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sábado, 27 de junho de 2020

IGNORÂNCIA EM MASSA


A luz interior é um estado da alma. Muitos andam permanentemente em trevas. A ignorância é cultivada em massa, quando se evita o esclarecimento íntimo. Ante a grandeza da vida, poucos avançam para a lucidez espiritual, que produz a iluminação do ser.

A fase infantil da escalada humana rumo ao infinito ainda não foi superada por muitos. Como crianças na escola da vida, os homens ainda se ocupam com futilidades e brincam de viver. As questões efêmeras permanecem como centro de atenção, e poucos se esforçam por se tornar conscientes ou lúcidos no que se refere à realidade do Universo.

Alguns, que tentam superar os limites estreitos da fase infantil, começam a despertar a luz bruxuleante da consciência de humanidade. Mas, com as imposições da sociedade contemporânea, demoram-se demasiado na fase da adolescência espiritual.

Aí é que se manifestam os conflitos conscienciais e psicológicos, os traumas, medos e ansiedades que emergem do passado espiritual por imposição da lei do carma. O homem encontra-se dividido entre a possibilidade do crescimento espiritual e os apelos do mundo, produto de uma sociedade que submerge nas vagas da mendicância moral.

Aqueles que ousam desafiar o sistema e o estado de coisas reinante logram atingir a iluminação interior. Mas isso não se dá sem os conflitos que são gerados pelo avanço espiritual.

Paulo de Tarso classificou esse estado de conflito íntimo como sendo a batalha da lei do pecado e da morte contra a lei da vida, o homem velho e o homem novo.

Ninguém se engane quanto às condições em que se darão a ascese espiritual. Não há elevação sem lutas, e luz alguma se acende sem incomodar as trevas.

É preciso fazer luz na escuridão de todas as almas que ainda se mantém prisioneiras do passado sombrio. A luz verdadeira é iluminação da consciência e a sensibilização do coração, que produz o equilíbrio íntimo.
🌷🙏🌷
Livro: Serenidade – Uma Terapia Para a Alma
Robson Pinheiro, pelo Espírito Alex Zarthú
Casa dos Espíritos Editora 




MENSAGEM DO ESE:

Parábola do mau rico

Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. — Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, — que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.
Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. — Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio — e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, — onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. — Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. — Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. — Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. 
🌷🙏🌷
(S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 5.)

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Ingratidão


Dentre os muitos inimigos morais do homem, a ingratidão assoma, relevante, na condição de filha dileta do egoísmo, que se nutre com as vérminas do orgulho.

A ingratidão estabelece síndromas de distúrbios comportamentais, que degeneram, a curto ou longo prazo, em problemas de alienação mental.

Nos dias hodiernos, a ingratidão toma corpo com muita facilidade, tornando-se elemento normal nas relações sociais, em lamentável agressão aos postulados éticos, quando não se tenha em conta a moral evangélica.

Filhos ingratos e genitores desleixados dos seus deveres, irmãos insensatos e cônjuges levianos, amigos desassisados pululam nas avenidas do mundo moderno, envergando roupagens de alto custo ou andrajos de miséria, igualados na mesma indigência espiritual.

Abençoa a mão que um dia se distendeu, generosa, no teu rumo, socorrendo-te e amparando-te.

Mesmo que ela, por acaso, se haja convertido em instrumento que te oferta o fel da amargura, recorda-te de quando te abençoou com a dádiva sem preço da misericórdia e da compreensão em que te apoiaste.

Da mesma forma que não é meritório fazer o bem e aguardar retribuição, não é justificável que se mutile a generosidade com as lâminas da ingratidão, em quem espalhou benefício.

Há pessoas que se acreditam somente credoras de receber ajuda, supondo-se privilegiados ante a vida, empanturradas de empáfia, fingindo ignorar a própria fragilidade.

