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sábado, 6 de junho de 2020

Teu Filho



Observa a flor tenra que desabrocha no jardim de teu lar...

Espírito extasiado, exclamas ante o hóspede frágil que te pede refúgio ao coração:

Meu filho! Meu filho!

E sentes o suave mistério do amor que te renova as forças para o trabalho, enriquecendo a alma, com estímulos santos.

Dessa criaturinha leve e doce que ainda não fala, recolhes poemas inarticulados de esperança e ternura...

Desse anjo nascituro que ainda não caminha, recebes sugestões silenciosas de coragem para marchar com destemor, dentro da luta em que te refazes para a Vida Maior...

Bênçãos inatingíveis do Céu te coroam a fronte, e aprendes a suportar, com heroísmo, o cálice de fel que o mundo te apresenta e a cultivar a humildade que te faz mais humano e melhor à frente dos semelhantes...

Contudo, não te esqueças, é ao som dessa música renovadora, que teu filho será amanhã teu retrato e que nele estamparás teus próprios ideais e teus próprios impulsos, plasmando-lhe o novo modo de ser.

Sem dúvida, não é um estrangeiro em tua casa, nem um desconhecido ao teu afeto...

É alguém que chega de longe, como acontece a ti mesmo.

Alguém que te comungou as experiências do passado e que se liga ao teu caminho pelos laços luminosos do amor ou pelas duras algemas da aversão.

Recebe-o, assim, com doçura e reconhecimento, mas não olvides o dever de armá-lo com elevação espiritual necessária ao combate que, amanhã, lhe cabe ferir...

Ajuda-o, equilibra-o com o trabalho digno e com o estudo edificante.

Ama-o e educa-o, oferecendo-lhe o melhor de tua alma, porque, cumpridas as tuas obrigações no lar, ainda mesmo que teu filho não te possa compreender a nobreza do sacrifício e a excelsitude da abnegação, receberás do Eterno Senhor, Nosso Pai Celestial, a benção da alegria e da paz, de vez que, diante d’Ele, todos somos filhos e tutelados também.
🌷🌼🌷
Emmanuel - Do livro: Família, Médium: Francisco Cândido Xavier




MENSAGEM DO ESE:

A lei de amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra — amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. 

Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. É então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. 

— Lázaro. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 8.)

🌼🌷🌼🌷🌼🌷🌼


NÃO DESANIMES



Não desanimes!


Ninguém nasce para se render aos fracassos.


Deus permanece contigo em todos os caminhos.


O obstáculo é exercício de auto-superação.


Existe luz dentro de ti.


Não menosprezes a tua capacidade de ser mais do que és.


Ainda que com dificuldade, avança de ânimo firme.


Com determinação, alcançarás o que almejas.


Não te creias esquecido pela Providência Divina.


Se o desejas, ainda agora poderás tornar-te em instrumento do bem para milhares de criaturas.


Que a descrença à tua volta não te induza à apatia.


Consagra-te ao cumprimento do dever e vencerás.
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De Ânimo Firme - Irmão José

sexta-feira, 5 de junho de 2020

O que te pertence



A dor que te alcança é tua.

Ninguém a sofrerá por ti.
Os amigos se apiedarão, buscarão auxiliar-te, porém, o empenho estará cravado
nas carnes da tua alma.

Da mesma forma, a felicidade que
te chega, é tua.

Haverá riso e satisfação entre aqueles
que te amam, todavia, a sensação de júbilo
não a podes repartir com ninguém.

Isto posto, no sofrimento, não imponhas
amargura àqueles que te cercam,
conforme na alegria, não podes fazer que eles se sintam ditosos.
🌷🌼🌷🌼🌷
Joanna de Ângelis






MENSAGEM DO ESE:

Perdão das ofensas (II)

Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? Oh! ai daquele que diz: “Nunca perdoarei”, pois pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa, se não procedestes com toda a moderação necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tornardes merecedores da invectiva que lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido: quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no olvido? Se de vós dependia impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos dementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.
Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: “Eu lhe perdôo”, mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: “Perdôo” e acrescentam. “mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida.” Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. 

— Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 15.)
🌼🌷🌼🌷🌼


PESSOAS DE TEMPERAMENTO DIFÍCIL


(...)


O caráter distintivo das pessoas é um produto complexo das influências do meio em que viveram desde os primeiros dias como bebê (em alguns casos, mesmo antes, no próprio ventre materno) somado às predisposições inatas (resultado de vidas pretéritas).


Ninguém escolhe ter um temperamento complicado intencionalmente. Quem buscaria, de propósito, edificar para si uma personalidade hipersensível, obsessivo-compulsiva, narcisista, possessivo-agressiva, super dependente, maníaco-depressiva, excessivamente ansiosa ou obcecada por detalhes?


Precisamos compreender e respeitar as dificuldades de mudança das criaturas. Mudar implica longo processo de “demolição / reconstrução”. Não se trata apenas de escutar certas regras de conduta, mas sim de desembaraçar-se de outras tantas acumuladas nas noites do tempo.


Portanto, com que direito decidimos o que está certo ou errado e impomos isso a alguém? Muitos de nós temos o hábito de dar “lições de moral” aos outros. Na vida, cabe-nos tão-só promover diálogos fraternos de ajuda mútua; encontros sinceros de alma para alma.
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Hammed
(Prefácio)
Livro: Conviver e Melhorar – Como Lidar Com os Encontros, Reencontros e Desencontros
Francisco do Espírito Santo Neto, pelos Espíritos Lourdes Catherine e Batuíra
Boa Nova Editora

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Aja



Se a tua palavra não tiver o
objetivo de auxiliar, não a apresentes
a criticar.

Há dois tipos de comportamento:
o daqueles que fazem e o daqueloutros
que ficam de palanque, apontando
erros, criticando, atormentando
a vida das pessoas.

Faze quanto te seja possível,
sem aguardar aplauso, nem
temer pedradas.

Torna-te membro do grupo que
opera e fala com o objetivo
superior de ser útil.

Se, os que dizem saber como se
fazem as coisas, deixassem de opinar
e as executassem, o mundo
mudaria de feição.
🕊️🌺🕊️🌺🕊️
Joanna de Ângelis






MENSAGEM DO ESE:

Destinação da Terra. Causas das misérias humanas

Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.

Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 6 e 7.)

🌺🕊️🌺🕊️🌺
Acautela-te


Contra os que te podem roubar a esperança, instilando-te no coração o veneno da descrença;
Contra os que tramam com sutileza em desfavor de tua paz;

Contra os que se aproximam de ti sob a camuflagem de escusos interesses;

Contra os que podem fragilizar-te emocionalmente diante das provas a serem vencidas;

Contra os que desejam ter acesso a tua intimidade, com a finalidade de te terem nas mãos;

Contra os que aparentam ser amigos, mais jamais te estenderam a mão na dificuldade;

Contra os que te frequentam a casa e te invejam a alegria familiar;

Contra os que te aplaudem, mas permanecem na expectativa de teu fracasso;

Contra os que não perdem oportunidade de criticar sistematicamente as tuas atitudes;

Contra os que fazem referências elogiosas a ti, ao mesmo tempo em que dão ênfase às tuas fraquezas;

Contra os que se te fazem portadores apenas de notícias deprimentes;

Contra os que somente te criam embaraços no cumprimento de tuas obrigações espirituais!...
********************** 
Irmão José

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Conselhos


O conselho somente terá valor se
estiveres disposto a seguí-lho. Quando estejas com  dificuldadeem qualquer assunto, recorre a uma pessoa mais experiente, mais bem equipada, pedindo-lhe ajuda e orientação. Todavia, não leves a tua própria opinião, tentando prová-la verdadeira.

Ouve com cuidado, reflexiona e, depois,
toma a decisão que te pareça
mais acertada.

Por outro lado, não faças ouvidos
moucos às orientações e conselhos que
te dêem ou que busques.

