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sábado, 16 de dezembro de 2023

Sê compassivo


Sem compaixão não há caridade.

As lágrimas vertidas ao calor vívido da piedade corroem as densas cadeias da provação.

Desterremos de nós a insensibilidade crua diante das telas de angústia que se desenrolam em nossa estrada. A piedade é a simpatia espontânea e desinteressada que se antepõe à antipatia gratuita ou despeitosa.

Ela deve induzir-nos à prática, do socorro moral e material, junto daqueles que no-la despertam, sem o que se torna infrutífera.

Quando o sofrimento alheio não nos sensibiliza, a Orientação Divina estatui venhamos a experimentá-lo igualmente para avaliar a dor do próximo e nos predispormos a ampará-lo.

 Só a piedade consoladora traz alegria ao espírito, criando elevação e valor. Fujamos à compaixão aparente que se manifesta em lágrimas de crocodilo, gestos e exclamações pomposas, nos cenários artificiais do fingimento.

Mede-se a comiseração pelo devotamento e solicitude fraternais que promove. Deve-se-lhe o despovoamento gradativo das zonas de purgação moral da Espiritualidade.

 Deixa-te enternecer ante os painéis comovedores das crises de pranto, vezes e vezes temperadas em sangue e suor; contudo, não te detenhas aí: busca, dirimi-las.

Perlustra as vielas ínvias da necessidade e beneficia as almas que se agitam em desespero, dentro da jaula do próprio corpo.

Tem dó, não apenas dos quadros gritantes de falência íntima, mas também dos padecimentos mascarados de silêncio e de orgulho, ingenuidade e inexperiência.

Inunda de amor os corações mantidos sob o vácuo do tédio.

Protege a infância desvalida, pois os pequenos viajores da carne carecem de guias.

Favorece com a moeda e abençoa com a palavra os pedintes andrajosos somente acariciados pelos cães que vagueiam nas ruas.

E na certeza de que a piedade sincera jamais expressa covardia a derruir o bem, nem ridículo a excitar o riso alheio, acatemo-la como força de renovação das almas e luz interior da Verdadeira Vida, eternizada por Deus.

Sê compassivo.

🌻🌿🌻
Cairbar Schutel
Waldo Vieira
Obra: O espírito da verdade
🌻🌿🌻

16 de dezembro

"Transforme-se pela renovação da sua mente!"

Que palavras importantes!

Você já deve tê-las ouvido muitas vezes, mas o que é que fez a respeito?

Elas têm significado para você?

Pense nelas até que elas tenham adquirido vida, vibrando em sua mente e fazendo você se renovar e se transformar.

Você fala de paz e harmonia, do novo céu e da nova terra, de cumprir a Minha vontade, de amor e luz que se irradiam pelo mundo e de se arriscar no desconhecido, mas, efetivamente, o que é que você está fazendo a respeito?

Você está vivendo de maneira a ajudar tudo isto acontecer?

Não seja como um papagaio, só repetindo coisas sem significado para você.

Reze sem cessar por uma profunda e clara compreensão, agradeça e siga em frente e para o alto.

Acima de tudo, viva a vida e permita que as mudanças transformem a sua vida.

🌻🌿🌻
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌻🌿🌻






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MENSAGEM DO ESE:

A ingratidão dos filhos e os laços de família

A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. É, em particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos. Também nesse caso, como em todos os outros, o Espiritismo projeta luz sobre um dos grandes problemas do coração humano.

Quando deixa a Terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e se aperfeiçoa no espaço, ou permanece estacionário, até que deseje receber a luz. Muitos, portanto, se vão cheios de ódios violentos e de insaciados desejos de vingança; a alguns dentre eles, porém, mais adiantados do que os outros, é dado entrevejam uma partícula da verdade; apreciam então as funestas conseqüências de suas paixões e são induzidos a tomar resoluções boas. Compreendem que, para chegarem a Deus, lima só é a senha: caridade. Ora, não há caridade sem esquecimento dos ultrajes e das injúrias; não há caridade sem perdão, nem com o coração tomado de ódio.

Então, mediante inaudito esforço, conseguem tais Espíritos observar os a quem eles odiaram na Terra. Ao vê-los, porém, a animosidade se lhes desperta no íntimo; revoltam-se à idéia de perdoar, e, ainda mais, à de abdicarem de si mesmos, sobretudo à de amarem os que lhes destruíram, quiçá, os haveres, a honra, a família. Entretanto, abalado fica o coração desses infelizes. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se predomina a boa resolução, oram a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes dêem forças, no momento mais decisivo da prova.

