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sábado, 11 de abril de 2020

A maior dor


Qual é a maior dor?

Você já pensou nisso?

Um jovem deixou um bilhete aos familiares, pouco antes de cometer suicídio, e expressou no papel o que estava sentindo.

Disse ele que a maior dor na vida não é morrer, mas ser ignorado.

É perder alguém que nos amava e que deixou de se importar conosco. É ser deixado de lado por quem tanto nos apoiava e constatar que esse é o resultado da nossa negligência.

A maior dor na vida não é morrer, mas ser esquecido. É ficar sem um cumprimento após uma grande conquista.

É não ter um amigo telefonando só para dizer Olá. É ver a indiferença num rosto quando abrimos nosso coração.

O que muito dói na vida é ver aqueles que foram nossos amigos, sempre muito ocupados quando precisamos de alguém para nos consolar e nos ajudar a reerguer o nosso ânimo.

É quando parece que nas aflições estamos sozinhos com as nossas tristezas. Muitas dores nos afetam, mas isso pode parecer mais leve quando alguém nos dá atenção.

* * *

É bem possível que esse jovem tenha tido seus motivos para escrever o que escreveu. Todavia, em nenhum momento deve ter pensado naqueles que o rodeavam.

Se pudesse sentir a dor de um coração de mãe dilacerado ante o corpo sem vida do filho amado...

Se pudesse experimentar o sofrimento de um pai que tenta, em vão, saber do filho morto o que o levou a tamanho desatino...

Se sentisse o desespero de um irmão que busca resposta nos lábios imóveis do ser que lhe compartilhou a infância...

Se pudesse suportar, ainda que por instantes, a dor de um amigo sincero a contemplar seus lábios emudecidos no caixão, certamente mudaria seu conceito sobre a maior dor.

* * *

Se você pensa que está passando pela maior dor que alguém pode experimentar, considere o seguinte:

Uma mãe que chora sobre o corpo do filho querido que foi alvo das bombas assassinas, em nome das guerras frias e cruéis.

Uma criança debruçada sobre o corpo inerte da mãe atingida por granadas mortíferas.

Um órfão de guerra que é obrigado a empunhar as mesmas armas que aniquilaram seus pais...

Um pai de família que assiste o assassinato dos seus, de mãos amarradas.

Enfim, pense um pouco nessas outras dores...

Pense um pouco nos tantos corações que sofrem dores mais amargas que as suas.

E se ainda assim você estiver certo de que a sua dor é maior, lembre-se daquela mãe que um dia assistiu a crucificação do Filho inocente, sem poder fazer nada.

Lembre-se também Daquele que suportou a cruz do martírio mas não perdeu a confiança no Pai, que tudo sabe.

E se ainda assim você achar que é o maior dos sofredores, considere que talvez o egoísmo esteja prejudicando a sua visão.

* * *

Pense nisso!

Descobrir qual é a maior dor, é muito difícil.

Mas a maior decepção é fácil de deduzir.

É a daqueles que se suicidam pensando que extinguirão a vida e com ela todos os problemas.

Esses saem do corpo, mas, indubitavelmente, não saem da vida e, muito menos, acabam com os problemas.

Portando, por mais difícil que esteja a situação, nunca vale a pena buscar essa porta falsa, chamada suicídio.

É importante lembrar sempre: por mais escura e longa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar.

E por mais que pensemos estar na solidão, temos sempre conosco um amigo fiel e dedicado que jamais nos abandona: o meigo Rabi da Galiléia.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita, com base em
mensagem volante sem menção ao autor.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.
Em 29.09.2009.
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MENSAGEM DO ESE:

Cuidar do corpo e do espírito

Consistirá na maceração do corpo a perfeição moral? Para resolver essa questão, apoiar-me-ei em princípios elementares e começarei por demonstrar a necessidade de cuidar-se do corpo que, segundo as alternativas de saúde e de enfermidade, influi de maneira muito importante sobre a alma, que cumpre se considere cativa da carne. Para que essa prisioneira viva, se expanda e chegue mesmo a conceber as ilusões da liberdade, tem o corpo de estar são, disposto, forte. Façamos uma comparação: Eis se acham ambos em perfeito estado; que devem fazer para manter o equilíbrio entre as suas aptidões e as suas necessidades tão diferentes? Inevitável parece a luta entre os dois e difícil achar-se o segredo de como chegarem a equilíbrio.
Dois sistemas se defrontam: o dos ascetas, que tem por base o aniquilamento do corpo, e o dos materialistas, que se baseia no rebaixamento da alma. Duas violências quase tão insensatas uma quanto a outra. Ao lado desses dois grandes partidos, formiga a numerosa tribo dos indiferentes que, sem convicção e sem paixão, são mornos no amar e econômicos no gozar. Onde, então, a sabedoria? Onde, então, a ciência de viver? Em parte alguma; e o grande problema ficaria sem solução, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores, demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma e dizendo-lhes que, por se acharem em dependência mútua, importa cuidar de ambos. Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela. Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de Deus. Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre-arbítrio o induziu a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa. Sereis, porventura, mais perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso: está toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição. 

Jorge, Espírito Protetor. (Paris, 1863.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 11.)


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Lei de Retorno


"E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação." — Jesus. (João, Capítulo 5, Versículo 29.)

Em raras passagens do Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão clara quanto aqui, em que o ensino do Mestre se reporta à ressurreição da condenação.

Como entenderiam estas palavras os teólogos interessados na existência de um inferno ardente e imperecível?

As criaturas dedicadas ao bem encontrarão a fonte da vida em se banhando nas águas da morte corporal. Suas realizações do porvir seguem na ascensão justa, em correspondência direta com o esforço perseverante que desenvolveram no rumo da espiritualidade santificadora, todavia, os que se comprazem no mal cancelam as próprias possibilidades de ressurreição na luz.

Cumpre-lhes a repetição do curso expiatório.

É a volta à lição ou ao remédio.

Não lhes surge diferente alternativa.

A lei de retorno, pois, está contida amplamente nessa síntese de Jesus.

Ressurreição é ressurgimento. E o sentido de renovação não se compadece com a teoria das penas eternas.

Nas sentenças sumárias e definitivas não há recurso salvador. Através da referência do Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e magnânima que parece.

Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da criação reprovável deles mesmos.
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XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 127.






MENSAGEM DO ESE:

Candeia sob o alqueire. Porque fala Jesus por parábolas

Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa. (S. MATEUS, cap. V, v. 15.)

Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; — pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. (S. LUCAS, cap. VIII, vv. 16 e 17.)

Aproximando-se, disseram-lhe os discípulos: Por que lhes falas por parábolas? — Respondendo-lhes, disse ele: É porque, a vós outros, foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado (1) . Porque, àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. — Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não vêem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. — E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e não escutareis; olhareis com os vossos olhos e não vereis. Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, eu não os cure. (S. MATEUS, cap. XIII, vv. 10 a 15.)

É de causar admiração diga Jesus que a luz não deve ser colocada debaixo do alqueire, quando ele próprio constantemente oculta o sentido de suas palavras sob o véu da alegoria, que nem todos podem compreender. Ele se explica, dizendo a seus apóstolos: “Falo-lhes por parábolas, porque não estão em condições de compreender certas coisas. Eles vêem, olham, ouvem, mas não entendem. Fora, pois, inútil tudo dizer-lhes, por enquanto. Digo-o, porém, a vós, porque dado vos foi compreender estes mistérios.” Procedia, portanto, com o povo, como se faz com crianças cujas idéias ainda se não desenvolveram. Desse modo, indica o verdadeiro sentido da sentença: “Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, a fim de que todos os que entrem a possam ver.” Tal sentença não significa que se deva revelar inconsideradamente todas as coisas. Todo ensinamento deve ser proporcionado à inteligência daquele a quem se queira instruir, porquanto há pessoas a quem uma luz por demais viva deslumbraria, sem as esclarecer.

Dá-se com os homens, em geral, o que se dá em particular com os indivíduos. As gerações têm sua infância, sua juventude e sua maturidade. Cada coisa tem de vir na época própria; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina. Mas, o que a prudência manda calar, momentaneamente, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; pesa-lhes a obscuridade. Tendo-lhes Deus outorgado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do céu, eles tratam de raciocinar sobre sua fé. E então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, desfalece a fé.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 1 a 4.)



quinta-feira, 9 de abril de 2020

Vitória sobre a depressão




Vive a sociedade terrestre grave momento na área da saúde emocional e comportamental.