"Examina tudo e retém o que é bom",
ensina o Apóstolo, em
nome do Bem.
🌺🌷🌺
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco



MENSAGEM DO ESE:

A fé e a caridade

Disse-vos, não há muito, meus caros filhos, que a caridade, sem a fé, não basta para manter entre os homens uma ordem social capaz de os tornar felizes. Pudera ter dito que a caridade é impossível sem a fé. Na verdade, impulsos generosos se vos depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm; porém, essa caridade austera, que só com abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la, porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena.
Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe licito ocupar-se unicamente com a sua felicidade. Sem dúvida, Deus nos criou para sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material. Sem levar em conta as vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade. Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis conservar a harmonia entre elementos tão diversos.
Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem. A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé. — Espírito protetor. (Cracóvia, 1861.)


(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 13.)

🌷🌺🌷🌺🌷

PESSIMISMO E SOFRIMENTO



Em nossas anotações iniciais, comentamos quanto ao perigo em aceitar com adoração as nossas enfermidades e dores.


Comportando-nos dessa maneira transferimos a enfermidade para o nosso perispírito e aí, haja séculos para adquirir a cura. É oportuno, a título de informação, transcrever o que o caro Chico Xavier nos respondeu em 1984, quando lhe perguntamos: "Chico, como é que você está de saúde?"


— Estou bem! - respondeu-nos. - Apesar dos vinte e dois comprimidos diários que tomo, vou bem de saúde!... Se eu ficar falando que estou doente, que não estou bem, começam a dizer por aí: O Chico está doente. Ele não está bem. Está com tal ou qual enfermidade. Vão dizendo assim e se a gente acreditar, acaba adquirindo a doença!


Para melhor nos inteirarmos da gravidade do assunto, recorramos à orientação dos benfeitores espirituais: "Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem." 
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(Emmanuel / Francisco Cândido Xavier - prefácio do livro "Vinha de Luz" - FEB)


E também com André Luiz, em "Os Mensageiros", capítulo 43 (FEB), psicografado por Chico Xavier, anotamos: "Ora, desse modo, quem cultivou a enfermidade com adoração, submeteu-se-lhe ao império. É lógico que devemos, quando encarnados, prestar toda a assistência ao corpo físico, que funciona, para nós, como vaso sagrado, mas remediar a saúde e viciar a mente, são duas atitudes essencialmente antagônicas entre si."
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Do Livro "Lembranças de Grandes Lições" - Cezar Carneiro
Capítulo " PESSIMISMO E SOFRIMENTO "

terça-feira, 2 de junho de 2020

Tua saúde


Insiste na preservação da tua saúde.

Muitas enfermidades têm origem no
temperamento desajustado, nas emoções
em desalinho, em influências
espirituais negativas.

A ansiedade, o medo, o pessimismo, a ira,
o ciúme, o ódio, são responsáveis por
males que ainda não se encontram
catalogados, prejudicando a saúde
física, emocional e mental.

Esforça-te por permanecer em paz,
cultivando os pensamentos bons,
que te propiciarão inestimáveis benefícios.

Conforme preferires mentalmente,
assim te será a existência.

🌷🌺🌷
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco












MENSAGEM DO ESE:

Deve-se expor a vida por um malfeitor?

Acha-se em perigo de morte um homem; para o salvar tem um outro que expor a vida. Sabe-se, porém, que aquele é um malfeitor e que, se escapar, poderá cometer novos crimes. Deve, não obstante, o segundo arriscar-se para o salvar?