Por fim, após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de transmitir as ordens superiores permissão para ir preencher na Terra os destinos daquele corpo que acaba de formar-se. Qual será o seu procedimento na família escolhida? Dependerá da sua maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante contacto com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual não raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a vontade.

Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças e que parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela existência há podido provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se torna volver o olhar ao passado.

🌻🌿🌻
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)
🌻🌿🌻

Em Todos os Lugares


Onde todos gritam, silencia.
Onde muitos condenam, compreende.

Onde vige o desespero, pacifica.
Onde lavre o ódio, ama.

Onde houver sombra, ilumina.
Onde domine o mal, ora.

Onde chora a penúria, socorre.
Onde tropeça alguém, auxilia.

Onde existe ressentimento, perdoa.
Onde nasce a tentação, resiste.

Em todos os lugares,
Persevera no Bem e espera por Deus.

🌻🌿🌻
Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Crer e agir
🌻🌿🌻

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Os filhos do quarto


Antes perdíamos nossos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temos perdido eles dentro do quarto! Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.

Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos. Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança. Quanta imaturidade a nossa.

Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é…Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar…

Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles tem sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são. Você hoje pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos.

Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.

Temos visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço você um convite e, por favor aceite!

Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo 2 dias estabelecidos na sua semana a noite (além do sábado e domingo).

E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, “dando trabalho” e que eles aprendam a viver em família, se sintam pertencentes no lar para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal!”

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GotasDePaz
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15 de dezembro

A faísca divina está no interior de cada indivíduo mas, em muitas almas, precisa ser trazida à tona e abanada para que possa se transformar em chama.

Desperte de sua preguiça, reconheça a divindade dentro de você, alimente-a e permita que ela cresça e floresça.

A semente deve ser plantada na terra antes que possa desabrochar; ela tem dentro de si um potencial adormecido que precisa de condições favoráveis para crescer e se desenvolver.

Você tem dentro de si o reino dos céus, mas ele não será revelado se você não acordar e começar a procurar por ele.

Existem muitas almas nesta vida que não acordam para esta realidade e elas são como sementes guardadas num pacote.

Você precisa querer soltar as amarras para ser livre.

E quando este desejo surgir, você será ajudado de todas as maneiras possíveis.

Mas o desejo deve primeiro surgir em você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Reconciliação com os adversários

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. — Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)

Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.

O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade.

Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 5 e 6.)
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NAS HORAS MAIS DIFÍCEIS


Ainda quando te encontres caído sob o peso de grandes provações, levanta-te e caminha para a frente, cumprindo os teus deveres com fidelidade.
*
Ainda mesmo te sintas sozinho nas lutas de cada dia, não desertes do campo de batalha em que a vida te situa, atendendo às tuas necessidades evolutivas.
*
Ainda quando te percebas à beira do fracasso, semelhante a abismo que se escancare aos teus pés, não te creias sem forças para continuar, porquanto a Misericórdia Divina a ninguém desampara.
*
Ainda mesmo te vejas mergulhado em tristeza, qual se a própria existência carecesse de sentido aos teus olhos, deixa que a esperança prossiga te embalando os sonhos de felicidade.
*
Ainda quando te observes incompreendido pelos afetos mais queridos da alma, silencia e espera, aprendendo a renunciar agora para conquistar depois.
*
Ainda mesmo te consideres perdido no estranho labirinto dos problemas engendrados pela tua invigilância, não te entregues ao desespero, pedindo aos Céus que te auxiliem a solucioná-los com dignidade.
*
Haja o que houver e estejas como estiveres, não te precipites em tuas decisões, de vez que é nas horas mais difíceis que tens oportunidade de provar a ti mesmo o valor da própria fé.

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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Confia e serve
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Suicídio por obsessão



Lê-se no Droit:

“O Sr. Jean-Baptiste Sadoux, fabricante de canoas em Joinville-le-Pont, percebeu ontem um jovem que, depois de ter vagado durante algum tempo sobre a ponte, subiu no parapeito e se atirou ao Marne. Imediatamente ele foi em seu socorro e, ao cabo de sete minutos, retirou-o. Mas a asfixia já era completa e todas as tentativas para reanimar aquele infeliz foram infrutíferas.