Sorriem ante os que lhes estimulam as paixões dissolventes, demorando-se como belas flores de estufa, de vida breve, a nutrir-se do clima em que se consumirão.

São gentis, enquanto se locupletam, no entanto, afastam-se amargas e maledicentes da presença generosa de quem lhes foi devotado...

Censuram o benfeitor mediante alegações mesquinhas, justificando, com acusações, a própria enfermidade.

Aqueles por quem ora se entusiasmam, serão abandonados amanhã, com o mesmo ardor, logo não lhes posam ser úteis ou atendê-las nas suas exigências.

Não as censures, nem lhes concedas as tuas preocupações aumentando as dores que te ferem a alma.

Ora por elas, envolvendo-as de ternura. Elas estão equivocadas e despertarão um dia.

Prossegue ajudando quem te cruze o caminho, sem a preocupação de reter ninguém no teu círculo de afetividade.

O cristão autêntico não se faz compreender, ainda hoje, porém compreende sempre.

Seus pés sangram continuamente, porque a vida que escolheu é lição de progresso e libertação.

Mantém, na mente e no coração, o sentimento de gratidão por quem te auxilie. Desde que é dever socorrer e perdoar o inimigo, é muito mais justo permanecer fiel ao benfeitor e ao amigo.

Ninguém consegue o topo da subida, sem o primeiro passo, tanto quanto jamais alguém penetrará no insondável das realidades divinas sem a bênção do conhecimento haurido através da singeleza do alfabeto.

Por melhor que ora te encontres, por maiores que sejam os sinais do teu aparente progresso material, ignoras o amanhã...

E mesmo que sigas em contínua ascensão econômica e social, o crescimento moral tem regime de urgência e em todos estes campos não poderás negar a gratidão a quem, na tua hora de aspereza, concedeu-te o primeiro impulso, ofereceu-te mão generosa para que continuasses.

Não apenas os adversários, os invejosos e os políticos-religiosos infelizes fizeram-se os crucificadores de Jesus.

Foram, também, os amigos ingratos, os beneficiários reticentes, os companheiros moralmente dúbios...

Judas, que aparentava amá-lO, deixou-se enredar nos problemas que o perturbavam e, ingrato, O entregou...

Pedro, que Lhe era devotado, porém invigilante, tombando nas malhas de cruéis perturbações espirituais obsessivas O negou...

...E outros tantos que desapareceram, não Lhe ofertando amor ou fidelidade, carinho ou gratidão.

Muitos haviam sido aqueles a quem Ele ajudou; iluminou-os com a verdade e libertou-os dos males de vária procedência que os afligiam.

Sê grato, sempre, em qualquer circunstância, principalmente quando o teu companheiro gentil, se te apresente turbado ou triste, enfermo ou solitário, porquanto nesta fase é que ele necessita de amizade e não nos momentos em que pode doar, oferecer-se e amparar.

A gratidão, nascida da seiva do amor, é estrela que assinala cada alma na marcha da evolução, deixando sinais luminosos pelo caminho.
🌼🙏🌼
FRANCO, Divaldo Pereira. Otimismo. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.





MENSAGEM DO ESE:

A paciência

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.

Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. 
🙏🌼🙏
— Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 7.)

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Buscando nos conhecer




Será que sabemos realmente quem somos?


Nós nos preocupamos com essa questão ou acreditamos que ela seja apenas para os filósofos e para os livros de autoajuda?

Essa é uma busca fundamental se desejamos ter uma vida mais feliz, se procuramos nos relacionar melhor, se queremos enfrentar a vida e seus desafios com mais coragem.

É igualmente uma busca desafiadora, uma busca no sentido oposto de todas as que fizemos até hoje, uma vez que sempre fomos na direção do mundo exterior.

Fomos exploradores, desbravadores, conquistadores.

Descobrimos novas terras, novas tecnologias, até novos mundos além do nosso. Nossos pés pisaram na lua, o satélite natural da Terra.

