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sábado, 28 de janeiro de 2017

LEVANTAR E SEGUIR




“E passando, viu Levi, filho de Alpheu e disse-lhe:
- Segue-me. E, levantando-se, o seguiu.” - Marcos: - 2 – 14


É interessante notar que por todos os recantos onde Jesus deixou o sinal de sua passagem, houve sempre grande movimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir.

 André e Tiago deixam as redes para acompanhar o Salvador.

 Mateus levanta-se para segui-Lo.

 Os paralíticos que retomam a saúde se erguem e andam.

Lázaro atende-Lhe ao chamamento e levanta-se do sepulcro.

 Em dolorosas peregrinações e profundos esforços de vontade, Paulo de Tarso, procura seguir o Mestre Divino, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado às portas de Damasco.

Numerosos discípulos do Evangelho, nos tempos apostólicos, acordaram de sua noite de ilusões terrestres, ergueram-se para o serviço da redenção e demandaram os testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.

Isso constitui um acervo de lições muito claras ao espírito religioso dos últimos tempos.

 A maioria dos cristãos vai adaptando, em quase todos os seus trabalhos, a lei do menor esforço.

Muitos esperam pela visita pessoal de Jesus, no conforto das poltronas acolhedoras, outros fazem preces por intermédio dos discos.

  Há os que desejam comprar a tranquilidade celestial com as espórtulas generosas, como também os que sem nenhum trabalho, em si próprios, aguardam por intervenções sobrenaturais dos Mensageiros de Cristo pelo bem estar de sua vida.

Pergunta a ti mesmo se estás seguindo a Jesus ou apenas ao culto externo do teu modo de filiação ao Evangelho.

Isso é muito importante, porque levantar e renovar-se ainda é o nosso lema
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Levantar e seguir 


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

RAIOU A LUZ

“O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou.” –Mateus:-4-16

Referindo-se ao inicio da Sublime Missão de Jesus, o apóstolo Mateus classifica o Mestre como a Grande Luz que começava a brilhar para os que permaneciam estacionados nas trevas e para os que se conservavam na região de sombras da morte.
 Essa imagem fornece uma ideia geral da interpretação de planos em todos os centros da vida humana.

Na superfície do mundo desenvolvem-se os que se encontram na sombria noite de ignorância e esforçam-se os espíritos caídos nos resvaladouros do crime, mortos pelos erros cometidos, aspirando o dia sublime da redenção.

Semelhante paisagem, todavia, não abrange tão-somente os círculos das criaturas

que se revestem de envoltório material, porque é extensiva à grande quantidade de seres terrestres que militam nos labores do orbe, sem a indumentária dos homens encarnados.

O Mestre, pois, é o Orientador Supremo de todas as almas que permanecem ou transitam no mundo terreno.
Sua Luz Imortal é o tesouro imperecível da criaturas.

Os que aprendem ou resgatam, os que se curam ou que expiam encontram em Seu coração a claridade dos Caminhos Eternos.

A multidão que estaciona nas trevas da ignorância e as fileiras numerosas dos que foram detidos na região da morte pelo próprio erro devem compreender essa Luz que está brilhando aos seus olhos, desde vinte séculos.

Antes do Evangelho podia haver grande sombra, mas com o Cristo vibra a claridade resplandecente de novo dia.

Que saibamos compreender a missão dessa Luz, pois sabemos que toda manhã é um novo apelo ao
esforço da vida.
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Emmanuel 
Chico Xavier 
Obra: Levantar e seguir 


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Verbetes de Vida Eterna




FÉ - é a força da certeza que revigora a alma em qualquer situação.

ESPERANÇA - é a luz da visão capaz de nos mostrar a eternidade, extirpando de nós todas as inquietações.

HUMILDADE - é o espelho em que descobrimos a nossa pequenez diante do Universo, permitindo-nos assumir um lugar verdadeiro e tranquilo no palco da vida.

RENÚNCIA - é o propósito firme em que nos despojamos de nós mesmos, tomando caminho que, embora contrariando as nossas débeis preferências, conduz-nos mais depressa ao cume da perfeição.

SIMPLICIDADE - é a forma que encontramos para tornar suaves as provações e mais fácies as realizações nobilitantes do dia-a-dia.

CARIDADE - é o instrumento de uso permanente com o qual podemos lavrar a terra em que se erguerá a nossa própria felicidade.

MANSIDÃO - é a técnica que nos torna superiores a todas as agressões do mundo.

SERENIDADE - é a música agradável a todos os ouvidos, podendo transformar os nossos impulsos mais ásperos em gestos harmoniosos e eficazes.

PERDÃO - é a maneira pela qual reconhecemos de fato que o correão intrínseca de cada alma compete à Lei Divina.

SERVIR - é o modo de fazer que o esforço não seja inútil; seja sempre um ato de amor.

ALEGRIA - é o desabrochar da vida, em clima de constante renovação.

INDULGÊNCIA - é a caridade vestida de silêncio.