“Uma carta encontrada com ele permitiu que fosse reconhecido como o Sr. Paul D..., de vinte e dois anos, residente na Rua Sedaine, em Paris. Essa carta, dirigida pelo suicida ao seu pai, era extremamente tocante. Ele pedia perdão por abandoná-lo e dizia que há dois anos era dominado por uma ideia terrível, por uma irresistível vontade de se destruir. Acrescentava que lhe parecia ouvir fora da vida uma voz que o chamava sem descanso e, a despeito de todos os esforços, não podia impedir de ir para ela. Encontraram, também, no bolso do paletó, uma corda nova, na qual tinha sido feito um laço corredio. Depois do exame médico-legal, o corpo foi entregue à família.”

A obsessão aqui está bem evidente, e o que não está menos evidente é que o fato nada tem a ver com o Espiritismo, nova prova de que esse mal não é inerente à crença. Mas se o Espiritismo não tem nada a ver com este caso, só ele pode dar a sua explicação. Eis a instrução dada a respeito por um dos nossos Espíritos habituais, da qual ressalta que, malgrado o arrastamento a que o jovem cedeu para a sua infelicidade, ele não sucumbiu à fatalidade. Ele tinha o seu livre-arbítrio e, com mais vontade, poderia ter resistido. Se tivesse sido espírita, teria compreendido que a voz que o solicitava não poderia ser senão de um mau Espírito e as consequências terríveis de um instante de fraqueza.

 A voz dizia: Vem! Vem! Mas teria sido ineficaz essa voz do tentador, se a ação direta do Espírito não se tivesse feito sentir. O pobre suicida era chamado e impelido. Por quê? Seu passado era a causa da situação dolorosa em que se achava.

Ele apegava-se à vida e temia a morte. No entanto, nesse apelo incessante que ouvia, pergunto eu, ele encontrou força? Não, ele hauriu a fraqueza que o perdeu. Ele venceu os temores, porque esperava no fim encontrar do outro lado da vida o repouso que o lado de cá lhe negava. Ele se enganou, pois o repouso não veio. As trevas o cercam, a consciência lhe censura o ato de fraqueza e o Espírito que o arrastou gargalha ao seu redor e o criva de motejos constantes. O cego não o vê, mas escuta a voz que lhe repete: Vem! Vem! e que depois zomba de suas torturas.

A causa deste caso de obsessão está no passado, como acabo de dizer. O próprio obsessor foi impelido ao suicídio por esse que ele acaba de empurrar para o abismo. Era sua mulher na existência anterior, e tinha sofrido consideravelmente com o deboche e as brutalidades de seu marido. Muito fraca para aceitar a situação que lhe era dada, com resignação e coragem, buscou na morte um refúgio contra os seus males. Ela vingou-se depois, sabeis como. Entretanto, o ato desse infeliz não era fatal. Ele tinha aceito os riscos da tentação; ela era necessária ao seu adiantamento, porque só ela poderia fazer desaparecer a mancha que havia conspurcado sua existência anterior. Ele tinha aceito os seus riscos, com a esperança de ser mais forte, e se havia enganado: sucumbiu. Recomeçará mais tarde? Resistirá? Dele dependerá.

Rogai a Deus por ele, a fim de que lhe dê a calma e a resignação de que tanto necessita, a coragem e a força para não falir nas provas que tiver de suportar mais tarde.

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LOUIS NIVARD
Paris, Grupo Desliens, 20 de dezembro de 1868 – Médium: Sr. Nivard
REVISTA ESPÍRITA — JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS — 1869
Allan Kardec
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Mensagens sobre suicídio
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14 de dezembro

Tenha sempre em mente que só o bem resulta de tudo e que cada experiência ajuda você a crescer e se expandir.

Perceba que sem experiência, de primeira mão, você não seria capaz de entender e abrir seu coração para os seus semelhantes, mas se manteria à distância julgando e condenando.

Experiências, não importa quão estranhas ou difíceis, foram impostas a você com um propósito; portanto, tente entender qual é esse propósito.

Tente ver Minha mão em tudo, tente entender que nada acontece por acaso e que sorte não existe.

Perceba que é você que atrai para si o melhor ou o pior da vida.

Pode ser paz, serenidade e tranquilidade, ou pode ser caos e confusão.

Essa atração vem de seu interior, de seu estado de consciência; portanto, não culpe o ambiente que o cerca.

Um caracol carrega tudo consigo, até sua casa. Você contém tudo no seu interior e reflete para o exterior.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Observai os pássaros do céu (II)

A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos.

Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí o haver Jesus dito: “Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos.” Em outros termos: não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar os primeiros aos segundos. (Cap. XVI, nº 7 e seguintes.)

