico; ao passo que o Espírito, eterno como a Origem da qual provém, luz imperecível que tende a rebrilhar sempre mais aformoseada até retratar em grau relativo o Fulgor Supremo que lhe forneceu a Vida, para glória do seu mesmo Criador - é a essência divina, imagem e semelhança - (que o será um dia) - do Todo-Poderoso Deus!

2 - Vivendo na Terra, esse ser inteligente, que deverá evolver pela Eternidade, denomina-se Homem! sendo, portanto, o homem um Espírito encarcerado num corpo de carne ou encarnado.

3 - Um Espírito volta várias vezes a tomar novo corpo carnal sobre a Terra, nasce várias vezes a fim de tornar a conviver nas sociedades terrenas, como Homem, exatamente como este é levado a trocar de roupa muitas vezes...

4 - O suicida é um Espírito criminoso, falido nos compromissos que tinha para com as Leis sábias, justas e imutáveis estabelecidas pelo Criador, e que se vê obrigado a repetir a experiência na Terra, tomando corpo novo, uma vez que destruiu aquele que a Lei lhe confiara para instrumento de auxílio na conquista do próprio aperfeiçoamento - depósito sagrado que ele antes deveria estimar e respeitar do que destruir, visto que lhe não assistiam direitos de faltar aos grandes compromissos da vida planetária, tomados antes do nascimento em presença da própria consciência e ante a Paternidade Divina, que lhe fornecera Vida e meios para tanto.

5 - O Espírito de um suicida voltará a novo corpo terreno em condições muito penosas de sofrimento, agravadas pelas resultantes do grande desequilíbrio que o desesperado gesto provocou no seu corpo astral, isto é, no perispírito.

6 - A volta de um suicida a um novo corpo carnal é a lei. É lei inevitável, irrevogável! É expiação irremediável, à qual terá de se submeter voluntariamente ou não, porque a seu próprio benefício outro recurso não haverá senão a repetição do programa terreno que deixou de executar.

7- Sucumbindo ao suicídio o homem rejeita e destrói ensejo sagrado; facultado por lei, para a conquista de situações honrosas e dignificantes para a própria consciência, pois os sofrimentos, quando heroicamente suportados, dominados pela vontade soberana de vencer, são como esponja mágica a expungir da consciência culposa a caligem infamante, muitas vezes, de um passado criminoso, em anteriores etapas terrenas. Mas, se, em vez do heroísmo salvador, preferir o homem a fuga às labutas promissoras, valendo-se de um auto-atentado que bem revelará a vasa de inferioridade que lhe infelicita o caráter, retardará o momento almejado para a satisfação dos mais caros desejos, visto que jamais se poderá destruir porque a fonte de sua Vida reside em seu Espírito e este é indestrutível e eterno como o Foco Sagrado de que descendeu!

8 - Na Espiritualidade raramente o suicida permanecerá durante muito tempo. Descerá à reencarnação prestamente, tal seja o acervo das danosas consequências acarretadas; ou adiará o cumprimento daquela inalienável necessidade caso as circunstâncias atenuantes forneçam capacidade para o ingresso em cursos de aprendizado edificante, que facilitarão as pelejas futuras a prol de sua mesma
reabilitação.

9 - O suicida é como que um clandestino da Espiritualidade. As leis que regulam a harmonia do mundo invisível são contrariadas com sua presença em seus páramos antes da época determinada e legal; e tolerados são e amparados e convenientemente encaminhados porque a excelência das mesmas, derramada do seio amoroso do Pai Altíssimo, estabeleceu que a todos os pecadores sejam incessantemente renovadas as oportunidades de corrigenda e reabilitação!