Apresentando-se em caráter pandêmico, a depressão avassala os mais variados segmentos sociais, arrastando verdadeiras multidões ao terrível distúrbio de conduta.

Pode-se afirmar que a depressão é ocorrência que se manifesta como um distúrbio do todo orgânico e resulta de problemas do quimismo neuronal, com a falta de alguns neurocomunicadores responsáveis pela alegria, o bem estar, o afeto, tais como a dopamina, a serotonina e a noradrenalina. Aprofundando-se, porém, a sonda investigadora a respeito desse cruel distúrbio comportamental da área da afetividade, a doença se exterioriza em razão do doente, que é sempre o Espírito reencarnado em processo de reequilíbrio dos delitos anteriormente praticados. A depressão é doença da alma que se sente culpada e, não poucas vezes, carrega esse sentimento no inconsciente, em decorrência de comportamentos infelizes praticados na esteira das reencarnações, devendo em consequência, ser tratada no cerne da sua origem. O Espírito é um viajor incansável da imensa estrada das reencarnações, avançando das trevas para a luz, do instinto para a inteligência, e dessa para a razão, logo mais para a intuição. O seu comportamento esteve adstrito aos impositivos do primarismo por onde jornadeou longamente.

Constatado essa psicogênese respeitável, que facilita o diagnóstico da problemática, o Espiritismo também oferece o grande contributo terapêutico para a solução, tendo base os ensinamentos de Jesus Cristo, o Médico por excelência, cuja vida é o mais belo poema de amor e sabedoria que a história conhece. De início, o esclarecimento do paciente, a fim de que adquira a consciência de responsabilidade, dispondo-se à recuperação a esforço pessoal, sem o mecanismo passadista de transferir para outrem o que ele deve realizar. Em seguida, o hábito saudável da oração, dos bons pensamentos através de leituras edificantes, dos diálogos que enriquecem o ser interior, da fluidoterapia, água fluidificada....

A saúde é portanto, o estado ideal do Espírito que se descobriu a si mesmo e se identifica com o Cosmo, nele inserido em clima de harmonia. O corpo humano é a mais grandiosa obra de engenharia que se conhece. Uma existência laboriosa, ativa, guiada pela mente edificada no amor e na solidariedade, transforma-se num arquipélago de saúde, mesmo quando ocorram alguns fenômenos de aflição, perfeitamente controláveis, não permitindo angústias desnecessárias, ansiedades injustificáveis, medos sem lógica, solidão egoísta. Podes, portanto, adquirir saúde e preservá-la, se te resolveres por ser feliz e te empenhares na execução do programa iluminativo que te diz respeito.

Cada Espírito é responsável por tudo quanto lhe acontece.
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FRANCO, Divaldo Pereira. Vitória sobre a depressão. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.






 


MENSAGEM DO ESE:

Os obreiros do Senhor

Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: “Graça! graça!” O Senhor, porém, lhes dirá: “Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra.”

Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.”

 — O Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 5.)



quarta-feira, 8 de abril de 2020

Angústia e Paz



Previne-te contra a angústia.

Esta tristeza molesta, insidiosa, contínua, arrasta-te a estado perturbador.

Essa insatisfação injustificável, perseverante, penosa, conduz-te a desequilíbrio imprevisível.

Aquela mágoa que conservas, vitalizada pela revolta sem lógica, impele-te a desajuste insano.

Isso que te assoma em forma de melancolia, que aceitas, empurra-te a abismo sem fundo.

Isso que aflora com freqüência, instalando nas tuas paisagens mentais de pressão constante, representa o surgimento de problema grave.

Aquilo que remóis, propiciando-te dor e mal-estar, impele-te a estados infelizes, que te atormentam.

A angústia possui gêneses. Várias.

Procede de erros que se encontram fixados no ser desde a reencarnação anterior, como matriz que aceita motivos verdadeiros ou não, para dominar quem deveria envidar esforços por aplainar e vencer as imposições negativas e as compulsões torpes.

Realmente, não há motivos que justifiquem os estados de angústia.

A angústia entorpece os centros mentais do discernimentos e desarticula os mecanismos nervosos, transformando-se em fator positivo de alienações.

Afeta o psiquismo, o corpo e a vida, enfermando o espírito.