A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, item 8.)
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ACENDE A LUZ


Ao longo do caminho em que jornadeias para diante, encontrarás a treva a cercar-te em todos os flancos.
*
Trevas da ignorância em forma de incompreensão, nevoeiros de ódio em forma de desespero, neblinas de impaciência em forma de lágrimas e sombras de loucura em forma de tentações sinistras.

*
Acende, porém, a luz da oração e caminha.

*
A prece é claridade que te auxiliará a ver a amargura das vítimas do mal, as feridas dos que te ofendem sem perceber, as mágoas dos que te perseguem e a infelicidade dos que te caluniam.
*
Ora e segue, adiante.
*
O horizonte é sempre mais nobre e a estrada sempre mais sublime,

desde que a oração permaneça em tua alma em forma de confiança e de luz.

💐🌾💐
André Luiz
Chico Xavier
Obra: Servidores no Além
💐🌾💐

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Servicinhos



“Antes sede uns para com os outros benignos.” — Paulo. (EFÉSIOS, 4.32)

 Grande massa de aprendizes queixa-se, por vezes, da ausência de grandes oportunidades nos serviços do mundo.

 Aqui, é alguém desgostoso por não haver obtido um cargo de alta relevância; além, é um irmão inquieto porque ainda não conseguiu situar o nome na grande imprensa.

A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que se traduzem, habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno e consolador… Um copo d’água pura,  o silêncio ante o mal que não comporta esclarecimentos imediatos, um livro santificante que se dá com amor, uma sentença carinhosa, o transporte de um fardo pequenino, a sugestão do bem,  a tolerância em face de uma conversação fastidiosa, os favores gratuitos de alguns vinténs, a dádiva espontânea ainda que humilde, a gentileza natural, constituem serviços de grande valor que raras pessoas tomam à justa consideração.

Que importa a cegueira de quem recebe? que poderá significar a malevolência das criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons corações? Quantas vezes, em outro tempo, fomos igualmente cegos e perversos para com o Cristo, que nos tem dispensado todos os obséquios, grandes e pequenos?

Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu Espírito, agora, ou depois.

 Sê benevolente para com aqueles que te rodeiam.

Não menosprezes os servicinhos úteis.

Neles repousa o bem-estar do caminho diário para quantos se congregam na experiência humana.

🌷🌵🌷
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vinha de luz
🌷🌵🌷

13 de dezembro

Quando Eu posso trabalhar em e através de canais limpos e desbloqueados, coisas maravilhosas acontecem.

Todas as almas que veem esses prodígios acontecerem percebem que foi através da Minha mão, porque sozinhas não seriam capazes de produzi-los.

Elas sabem que EU ESTOU trabalhando nelas e através delas, e assim elas Me conhecem e Me amam.

Portanto, nunca deixe de agradecer tudo que está acontecendo em sua vida.

Deixe seu coração aberto e sua mente desobstruída de pensamentos negativos, para que não seja preciso perder tempo limpando velhas noções para dar lugar para o novo.

Lembre-se sempre da simplicidade da Minha marca.

Quando a vida se complicar, tenha certeza que é você que está se desviando do caminho e volte o mais rapidamente possível.

Seja como uma criança, simples e descomplicada, e aproveite plenamente a vida.

🌷🌵🌷
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌷🌵🌷






🌷🌵🌷

MENSAGEM DO ESE:

Destino da Terra e causas das misérias humanas

6. Admira-se de encontrar sobre a Terra tanta maldade e más paixões, tantas misérias e enfermidades de toda a sorte, concluindo-se quão deplorável é a espécie humana. Esse julgamento provém de um ponto de vista limitado, e que dá uma falsa ideia do conjunto. É preciso considerar que, na Terra, não se encontra toda a Humanidade, mas apenas uma pequena fração dela. Na verdade, a espécie humana compreende todos os seres dotados de razão que povoam os inumeráveis mundos do Universo.

Ora, o que é a população da Terra diante da população total desses mundos?
Bem menos que a de um vilarejo em relação à de um grande império. A condição material e moral da Humanidade terrena nada tem de espantosa, se pensarmos nos destinos da Terra e na natureza de sua população.

7. Faríamos uma ideia bem falsa dos habitantes de uma grande cidade, se a julgássemos pela população dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados. Numa prisão, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Do mesmo modo, se considerarmos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal – pois ela é, muitas vezes, tudo isso a um só tempo – compreenderemos porque as aflições sobrepujam os prazeres, pois não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção aqueles que não cometeram crimes, porque nem os hospitais nem as casas de correção são lugares prazerosos.