10 - Renascendo em novo corpo carnal, remontará o suicida à programação de trabalhos e prélios diversos aos quais imaginou erradamente poder escapar pelos atalhos do suicídio; experimentará novamente tarefas, provações semelhantes ou absolutamente idênticas às que pretendera arredar; passará inevitavelmente pela tentação do mesmo suicídio, porque ele mesmo se colocou nessa difícil circunstância carreando para a reencarnação expiatória as amargas sequências do passado delituoso! A tal tentação, porém, poderá resistir, visto que na Espiritualidade foi devidamente esclarecido, preparado para essa resistência. Se contudo vier a falir por uma segunda vez - o que será improvável -, multiplicar-se-á sua responsabilidade, multiplicando-se, por isso mesmo, desastrosamente, as séries de sofrimentos e pelejas reabilitadoras, visto que é imortal!

11 - O estado indefinível, de angústia inconsolável, de inquietação aflitiva e tristeza e insatisfações permanentes; as situações anormais que se decalcam e sucedem na alma, na mente e na vida de um suicida reencarnado, indescritíveis à compreensão humana e só assimiláveis por ele mesmo, somente lhe permitirão o retorno à normalidade ao findar das causas que as provocaram, após existências expiatórias, testemunhos severos onde seus valores morais serão duramente comprovados, acompanhando-se de lágrimas ininterruptas, realizações nobilitantes, renúncias dolorosas de que se não poderá isentar... podendo tão dificultoso labor dele exigir a perseverança de um século de lutas, de dois séculos... talvez mais... tais sejam o grau dos próprios deméritos e as disposições para as refregas justas e inalienáveis!
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Autor: Camilo Cândido Botelho
Psicografia de Yvonne A. Pereira.
Livro: Memórias de um Suicida






segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

OUVIR DEUS


São muitos os que recorremos a Deus nas horas difíceis.

As dores que nos chegam, os desafios que a vida propõe, dificuldades que parecem intransponíveis.

Nenhum de nós se pode dizer imune a dias tempestuosos, isento de tribulações intensas, dessas capazes de tirar o chão que pisamos.

Para uns, é o amor que partiu de retorno ao mundo espiritual, deixando imensa e pungente ausência.

Para outros, a doença que se instala irreversível, minando a saúde, desmoronando planos futuros, obrigando a repensar as páginas próximas da vida.

E tantos que se desesperam pelas dificuldades financeiras, pelo emprego que não surge, pelas necessidades materiais que se avolumam.

Nessas horas, com o coração transbordando de desespero, as esperanças minguando e a mente atribulada, recordamos de buscar a Deus.

Alguns, através das orações repetidas incessantemente, quase como um mantra, convidando e provocando a concentração.

Outros nos despimos das fórmulas prontas, para fazer da oração a conversa com o Pai. Diálogo informal, livre, como um desabafo.

Outros ainda, mal conseguindo formular ou organizar o pensamento, apenas suplicamos ao Pai orientação, discernimento, roteiro ou rumo.

E assim mesmo devemos fazer. Nas dificuldades maiores, não há melhor refúgio do que a oração.

Não existe melhor conselheira do que a prece, não há melhor possibilidade do que a busca de inspiração junto ao Pai.

Porém, em nosso desespero, esperamos a resposta imediata.

À prece, muitas vezes se segue a ansiedade, na expectativa de que as respostas cheguem, explícitas, claras, palpáveis.

No transbordar de nossas necessidades, quando não desespero, ansiamos pela resposta rápida da Divindade.

Esquecemos de que Deus precisa do nosso silêncio a fim de Se fazer ouvir em nossos corações.

Dessa forma, após a rogativa ao Pai, guardemo-nos em silêncio interior.

Refugiemo-nos da balbúrdia externa. Busquemos diminuir o tumulto interno que carregamos.

Somente assim, no silêncio da alma, conseguiremos escutar a resposta de Deus.

Somente quando mergulharmos em nosso mundo íntimo, teremos a possibilidade de encontrar esse alimento básico, sustentador da vida, que provém de Deus.

Após as nossas preces, busquemos nos guardar em nosso mundo íntimo.

Refugiemo-nos na fé, na certeza de que o Pai nos oferecerá o melhor, no momento certo, na medida adequada.