Dispomos de instrumentos que nos propiciam observar astros a milhões de anos-luz da Terra. Tornamo-nos extremamente hábeis em olhar para longe.

E olhar para dentro? Será que lembramos de voltar nossa atenção para dentro de nós mesmos?

Há um universo inexplorado na alma humana, universo que precisamos descobrir e conhecer.

Se teremos que conviver conosco por toda a eternidade, uma vez que o Espírito é imortal, que tal convivermos bem?

Que tal convivermos em paz, sabendo o que vai em nosso íntimo, nossas imperfeições e potencialidades, por exemplo?

Comecemos pela essência de tudo: nossa criação.

Somos obra de uma Inteligência Superior, da maior de todas as inteligências, que também é causa primária de todas as coisas.

Assim, podemos afirmar que temos uma origem divina. Nossa origem é importante, é grandiosa. Carregamos em nós a assinatura de uma Inteligência que regula o Universo através de leis perfeitas.

Não somos pouco, somos muito. Fazemos parte de uma engrenagem gigantesca que nossa compreensão ainda não alcança com profundidade, mas que nosso sentimento percebe e se rende, humildemente.

Como consequência disso há um segundo ponto, tão importante quanto esse: nossa destinação certa à felicidade.

Fomos todos criados simples e ignorantes, isto é, sem nenhum saber. A cada nova existência, Deus nos confere determinada missão, com o fim de nos esclarecer e de nos fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade.

É na conquista dessa perfeição que vamos construindo naturalmente a pura e eterna felicidade.

Tudo que existe no meio desse caminho são mecanismos, experiências, estradas, que nos levam a esse objetivo.

Alguns o alcançamos facilmente, outros, rebeldes, relutamos e permanecemos tempo mais dilatado em sofrimento. Contudo, são sempre escolhas nossas.

Somos obras divinas criadas para a felicidade.

Buscando nos conhecer vamos entendendo como funcionamos internamente, vamos entendendo nossas emoções, nossos sentimentos.

Buscando nos conhecer vamos percebendo nossas tendências boas e más, reforçando as boas e combatendo as que não mais queremos em nossa vida.

Refletindo diariamente sobre quem somos, vamos nos melhorando, tomando decisões sobre nós mesmos e resistindo à atração do mal.

Assim conquistamos o auto amor, construindo paralelamente o amor ao nosso próximo e, como consequência, entendendo mais do amor ao nosso Criador.

É a reforma íntima o caminho que nos leva ao nosso destino certo.
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Redação do Momento Espírita.
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Formatação e pesquisa: MILTER – 23-06-2019  




 



MENSAGEM DO ESE:



Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo



Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” — Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” — Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” — Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” — Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. Mateus, cap. XVI, vv. 13 a 17; S. Marcos, cap. VIII, vv. 27 a 30.)

Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso — porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que uns dos antigos profetas ressuscitara. — Disse então Herodes: “Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse de quem ouço dizer tão grandes coisas?” E ardia por vê-lo. (S. Marcos, cap. VI, vv. 14 a 16; S. Lucas, cap. IX, vv. 7 a 9.)

(Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interrogam desta forma: “Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?” — Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: — mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.” — Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. (S. Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13; — S. Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13.)

A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.

A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 1 a 4.)






quarta-feira, 24 de junho de 2020

Exercício de reaproximação: Vaso de cristal


Determinados nós cármicos não se desfazem facilmente... 

Precisamos ter calma, para não apertá-los ainda mais! 

A precipitação pode complicar, a ansiedade, a falta de compreensão. 

Precisamos lidar com certas provas afetivas como se lidássemos com um vaso de cristal... 

Não raro, o problema é complexo e pede mais tempo em sua solução. 

Com bondade no coração, podemos ir sensibilizando os espíritos envolvidos – eles se compadecerão de nós e suavizarão os seus métodos de cobrança, concordando em “parcelar a dívida”. 

Que vamos fazer?