 Assim como, numa
cidade, toda a população não está nos hospitais ou nas prisões, assim toda a Humanidade não se encontra na Terra. Da mesma forma como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando a pena é cumprida, o homem deixa a Terra para mundos mais felizes, quando se cura de suas enfermidades morais.

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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O investimento na infelicidade


Quanto mais você se torna confinado em seu eu, mais a vida se torna sem sentido. Então você fica infeliz. Então a infelicidade tem algumas outras compensações.

Quando você está feliz você se torna comum, porque ser feliz é simplesmente ser natural. Ser infeliz é se tornar extraordinário. Não há nada especial em ser feliz – as árvores são felizes, os pássaros são felizes, os animais são felizes, as crianças são felizes.

O que há de especial nisso? É apenas a coisa usual na existência. A existência é feita de uma coisa chamada felicidade. Olhe só essas árvores! ...tão felizes! Veja os pássaros cantando ...de um jeito tão feliz! A felicidade não tem em si nada de especial. Felicidade é uma coisa muito comum.

Estar jubiloso é ser absolutamente comum.

O eu, o ego, não permite isso.

Por isso as pessoas falam muito sobre suas infelicidades. Elas se tornam especiais só pelo fato de falarem sobre suas infelicidades. As pessoas continuam falando sobre suas doenças, suas dores de cabeça, seus estômagos, seus issos e aquilos. Todas as pessoas são de uma maneira ou de outra hipocondríacas. E se alguém não acredita na sua infelicidade, você fica magoado.

Se alguém se solidariza com você e acredita na sua infelicidade – até mesmo em sua exagerada versão dela – você se sente muito feliz. Isto é uma coisa estúpida, mas tem de ser entendida.

A infelicidade torna você especial. A infelicidade torna você mais egoísta. Um homem infeliz pode ter um ego mais concentrado do que um homem feliz. Um homem feliz na verdade não pode ter o ego, porque uma pessoa só se torna feliz quando não existe ego. Quanto mais desprovido de ego, mais feliz; quanto mais feliz, mais desprovido de ego. Você se dissolve na felicidade.

🌷🌵🌷
- Osho, em "A jornada de ser humano" -
🌷🌵🌷

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Fobia social


Pressionado pelas constrições de vária ordem, exceção feita aos fenômenos
patológicos, na área da personalidade, o indivíduo tímido, desistindo de reagir,
assume comportamentos fóbicos. Neuroses e psicoses se lhe manifestam, atormentando-­o e gerando­-lhe um
clima de pesadelo onde quer que se encontre. A liberdade, que lhe é de fundamental importância para a vida, perde o seu significado externo, face às prisões sem paredes que são erguidas, nelas encarcerando­-se. Da melancolia profunda ele passa à ansiedade, com alternâncias de insatisfação e tentativas de autodestruição, e da desconfiança sistemática tomba, por falta de resistências morais, diante dos insucessos banais da existência. Nem mesmo o êxito nos negócios, na vida social e familiar, consegue minimizar­-lhe o desequilíbrio que, muitas vezes, aumenta, em razão de já não lhe sendo necessário fazer maiores esforços para conseguir, considera­-se sem finalidade que justifique prosseguir.

Os estados fóbicos desgastam-­lhe os nervos e conduzem­-no às depressões
profundas. São vários estes fenômenos no comportamento humano. Surge, porém, no momento, um que se generaliza, a pouco e pouco, o
denominado como fobia social, graças ao qual, o indivíduo começa a detestar o convívio com as demais pessoas, retraindo-­se, isolando­-se. A princípio, apresenta­-se como forma de mal­-estar, depois, como insegurança, quando o homem é conduzido a enfrentar um grupo social ou o público que lhe aguarda a presença, a palavra. O grau de ansiedade foge-­lhe ao controle, estabelecendo conflitos psicológicos perturbadores. 