E ali, em nossa intimidade, Deus nos trará as respostas e a tranquilidade para nossos anseios.

Mesmo Jesus, na Sua pureza incomparável, buscava o silêncio interior, após a jornada estafante junto à turba, a fim de reencontrar-Se com Deus.

Façamos o mesmo. Busquemos o silêncio íntimo a fim de que possamos ouvir Deus, e possamos entender a Sua resposta aos nossos pedidos e necessidades.
🌷🌿🌷
Por Redação do Momento Espírita, com base na mensagem Silêncio para ouvir Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 9 de fevereiro de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção. 
🌷🌿🌷

 

domingo, 11 de dezembro de 2016

INIMIGOS OCULTOS



Sofre de reumatismo,

Quem percorre os caminhos tortuosos;

Quem se destina aos escombros da tristeza;

Quem vive tropeçando no egoísmo.

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Sofre de artrite,

Quem jamais abre mão;

Quem sempre aponta os defeitos dos outros;

Quem nunca oferece uma rosa.

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Sofre de bursite,

Quem não oferta seu ombro amigo;

Quem retesa, permanentemente, os músculos.

Quem cuida, excessivamente, das questões alheias.

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Sofre da coluna,

Quem nunca se curva diante da vida;

Quem carrega o mundo nas costas;

Quem não anda com retidão.

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Sofre dos rins,

Quem tem medo de enfrentar problemas;

Quem não filtra seus ideais;

Quem não separa o joio do trigo.

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Sofre de gastrite,

Quem vive de paixões avassaladoras;

Quem costuma agir na emoção;

Quem reage somente com impulsos;

Quem sempre chora o leite derramado.

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Sofre de prisão de ventre,

Quem aprisiona seus sentidos;

Quem detém suas mágoas;

Quem endurece em demasia.

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Sofre dos pulmões,

Quem se intoxica de raiva e de ódio;

Quem sufoca, permanentemente, os outros;

Quem não respira aliviado pelo dever cumprido;

Quem não muda de ares;

Quem não expele os maus fluidos.

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Sofre do coração,

Quem guarda ressentimentos;

Quem vive do passado;

Quem não segue as batidas do tempo;

Quem não se ama e, portanto, não tem coração para amar alguém.

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Sofre da garganta;

Quem fala mal dos outros;

Quem vocifera;

Quem não solta o verbo

Quem repudia;

Quem omite;

Quem usa sua espada afiada para ferir outrem;

Quem subjuga;

Quem reclama o tempo todo;

Quem não fala com Deus.

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Sofre do ouvido,

Quem prejulga os atos dos outros;

Quem não se escuta;

Quem costuma escutar a conversa dos outros;

Quem ensurdece ao chamado divino.

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Sofre dos olhos,

Quem não se enxerga;

Quem distorce os fatos;

Quem não amplia sua visão;

Quem vê tudo em duplo sentido;

Quem não quer ver.

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Sofre de distúrbios da mente,

Quem mente para si mesmo;

Quem não tem o mínimo de lucidez;

Quem preza a inconsciência;

Quem menospreza a intuição;

Quem não vigia seus pensamentos;

Quem embota seu canal com a Criação;

Quem não se volta para o Universo;

Quem vive no mundo da lua;

Quem não pensa na vida;

Quem vive sonhando;

Quem se ilude;

Quem alimenta a ilusão dos outros;

Quem mascara a realidade;

Quem não areja a cabeça;

Quem tem cabeça de vento.

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Causa e efeito.

Ação e reação.

Tudo está intrinsecamente ligado.

Tudo se conecta o tempo todo.

E assim ,sucessivamente, passam os anos sem que o ser humano conheça a si mesmo.

Somos, certamente, o maior amor das nossas vidas!

Assim como o nosso maior inimigo é aquele que está oculto e que habita, inexoravelmente, no interior de nós mesmos.
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- Mauricio Santini -
São Paulo, abril de 2002.