Ninguém muda de uma hora para outra, nem nós e nem os outros. 

Transpor abismos exige a construção de uma ponte... 

Saltar sobre os obstáculos não significa removê-los. 

Então, somente através da generosidade conseguiremos abrir portas que nós mesmos fechamos... 

Às vezes, não conseguimos abraçar, mas podemos sorrir. 

A gente ama também com os olhos...

O zelo é amor, o interesse, a proteção. 

Os corpos nem sempre precisam se tocar. 

Cada qual expressa afeto conforme pode. Um ótimo exercício de reaproximação é começar conversando... 

Mas nada de ficar remoendo o passado!
🌼🌷🌼
Livro: Doutrina Viva
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Francisco Cândido Xavier
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier 




MENSAGEM DO ESE:
A indulgência (II)

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
🌼🌷🌼
 — João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)



terça-feira, 23 de junho de 2020

Aos que desejam desistir


Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a luz do sol parece fraca, sem que consiga brilhar nos panoramas do teu caminho.

Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadores, gerando clima de sofrimento interior.

Nessas ocasiões, tudo corre mal. Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas situações que se amontoam, transformando-se em obstáculo cruel de difícil transposição.

Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.

Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso.

A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...
Refaze, porém, a observação.
Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensáveis à fixação dos valores transcendentes.
Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu caráter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu íntimo.

Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo.
Perdemos a percepção para as coisas sutis da vida espiritual, a mais importante e, desse modo, nos desviamos da rota redentora.

Não te aborreças, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.

A família segue adiante, o amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e retificas conceitos.

Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos, e espera.
Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente retornarão.

Os amigos que te deixaram; os amores que te não corresponderam; aqueles que te não quiseram compreender; quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade; os que investiram contra os teus anseios voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita ser vencido.

Tem calma! Silencia a revolta!
* * *
Por que desistir da vida, se ela nunca desiste de nós?
Por que desistir dessa grande oportunidade, se ela foi tão arduamente conquistada por nós, antes de voltarmos a nascer?
Sabíamos das provas que iríamos enfrentar aqui, aliás, viemos aqui justamente para isso, para suportar, e suportando com bravura, crescer interiormente.

Se não são as provas que nos assustam, mas sim expiações duríssimas que a lei nos impõe, encaremo-las como o momento da redenção, da libertação do sofrimento prolongado e indefinido.
O segredo da felicidade não está na vida de mansuetude, mas nas vitórias logradas sobre as batalhas diárias.

Cada vitória, uma felicidade a mais.
Aos que desejam desistir, força sempre! Quem resiste bravamente cresce e é feliz, mesmo em meio aos desafios.
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Redação do Momento Espírita,com base no cap. 42, do livro
Lampadário espírita, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. FEB.
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 21-06-2020



MENSAGEM DO ESE:

Felicidade que a prece proporciona

Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os benefícios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.

Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçurosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam nalma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai.

 — Santo Agostinho. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 23.)

🌹🌼🌹 

Desejos



Desejo é realização antecipada. 


Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos. 


Como você pensa, você crê, e como você crê, será. 


Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.


Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.


O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.


Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente. 


A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.


O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objetivo a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal. 


A sentença de Jesus: “Procura e achará”, equivale a dizer: “encontrarás o que desejas”.
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Do livro Sinal Verde – psicografia Francisco Cândido Xavier,
pelo Espírito André Luiz

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Familiares Problemas


Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.

Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.

Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.

Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.

Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar- te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.

É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.

Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.

Divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.

Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.

🌼🌷🌼
Emmanuel 
Chico Xavier






MENSAGEM DO ESE:

Advento do Espírito de Verdade (III)

Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos. Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais oprimidos, e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força e a consolação, pois que o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige um supremo apelo aos vossos corações, por meio do Espiritismo. Escutai-o. Extirpados sejam de vossas almas doloridas a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade. São monstros que sugam o vosso mais puro sangue e que vos abrem chagas quase sempre mortais. Que, no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis a sua lei divina. Amai e orai; sede dóceis aos Espíritos do Senhor; invocai-o do fundo de vossos corações. Ele, então, vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e dizer estas boas palavras: Eis-me aqui; venho até vós, porque me chamastes.