Questão muito grave é esta e que naturalmente se pode apresentar ao espírito. Responderei, na conformidade do meu adiantamento moral, pois o de que se trata é de saber se se deve expor a vida, mesmo por um malfeitor. O devotamento é cego; socorre-se um inimigo; deve-se, portanto, socorrer o inimigo da sociedade, a um malfeitor, em suma. Julgais que será somente à morte que, em tal caso, se corre a arrancar o desgraçado? É, talvez, a toda a sua vida passada. Imaginai, com efeito, que, nos rápidos instantes que lhe arrebatam os derradeiros alentos de vida, o homem perdido volve ao seu passado, ou que, antes, este se ergue diante dele. A morte, quiçá, lhe chega cedo demais; a reencarnação poderá vir a ser-lhe terrível. Lançai-vos, então, ó homens; lançai-vos todos vós a quem a ciência espírita esclareceu; lançai-vos, arrancai-o à sua condenação e, talvez, esse homem, que teria morrido a blasfemar, se atirará nos vossos braços. Todavia, não tendes que indagar se o fará, ou não; socorrei-o, porquanto, salvando-o, obedeceis a essa voz do coração, que vos diz: “Podes salvá-lo, salva-o!” 

— Lamennais. (Paris, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 15.)

🌺🌷🌺

CHEGARÁ O MOMENTO


Talvez não acredites nas palavras de quem, preocupado com a tua paz e felicidade, sempre esteja a te orientar para o Bem.

Talvez duvides da nobre intenção de quem, com paciência, te aconselhe seguidas vezes a respeito do melhor caminho a ser tomado.

Talvez, em silêncio, vivas a questionar o propósito de quem insista contigo para que te livres do vício que se te revela altamente prejudicial à saúde.

Talvez não dês crédito ao amigo mais experiente e sofrido que, tão-somente, pretende evitar que venhas a sofrer as decepções que ele já sofreu em demasia.

Contudo, sempre chegará o momento em que te arrependerás de não te teres valido dos alertas com que a Providência Divina te favoreceu, antes que a tua situação se agravasse e te induzisse a maiores padecimentos.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Amai-vos uns aos outros”) 

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Os maus companheiros



Seleciona as tuas companhias.

Os maus companheiros tornam-se
presenças inconvenientes na tua vida e
perturbam-te a marcha.

Ninguém é tão independente e pleno que
não corra o perigo de contaminar-se,
com aqueles que estagiam e se comprazem nadelinquência ou na insensatez viciosa.

Sê gentil com os maus e estúrdios,
porém, não te imiscuas com eles,
seu comportamento, suas atividades
e filosofia de vida.

As enfermidades morais também
contagiam os incautos que delas
se aproximam.

🌺🌷🌺

Joanna de Ângelis
                         Divaldo Franco













MENSAGEM DO ESE:


Verdadeira pureza. Mãos não lavadas

Então os escribas e os fariseus, que tinham vindo de Jerusalém, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: “Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos, uma vez que não lavam as mãos quando fazem suas refeições?”

Jesus lhes respondeu: “Por que violais vós outros o mandamento de Deus, para seguir a vossa tradição? Porque Deus pôs este mandamento: Honrai a vosso pai e a vossa mãe; e este outro: Seja punido de morte aquele que disser a seu pai ou a sua mãe palavras ultrajantes; e vós outros, no entanto, dizeis: Aquele que haja dito a seu pai ou a sua mãe: Toda oferenda que faço a Deus vos é proveitosa, satisfaz à lei, — ainda que depois não honre, nem assista a seu pai ou à sua mãe. Tornam assim inútil o mandamento de Deus, pela vossa tradição.

Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, quando disse: Este povo me honra de lábios, mas conserva longe de mim o coração; é em vão que me honram ensinando máximas e ordenações humanas.”

Depois, tendo chamado o povo, disse: “Escutai e compreendei bem isto: — Não é o que entra na boca que macula o homem; o que sai da boca do homem é que o macula. — O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem; — porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os latrocínios, os falsos-testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. — Essas são as coisas que tornam impuro o homem; o comer sem haver lavado as mãos não é o que o torna impuro.” Então, aproximando-se, disseram-lhe seus discípulos: “Sabeis que, ouvindo o que acabais de dizer, os fariseus se escandalizaram?” — Ele, porém, respondeu: “Arrancada será toda planta que meu Pai celestial não plantou. — Deixai-os, são cegos que conduzem cegos; se um cego conduz outro, caem ambos no fosso.” (S. Mateus, cap. XV, vv. 1 a 20.)