A ansiedade comedida é fenômeno perfeitamente natural, resultante da expectativa ante o inusitado, face ao trabalho a ser desenvolvido, diante da ação que deve ser aplicada como investimento de conquista, sem que isto provoque desarmonia interior com reflexos físicos negativos. Quando, então, se revela, desencadeada por problemas de somenos importância, produzindo taquicardias, sudorese álgida, tremores contínuos, estão
ultrapassados os limites do equilíbrio, tornando-­se patológica. A fobia social impede uma leitura em voz alta, uma assinatura diante de alguém que acompanhe o gesto, segurar um talher para uma refeição, pegar um vaso
com líquido sem o entornar... O paciente, nesses casos, tem a impressão de que está sob severa observação e análise dos outros, passando a detestar as presenças estranhas até os familiares e amigos mais íntimos. Em algumas circunstâncias, quando o processo se encontra em instalação, a concentração e o esforço para superar o impedimento auxiliam­-no, facultando-­o somente relaxar­-se e adquirir naturalidade após constatar que ninguém o observa, perdendo, assim, o prazer do diálogo, face à tensão gerada pelo problema. A tendência natural do portador de fobia social é fugir, ocultar; ­se malbaratando o dom da existência, vitimado pela ansiedade e pelo medo. O homem é o único animal ético existente. Para adquirir a condição de uma consciência ética é convidado a desafios contínuos, graças aos quais discerne o bem do mal, o belo do feio, o lógico do absurdo, imprimindo-­se um comportamento que corresponda ao seu grau de compreensão existencial. Aprofundando­-se no exame dos valores, distingue­-os, passando a viver conforme os padrões que estabelece como indispensáveis às metas que persegue, porquanto pretende constituir-­lhe a felicidade. A fim de lograr o domínio desses legítimos valores, aplica outra das suas
características essenciais, que é o de ser um animal biossocial. A vida de relação com os demais indivíduos é ­lhe essencial ao progresso ético.

Isolado, asselvaja-­se ou entrega-­se a uma submissão indiferente, perniciosa. As imposições do relacionamento social exterior, sem profundidade emocional,
respondem por esta explosão fóbica, face à ausência de segurança afetiva entre os indivíduos e à competição que grassa, desenfreada, fazendo que se veja sempre, no atual amigo, o potencial usurpador da sua função, o possível inimigo de amanhã. Tal desconfiança arma as pessoas de suspeição, levando-­as a uma conduta
artificial, mediante a qual se devem apresentar como bem estruturadas
emocionalmente, superiores às vicissitudes, capazes de enfrentar riscos, indiferentes às agressões do meio, porque seguras das suas reservas de forças morais. Gerando instabilidade entre o que demonstram e aquilo que são realmente, surge o pavor de serem vencidas, deixadas à margem, desconsideradas. O mecanismo de fuga da luta sem quartel apresenta­-se­-lhes como alternativa saudável, por poupar-­lhes esforços que lhes parecem inúteis, desde que não se sentem
inclinadas a usar dos mesmos métodos de que se crêem vítimas. Simultaneamente, as atividades trepidantes e as festas ruidosas mais
afastam os amigos, que dizem não dispor de tempo para o intercâmbio fraternal, a assistência cordial, receosos, por sua vez, de igualmente tombarem, vitimados pelo mesmo mal que os ronda, implacável. Nestas circunstâncias, mentes desencarnadas, deprimentes, se associam aos
pacientes, complicando-­lhes o quadro e empurrando-­os para as psicoses profundas, irreversíveis. A desumanização do homem, que se submete aos caprichos do momento
dourado das ilusões, conspira contra ele próprio e o seu próximo, tornando esta a geração do medo, a sociedade sem destino.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: O homem integral
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12 de dezembro

Observe quantas horas por dia um bom pianista tem que treinar antes de ser capaz de realizar um concerto excelente, e entenda porque você tem que se dedicar constantemente para conseguir viver esta vida espiritual corretamente.

Você não precisa se esforçar além dos limites, mas precisa estar sempre alerta e consciente, especialmente no começo.

Como o pianista que treina vezes e vezes seguidas o mesmo trecho para alcançar a perfeição, você terá que repetir muitas vezes o mesmo caminho, as mesmas lições, até que elas façam parte de você e não possam mais ser separadas de você, porque estão incorporadas.

Mas lembre-se: ninguém pode viver esta vida por você; ninguém pode praticar por você.

Só você mesmo pode fazê-lo.

Por que não começar agora?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?

É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.

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— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 21.)
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SEMPRE MAIS

 
Observai a natureza e compreendereis a lição evangélica do “sempre mais”

Quanto mais se humilha a fonte nas profundezas do solo, mais recebe os fios d’água, transformando-se em grande rio.

Quanto mais se ajusta o combustível, mais se alastra o fogo devastador.

Quanto mais se demora o lodo no chão, mais se estende ao derredor.