Rechaça a angústia, pondo sol nas tuas sombras-problemas.

Não passes recibo aos áulicos da melancolia e dispersa com a prece as mancomunações que produzem angústia.

Fomenta a paz, que á antídoto da angústia.

Exercita a mente nos pensamentos otimistas e cultiva a esperança.

Trabalha com desinteresse, fazendo pelo próximo o que dizes dele não receber.

A paz é fruto que surge em momento próprio, após a germinação e desenvolvimento do bem no coração.

Jamais duvides do amor de Deus.

Fixado no propósito de crescimento espiritual, transfere para depois o que não logres agora, agindo com segurança.

Toda angústia dilui-se na água corrente da paz.
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FRANCO, Divaldo Pereira. Alerta. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.





MENSAGEM DO ESE:

A indulgência (II)

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.

 — João, bispo de Bordéus. (1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)

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No clima da prece


Acalme seu coração. 

Dificuldades são ensinamentos importantes.

Se você caiu, apóie-se no trabalho edificante para reerguer-se.

Se a doença o visita, encare-a sem revolta nem desânimo, recorrendo aos recursos necessários para a volta ao equilíbrio.

No mundo, a noção de saúde ainda se limita à visão parcial do corpo físico.

Há, porém, doentes saudáveis, do ponto de vista espiritual, assim como existem pessoas em plena posse das energias físicas, entretanto doentes do espírito. 

Lembre-se que a vida gera mais vida.

Lutas, dores, decepções e tristezas formam o quadro abençoado de experiências que nos ensinam a perseverar sempre. 

Em qualquer situação prossiga trabalhando no bem. 

Rejeite os pensamentos negativos no clima da prece, e você sentirá a presença do Mais Alto amparando-o.

No final, tudo passará e você se descobrirá feliz e capaz de muitas realizações.
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Scheilla


segunda-feira, 6 de abril de 2020

ENTENDAMOS


O objetivo da sua vida na Terra não constitui a autoridade, a beleza ou o conforto efêmero.

- É o aperfeiçoamento espiritual.
A finalidade da educação não se resume no respeito cego a tradicionalismo e preconceito.

- É disciplina aos impulsos próprios.

A evangelização da infância não consiste em seu acondicionamento às nossas ideias.

-É processo da emancipação infantil para compreensão da justiça e do bem.

O exercício profissional não consubstancia concorrência desonesta em louvor da ambição.

- É ensejo de auxílio a todos.

A caridade não exprime virtude conforme a nossa inclinação afetiva.

- É solução a qualquer problema.
A fé não significa só ideal para o futuro.

- É força construtiva para hoje.
O seu estudo não é padronização à vida alheia.

- É arma viva para a reforma de você mesmo.

A melhoria moral transparece de título honroso alcançado entre os homens.

- É luz manifesta em seu bom exemplo.
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André Luiz 
Chico Xavier 






MENSAGEM DO ESE
Advento do Espírito de Verdade (II)


Venho instruir e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem a sua resignação ao nível de suas provas, que chorem, porquanto a dor foi sagrada no Jardim das Oliveiras; mas, que esperem, pois que também a eles os anjos consoladores lhes virão enxugar as lágrimas.
Obreiros, traçai o vosso sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da véspera; o trabalho das vossas mãos vos fornece aos corpos o pão terrestre; vossas almas, porém, não estão esquecidas; e eu, o jardineiro divino, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, e a trama da vida se vos escapar das mãos e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis que surge em vós e germina a minha preciosa semente. Nada fica perdido no reino de nosso Pai e os vossos suores e misérias formam o tesouro que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas e onde o mais desnudo dentre todos vós será talvez o mais resplandecente.
Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana. Assim como o vento varre a poeira, que também o sopro dos Espíritos dissipe os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que são, não raro, muito miseráveis, porquanto se acham sujeitos a provas mais perigosas do que as vossas. Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio dAquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os artífices da vossa imortalidade. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1861.)


(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, item 6.)




domingo, 5 de abril de 2020

Não Inventes Problemas


Muitas vezes somos derrotados porque não nos preparamos para vencer. É o despreparo que nos faz fracassar. A derrota, bem discernida, é o primeiro grande passo para a vitória definitiva.