Enquanto ele falava, um fariseu lhe pediu que fosse jantar em sua companhia. Jesus foi e sentou-se à mesa. — O fariseu entrou então a dizer consigo mesmo: “Por que não lavou ele as mãos antes de jantar?” Disse-lhe, porém, o Senhor: “Vós outros, fariseus, pondes grandes cuidado em limpar o exterior do copo e do prato; entretanto, o interior dos vossos corações está cheio de rapinas e de iniqüidades. Insensatos que sois! aquele que fez o exterior não é o que faz também o interior?” (S. LUCAS, cap. XI, vv. 37 a 40.)

Os judeus haviam desprezado os verdadeiros mandamentos de Deus para se aferrarem à prática dos regulamentos que os homens tinham estatuído e da rígida observância desses regulamentos faziam casos de consciência. A substância, muito simples, acabara por desaparecer debaixo da complicação da forma. Como fosse muito mais fácil praticar atos exteriores, do que se reformar moralmente, lavar as mãos do que expurgar o coração, iludiram-se a si próprios os homens, tendo-se como quites para com Deus, por se conformarem com aquelas práticas, conservando-se tais quais eram, visto se lhes ter ensinado que Deus não exigia mais do que isso. Daí o haver dito o profeta: É em vão que este povo me honra de lábios, ensinando máximas e ordenações humanas.

Verificou-se o mesmo com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser atirada para segundo plano, donde resulta que muitos cristãos, a exemplo dos antigos judeus, consideram mais garantida a salvação por meio das práticas exteriores, do que pelas da moral. É a essas adições, feitas pelos homens à lei de Deus, que Jesus alude, quando diz: Arrancada será toda planta que meu Pai celestial não plantou.

O objetivo da religião é conduzir a Deus o homem. Ora, este não chega a Deus senão quando se torna perfeito. Logo, toda religião que não torna melhor o homem, não alcança o seu objetivo. Toda aquela em que o homem julgue poder apoiar-se para fazer o mal, ou é falsa, ou está falseada em seu princípio. Tal o resultado que dão as em que a forma sobreleva ao fundo. Nula é a crença na eficácia dos sinais exteriores, se não obsta a que se cometam assassínios, adultérios, espoliações, que se levantem calúnias, que se causem danos ao próximo, seja no que for. Semelhantes religiões fazem supersticiosos, hipócritas, fanáticos; não, porém, homens de bem.

Não basta se tenham as aparências da pureza; acima de tudo, é preciso ter a do coração.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo)
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Preocupações



Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.

Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.

Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.

Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para lembrar injúria ou ingratidão.

Disse um notável filósofo: "uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acrescentar: "e de enfermidade também".


Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.

Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.

Geralmente, o mal é o bem mal-interpretado.

Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.

Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que aguentou você ontem, aguentará também hoje. 