Assim também, no campo de nossa vida moral, teremos sempre daquilo que produzimos.

Comfiemo-nos à leve sombra de tristeza e, a breve tempo, padeceremos infinito desânimo.

Fujamos à fraternidade e a solidão viverá conosco.

Rendamo-nos às tentações de rebeldia e a cólera explodirá, por dinamite invisível da morte, em nosso veículo de manifestação.

Neguemos entrada ao amor em nossa alma e o ódio cristalizar-se-á, violento, em nosso mundo íntimo.

Adiemos o nosso aprendizado para o futuro e, amanhã, nossa ignorância se fará mais pesada.

Fixemos os defeitos do próximo e acordaremos no espinheiro da maledicência.

Um gesto de simpatia convocará a solidariedade em nosso favor.

Estendamos a luz da boa vontade a alguém e o auxílio de minutos virá em nosso encontro.

Tudo é sintonia no Universo.

Tudo se encadeia na vida, segundo as origens dos nossos sentimentos, ideias, palavras e ações.

Não te esqueças de que a Lei te conferirá, em dobro e “sempre mais”, de acordo com aquilo que desejas e produzes.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Mãos marcadas
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Lição no apólogo


Na noite de 26 de janeiro de 1956, fomos agraciados com a visita de nosso amigo espiritual André Luiz, que nos ofereceu à meditação a página simples e expressiva que ele próprio intitulou “Lição no apólogo”.

 Diante das perturbações e das lágrimas que nos visitam cada noite o santuário de socorro espiritual, lembraremos velho apólogo, dezenas de vezes repetido na crônica de vários países do mundo e que, por pertencer à alma do povo, é também uma pérola da Filosofia a enriquecer-nos os corações.

Certo cavalheiro que possuía três amigos foi convocado a comparecer no fórum, de modo a oferecer solução imediata aos problemas e enigmas que lhe manchavam a vida, porquanto já se achava na iminência de terrível condenação.

Em meio das dificuldades de que se via objeto, procurou os seus três benfeitores, suplicando-lhes proteção e conselho.

 Arrogante, replicou-lhe o primeiro:

— Mais não posso fazer por ti que obter-te uma roupa nova para que compareças dignamente diante do juiz.

Muito preocupado, disse-lhe o segundo:

— Não obstante devotar-te a mais profunda estima, posso apenas fortalecer-te e acompanhar-te até à porta do tribunal.

O terceiro, porém, afirmou-lhe humilde:

— Irei contigo e falarei por ti.

E esse último, estendendo-lhe os braços, amparou-o em todos os lances da luta e falou com tanta segurança e com tanta eloquência em benefício dele, diante da justiça, que o mísero suspeito foi absolvido com a aprovação dos próprios acusadores que lhe observavam o processo.

Neste símbolo, temos a nossa própria história à frente da morte.

Todos nós, diante do sepulcro, somos chamados a exame na Contabilidade Divina.

E todos recorremos àqueles que nos protegem.

O primeiro amigo, o doador de trajes novos, é o dinheiro que nos garante as exéquias.

O segundo, aquele que nos acompanha até à porta do tribunal, é o mundo representado na pessoa dos nossos parentes ou na presença das nossas afeições mais queridas, que compungidamente nos seguem até à beira da sepultura.

 O terceiro, contudo, é o bem que praticamos, a transformar-se em gênio tutelar de nossos destinos, e que, falando em nós e por nós, diante da justiça, consegue angariar-nos mais amplas oportunidades de serviço, quando não nos conquista a plena liberação do Espírito para a Vida Eterna.

Atendamos assim ao bem, onde estivermos, agora, hoje, amanhã e sempre, na certeza de que o bem que realizamos é a única luz do caminho infinito e que jamais se apagará.

🌿🌻🌿
André Luiz
Chico Xavier
Obra: Vozes do Grande Além

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11 de dezembro

A melhor maneira de introduzir amor e prosperidade em sua vida é abençoando e agradecendo cada dádiva que Eu lhe dou.

Abençoando e agradecendo por tudo, você está pondo em prática uma das leis mais importantes de prosperidade e fartura, porque com amor e bênçãos vem a abundância.

Você já deve ter observado uma criança expandir e crescer em beleza e sabedoria quando amor e bênçãos são derramados sobre ela.

Você já viu plantas e animais reagindo a amor e bênçãos.

E você já se sentiu reagindo a amor e bênçãos que lhe foram dados.

Agora vá e faça o mesmo com todos com quem você tiver contato.