Livro: O Clímax do Apocalipse
Raphael Rios
Ícone Editora







 

MENSAGEM DO ESE;

Benefícios pagos com a ingratidão

Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de benefícios que fizeram, deixam de praticar o bem para não topar com os ingratos?
Nesses, há mais egoísmo do que caridade, visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na humildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que pratica não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aquele que não a busca no mundo.
Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizerdes o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficiado vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes sejais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem.
E sabeis, porventura, se o benefício momentaneamente esquecido não produzirá mais tarde bons frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é uma semente que com o tempo germinará. Infelizmente, nunca vedes senão o presente; trabalhais para vós e não pelos outros. Os benefícios acabam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; desejará reparar a falta, pagar a dívida noutra existência, não raro buscando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o suspeitardes, tereis contribuído para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um benefício jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressadamente e sem que as decepções vos desanimassem.
Ah! meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências anteriores; se pudésseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um progresso mútuo, admiraríeis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele. — Guia protetor. (Sens, 1862.)



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 19.)


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Não Inventes Problemas

Inventar problemas é não querer partilhar da paz de Deus. 
Há criaturas que, mesmo sem os tais, começam a imaginar embaraços para a sua própria vida, a fim de atrair atenções de compaixão para a sua situação calamitosa, esquecendo-se de que compaixão sem ação não cura os males nascidos da ignorância.
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De certa forma, és criador do teu próprio destino. Se deres abertura à tua imaginação em sentido contrário ao das leis espirituais, sofrerás as consequências dos teus atos impensados, e o remédio para esses males está na tua decisão de modificar o teu modo de ser.
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Aquele que tem prazer de soltar a imaginação em busca de fantasias perigosas, verá que tais fantasias poderão materializar-se como inimigos terríveis, exigindo do seu criador promessas feitas pelos sentimentos.
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Procura limpar da tua mente a ideação negativa, estuda as tuas fraquezas em relação às tuas ideias e extirpa imediatamente esses tumores mentais, para que eles não passem para o físico, transmutando-se em enfermidades de difícil restauração.
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Tu és o que pensas ser e se já trabalhaste muitos anos criando situações perturbadoras para a tua casa mental, é necessário que passes a fazer o contrário. Certamente levarás algum tempo nesta operação-limpeza, mas se não esmoreceres conseguirás, mesmo que a rejeição for atuante em todos os teus caminhos.
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Sê perseverante, orando e vigiando em todos os momentos em que for preciso, no sentido de que tenhas em tuas mãos os frutos dos teus esforços.
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Quem não inventa problemas, deve se posicionar como livre das investidas dos mesmos. Entretanto, não basta somente deixar de imaginar coisas negativas. É indispensável criar dentro, e em torno de nós, condições de viver a positividade da vida.
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Se por força do passado, o carma te cobrar o que fizeste em outra encarnação, nas linhas da justiça, não te revoltes contra a Lei. Cede às evidências e respeita o programa evolutivo através de teu proceder, como aquele que ama até a própria dor, estudando e entendendo as lições, que o peso da cruz será aliviado, de modo a estranhares a melhora e sentires a bondade de Deus em teus caminhos.

A obediência é força imensa a nos ajudar em todos os nossos transes difíceis.

A tua imaginação deve ser aproveitada para a tua felicidade.

Os pensamentos se movem gastando energias divinas, existentes em abundância no grande suprimento.

Entrementes, responderás pela tua cota se gastares, em desacordo com as diretrizes da Lei.
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Se todas as manhãs, ao acordares, a melancolia estiver aflorada em tua mente, com tendência a passar para a tua palavra, luta com ela também, todos os dias, e expulsa-a do teu convívio, pois este estado negativo poderá transformar-se em variadas modalidades de sofrimentos, capazes de levar-te ao desespero.

És um soldado e a tua mente, um campo de batalha. Tu deves ser o vencedor!
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Não estranhes os contrários.
Eles sempre aparecem ante aqueles que desejam estabelecer harmonia no mundo interno e saúde nos corpos. Evita criar problemas e estarás edificando a tua própria felicidade.

Quando junto aos companheiros, não facilites ambiente propício ao surgimento de problemas, pois mãos invisíveis estarão te ajudando neste abençoado labor de espargir luzes, por onde os teus passos deixarem as marcas doBem.
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Lancellin
João Nunes Maia