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Autor: André Luiz

Psicografia de Chico Xavier. Do livro: Sinal Verde

domingo, 31 de maio de 2020

O Sofrimento Alheio

‌O bonde deslizava em marcha regular, mas Belarmino Cintra, sentado no quinto banco, extravasava desespero.
‌Parecia não ver os carros que buzinavam, nem o casario em torno, nem circunstantes, nem a chuva garoenta.
‌Ele só era excitação.
‌Ele só era mágoa.
‌Aguardava a promoção por onze anos de trabalho correto na repartição e era funcionário a mais de vinte. Esforçara-se, renunciando a facilidades diversas, pensando na melhoria.
‌No momento exato, porém, a melhoria alcançara outro que, a seu ver, não correspondera.
‌Indignado, escrevera uma carta ao chefe, ameaçando-o com um inquérito escandaloso, e o chefe chamara-o ao gabinete para entendimento pessoal.
‌Sentia-se desanimado, infeliz.
‌Era pai de família. Esposa e quatro filhos. Não tinha débitos a solver, mas nenhum vintém no pé-de-meia.
‌No fim do mês, era sempre a mesma situação. Contas pagas e bolso vazio.
‌Achava-se, por isso, inconformado, revoltado...
‌Não suportaria qualquer advertência.
‌Armara-se. Se o chefe lhe desconsiderasse a atitude, reagiria...
‌O veículo pára por dois longos minutos, esperando por outro no entroncamento. E Belarmino, relanceando os olhos, é quase obrigado a ler uma frase no volume que a senhora míope ergue muito alto, no banco, em frente.
‌É um livro espírita, em cujo texto ele anota um aviso, letra por letra:
‌— “Tenha paciência. Fitando o sofrimento alheio, aprendemos a encontrar a felicidade que é nossa.”
‌Belarmino sente-se como sob ducha fria.
‌Nisso, no instante exato em que o bonde larga de novo, um homem pesado toma o veículo, a esbofar-se, enxugando o suor, apesar do tempo frio.
‌Senta-se rente ao escriturário preterido, e, porque um senhor vizinho lhe mostre semblante mais ameno, fala-lhe à queima roupa:
‌— Vida penosa! Não agüento mais!...
‌— É, meu caro amigo! — disse o companheiro anônimo — cada qual neste mundo tem sua quota de aflição...
‌Porque o bonde passasse à frente de um consultório médico em que se via grande número de consulentes esperando vez, o recém-chegado observou:
‌— Vida boa é de médico! Parece que os clientes lhe trazem a sopa à boca.
‌O outro, no entanto, discordou:
‌— O senhor está enganado. Eu sou médico. Estamos presos ao sofrimento humano.
‌Cada enfermo é um problema. E os cabelos embranquecem ou caem cedo como se tivéssemos um vulcão na cabeça. De minha parte, estou fatigado. Ainda ontem vi minha mãe morrer nos meus braços, devorada pelo câncer, sem que eu lhe pudesse dar outra coisa senão anestésicos.
‌E num desabafo:
‌— Vida boa deve ser a de quem possa andar ou viajar livremente, assim como o caixeiro viajante...
‌O outro, porém, revidou:
‌— Caixeiro viajante? Não diga isso. Sou viajante comercial há quinze anos... Encontro humilhações por toda parte, separado da família na maior parte do tempo... E, para cúmulo do azar, fui responsabilizado inocentemente por um desfalque de quatrocentos mil cruzeiros... Devedores astuciosos conseguiram envolver-me nisso, sem que eu tenha culpa...
‌Belarmino queria continuar ouvindo, mas uma senhora triste entrou na parada próxima, carregando um pequenino doente. Faixa sanguinolenta envolvia-lhe os olhos.
‌— Que foi? — dessa vez foi o próprio Cintra quem perguntou, lembrando os filhos.
‌E a senhora:
‌— Meu filhinho perdeu os olhos com a explosão de uma bomba.
‌Belarmino procura consolá-la.
‌Daí a instantes, o funcionário, transformado, desce e entra no gabinete da chefia.
‌O diretor recebe-o, evidentemente irritado.
‌Mas Belarmino fala, humilde:
‌— Doutor, antes de tudo, quero pedir-lhe desculpas por minha carta violenta e ofensiva... Eu não tinha razão!
‌O chefe sorriu, como quem se livrara de um desastre iminente, e falou, alegre:
‌— Oh! Graças a Deus, você entendeu por fim... As injunções políticas são pedras no caminho... Somos companheiros, Belarmino. Não perca a esperança. A promoção virá breve...
‌Mas Belarmino sorri também, e roga:
‌— Doutor, peço-lhe! Não se preocupe comigo! Eu estava perturbado.
‌E despediu-se tranqüilo, para voltar ao trabalho.
‌Mas, no dia seguinte, o chefe procurou-o, com excelentes informes, e Belarmino contou-lhe a história viva da frase que lera de escantilhão. 
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Espírito Hilário SilvaDo Livro: Almas em Desfile, Médium: Francisco Cândido Xavier.


‌MENSAGEM DO ESE:
‌Destinação da Terra. Causas das misérias humanas
‌Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

‌Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.

‌Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.
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‌(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 6 e 7)