Quanto mais você agir assim, mais fácil irá se tornar e seu coração se abrirá com maior facilidade, até que amor e bênçãos fluirão de você constantemente e a alegria de viver transbordará de você para o mundo.

🌿🌻🌿
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌿🌻🌿






🌿🌻🌿

MENSAGEM DO ESE:

Mundos regeneradores

Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exílio, de provas, de regeneração e de felicidade. Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbítrio.

Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora destinada.

Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca.

Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.

Nesses mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação.

Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida.

Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.

Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam.

Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que um mundo regenerador vos abra seu seio, após a expiação na Terra.

🌿🌻🌿
— Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 16 a 18.)
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Os três votos de Francisco


POBREZA - CASTIDADE – OBEDIÊNCIA

Eis os três votos de Francisco.

Será mesmo possível alguém viver em absoluta fidelidade a esses princípios? Não será isso utopia?

Em nome da própria verdade, poder-se-ia argumentar da seguinte maneira:

Pobreza é o oposto de riqueza, e se riqueza é progresso, logo pobreza pode ser decadência; pobreza é o contrário de conforto, e se conforto é bem-estar e bonança, logo, pobreza pode ser sofrimento e miséria.

Castidade é oposto de prazer, e se prazer é alegria, logo castidade pode ser tristeza; castidade é o contrário de fertilidade, e se fertilidade é crescimento e renovação, logo castidade pode ser atrofiamento e distorção.

Obediência é o oposto de comando, e se comando é determinação, logo obediência pode ser debilidade; obediência é o contrário de liderança e se liderança é coordenação e autoridade, logo obediência pode ser descontrole e fraqueza.

Este argumento é respeitável, porém, tendencioso e falho.

A razão mais alta, bafejada pelo amor, interpreta os três votos de outra forma:

Pobreza é riqueza, porque a alma vazia de preocupações materiais é invadida de valores espirituais; pobreza é evolução, porquanto o ser, livre do complexo de posse, passa a viver a sua realidade intrínseca, consciente da sua natural função no Universo.

A pobreza consciente não representa dor nem miséria. A riqueza dos homens que não sabem ser pobres é que produz fome e revolta. Quando os ricos do mundo decidirem ser pobres, isto é, desapegados, os bens da vida serão melhor distribuídos e haverá mais alegria em todos os corações.

Castidade é alegria, porque o espírito comedido e educado nas suas expansões, harmoniza-se com a Lei Natural e passa a desfrutar de prazeres em outra dimensão; castidade é fecundidade, porquanto a pessoa devidamente amadurecida, pode transferir seu potencial de energias para grandes realizações no campo da espiritualidade.

A castidade consciente não representa atrofiamento, nem degradação. O homem casto por maturação espiritual, de livre vontade, integrado com amor em tarefas de benemerência, é alguém capaz de contribuir largamente para a evolução do mundo.

Obediência é comando, porque não se trata de subordinação cega, servilismo. Obediência consciente é auto determinarão diante da Vontade de Deus.

Obediência, segundo o Evangelho, não significa desajuste ou fragilidade; é a virtude harmonia que favorece o perfeito funcionamento do Todo Universal. Quem obedece revitaliza suas forças internas, conquistando a simpatia dos semelhantes e a proteção do Pai.

Numa sociedade em que todos saibam obedecer, as frentes de liderança aos mais obedientes.

Estes inspiram mais confiança e estão mais afinados com a ordem da vida.

Alguém já disse que a razão é bule de duas asas: pode ser usado com a mão esquerda ou com a direita.

A civilização do futuro terá esta tônica: os cargos e as funções serão ocupados de acordo com as qualidades internas do homem.

O movimento franciscano, portanto, significou um clarão de valores incontestáveis.

Os três votos de Francisco de Assis foram os instrumentos de sua auto-realização.

"Ocultei em terreno infértil a semente de meu desejo para que nunca viesse a germinar. Ao lado construí minha cabana. Aguardei alguns dias, e vi que minha semente havia morrido, porque a terra não apresentou qualquer sinal. Mais tarde, porém, quando eu me achava distante, entregue às divagações de uma vida inoperante, a semente brotou, transformando-se em árvore, cujas raízes demoliram minha morada. Aprendi, desse modo, que as energias da alma não morrem, nem devem ser estioladas, e sim desenvolvidas na atmosfera do Bem."

Francisco de Assis

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O MUNDO DE FRANCISCO DE ASSIS
Ariston S. Teles
Tagore
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