TRABALHO - é o comportamento que dignifica o espírito, fazendo-o colaborador de Deus.

AMOR - é o sentimento que melhor apresenta Deus em nós; é a manifestação mais comovedora e mais fiel da existência do Bem como força eterna e preponderante da Criação.
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André Luiz
Chico Xavier 
Obra: Dicionário da alma 

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

ESTUDANDO A INFÂNCIA


O espírito – viajante da Eternidade – adormece no berço para acordar na sementeira, tanto quanto adormece no túmulo para acordar na colheita.

E o homem que amadurece na experiência terrena suspira por encontrar além da morte, braços amigos que o sustentem na grande romagem para a Divina Luz.

Todavia, cada criatura desperta, depois da morte, na região para a qual dirigiu os próprios passos.

Há quem reabra os olhos na paisagem reconfortante do amor e da alegria, consoante a alegria e ao amor que plantou na leira humana, mas também há quem se reconquiste em pleno espinheiro de aflição e sofrimento, segundo a aflição e o sofrimento que espalhou na própria estrada.

Por isso mesmo, é possível observar na própria Terra, a lei de correspondência, pela qual cada um responde pelas próprias obras.

Cada espírito renasce na posição que merece, de acordo com as dívidas ou aquisições a que se ajusta.

Há quem nasça no ódio com que intoxicou o próprio destino, como há quem retoma o corpo com as mesmas feridas que, ontem, estampou na própria alma.

Daí, o impositivo de entendermos na infância, não a estação de irresponsabilidade festiva, mas a hora favorável de abençoada preparação do futuro.

Receberemos, amanhã, na alma confiada às nossas mãos, aquilo que hoje lhe oferecemos.

Nossos filhos no mundo são consciências que gravitam em torno de nossa vida refletindo, agora ou mais tarde, o nosso devotamento ou a nossa deserção.
Não vale iludir a criança com a fantasia do dinheiro ou do privilégio; anestesiando-a na leviandade.

O lar é, antes de tudo, a escola do caráter e, somente quando os responsáveis por ele se entregarem, felizes, ao sacrifício próprio, para a vitória do amor, é que a vida na Terra será realmente de paz e trabalho, crescimento e progresso, porque o homem encontrará na criança as bases justas do programa da redenção.
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Vida em vida 



segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

MAS DEUS ....


Há muita gente que te ignora.

Entretanto, Deus te conhece.

Há quem te veja doente.

Deus, porém, te guarda a saúde.

Companheiros existem que te reprovam.

Mas Deus te abençoa.

Surge quem te apedreje.

Deus, no entanto, te abraça.

Há quem te enxergue caindo em tentação.

Deus, porém, sabe quanto resistes.

Aparece quem te abandona.

Entretanto, Deus te recolhe.

Há quem te prejudique.

Mas Deus te aumenta os recursos.

Surge quem te faça chorar.

Deus, porém, te consola.

Há quem te fira.

No entanto, Deus te restaura.

Há quem te considere no erro.

Mas Deus te vê de outro modo.

Seja qual for a dificuldade.

Faze o bem e entrega-te a Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Companheiro 


domingo, 22 de janeiro de 2017

A SENDA ESTREITA



“Porfiai por entrar pela porta estreita...” — JESUS. (Lucas, 13:24)

Não te aconselhes com a facilidade humana para a solução dos problemas que te inquietam a alma.

Realização pede trabalho.

Vitória exige luta.
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Muitos jornadeiam no mundo na larga avenida dos prazeres efêmeros e esbarram no cipoal do tédio ou da intemperança, quando não sucumbem sob as farpas do crime.
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Muitos preferem a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos e caem, desavisados, nos fojos de tenebrosos enganos, quando não se despenham nos precipícios de tardio arrependimento.
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Seja qual for a experiência em que te situas, na Terra, lembra-te de que ninguém recebe um berço entre os homens para acomodar-se com a inércia, no desprezo deliberado às leis que regem a vida.
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Nosso dever é a nossa escola.
 Por isso mesmo, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter limpa e constante, no culto às obrigações assumidas diante do Bem Eterno.

Para sustentá-la, é imprescindível sacrificar no santuário do coração tudo aquilo que constitua bagagem de sombra no campo de nossas aspirações e desejos.
 Adaptarmo-nos à disciplina do próprio espírito na garantia da felicidade geral é estabelecer em nós próprios o caminho para o Céu que almejamos.
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Não te detenhas no círculo das vantagens que se apagam em fulguração passageira, de vez que a ociosidade compra, em desfavor de si mesma, as chagas da penúria e as trevas da ignorância.
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Porfia na renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.
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Não desdenhes a provação e o trabalho, a abnegação e o suor.
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E, em todas as circunstâncias, recorda sempre que a “porta larga” é a paixão desregrada do “eu” e a “porta estreita” é sempre o amor intraduzível e incomensurável de Deus.
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 Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Ceifa de luz