 — O Espírito de Verdade. (Bordéus, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, item 7.)


Leviandade Afetiva


Não exerças domínio psicológico sobre ninguém.

Nem submetas quem quer que seja aos teus caprichos.

A escravidão afetiva é um dos piores males que o homem pode causar ao seu semelhante.

Quem verdadeiramente ama trabalha pela independência da pessoa amada.

A leviandade com o sentimento daqueles que se te rendem às promessas não passa desapercebida da Lei.

O que fizeres aos outros, na mesma proporção, haverá de ser feito a ti.

O que hoje desdenhas amanhã suplicarás.

Trabalha pelo crescimento dos que Deus te confiou a guarda, e te farás admirado por eles.

Não os mantenha à mercê da tua vontade opressora como quem sempre os deseja em condição subalterna.

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Irmão José

domingo, 21 de junho de 2020

Alterações Afetivas


Pergunta:

- Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste?

Resposta - Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes nisso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho. Item n° 208, de "O livro dos Espíritos".

Muito comum se alterem as condições afetivas, depois que o navio do casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da experiência.

Converte-se, então, a esperança em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia.

Em muitos casos, a altura da afeição permanece intacta; entretanto, na maioria das posições, arrefece o calor em que se aquecia o casal nos dias primeiros da comunhão esponsalícia.

Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de soçobro, seja pelo choque contra os rochedos ocultos das dificuldades morais ou pelo naufrágio nas águas mortas do desencanto. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito-, dia por dia.

Não se inquiete o par, à frente das modificações ocorridas, de vez que toda afinidade correta, nas emoções do plano físico, evolui fatalmente para a ligação ideal, a exprimir-se na ternura confiante da amizade sem lindes.

Extinta a fogueira da paixão na retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos destinos na Vida Superior.

Isso acontece, porque os filhos que surgem são igualmente peças do matrimônio, compelindo o lar a recriar-se, de maneira incessante, em matéria de instituto endereçado ao trabalho de assistência recíproca.

O carinho repartido, em princípio, a dois, passa a ser dividido por maior número de partícipes do núcleo familiar, e esses mesmos condomínios do estabelecimento caseiro, em muitas circunstâncias, são os associados da doce hipnose do namoro e do noivado, que mantinham nos pais jovens, ainda solteiros, a chama da atração entusiástica até a consumação do enlaçamento afetivo.

Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora mais fortemente ao pai, ora mais especialmente ao campo materno, interessavam-se na Vida Maior pela constituição da família, à face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda.

Em vista disso, cooperaram, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa, pelos processos da gravidez e do berço, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida.

Em toda comunhão mais profunda do homem e da mulher na formação do grupo doméstico, seguida de filhos a lhes compartilhar a existência, há que contar com a sublimação espontânea do impulso sexual, cabendo ao companheiro e à companheira que o colocaram em função aderir aos propósitos da vida, que tudo renova para engrandecer e aperfeiçoar.

Conquanto bastas vezes sejamos recalcitrantes na sustentação do amor egoístico, desvairado em exigências de toda espécie, a pouco e pouco acabamos por entender que apenas o amor que sabiamente se divide, em bênçãos de paz e alegria para com os outros, é capaz de multiplicar a verdadeira felicidade.
🌹🌱🌹
pelo Espírito Emmanuel
Do livro: Vida e Sexo. Médium: Francisco Cândido Xavier




MENSAGEM DO ESE:

Limites da encarnação

Quais os limites da encarnação?
A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.

Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.

Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. 

– São Luís. (Paris, 1859.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 24.)