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sábado, 5 de outubro de 2024

O funileiro



Gaudencia era um homem robusto que, desde a primeira juventude procurava aprimorar a si mesmo, através dos estudos, entretanto, a escola se fizera inacessível aos seus recursos.

 Sequioso de trabalho, bateu às portas de um funileiro amigo.
Admirava-lhe a assiduidade no trabalho. Recolheu-lhe os ensinamentos e adotou-lhe a profissão.

Gaudencia organizou a própria oficina, na própria casa de moradia, alugando a casa modesta em que passou a residir com a própria família, na periferia de grande cidade, na qual para logo conquistou excelente clientela.

Entretanto, um obstáculo apareceu.
A vizinhança não se conformava com as batidas do funileiro, sobre chapas de ferro e peças de funilaria.
Às seis horas da manhã de cada dia, começava a barulhada.
Gaudencia empunhava o martelo e moldava, com mestria, peças de utilidade doméstica ou consertava-as com habilidade e bom-gosto.

Os vizinhos, principalmente dois deles, reclamavam constantemente. Como aguentar aquela festa de pancadas, todas as manhãs? Não seria conveniente chamar o funileiro e pedir-lhe o controle de horas, para aquelas exibições de batidas? Aquele trecho de rua possuía doentes numerosos, incluindo crianças vítimas de insônia e nervosismo. Não seria compreensível recorrer à proteção policial?

A situação prosseguia quando o sistema hidráulico das residências dos amigos a que nos reportamos apresentou desequilíbrio que requisitava a competência de um encanador habilitado a saná-lo.
Canos de água se desgovernavam e os esgotos estavam longe de cumprir a própria função.

Lembraram Gaudencia.
Não era ele o profissional indicado ao reajuste preciso?

 O conhecido funileiro aceitou a incumbência e por seis dias de trabalho caprichoso, recompôs a rede de águas, amparando-lhe os processos de ação.

No dia em que os dois amigos lhe pediram o preço dos serviços com as horas extras que despendera espontaneamente, Gaudencia lhes respondeu:
— Não pensem nisso. Prometi a Deus que todo o meu trabalho seria gratuito para os amigos, especialmente para os necessitados.

Ambos os amigos se entreolharam boquiabertos já que o trabalho realizado valia verdadeira fortuna e, desde aquele dia, Gaudencia ganhou dois amigos que lhe ampararam toda a vida.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: A semente de mostarda
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05 de outubro

O que você está fazendo com a sua vida?

Você está satisfeito só se deixando levar pela correnteza, fazendo só o que você quer, vivendo do jeito que você quer, sem sequer um pensamento pelos outros?

Você é livre para isso.

Muitas almas vivem assim e depois se perguntam por que são infelizes e insatisfeitas.

Somente quando você aprender a esquecer o ego e a viver pelos outros é que você vai encontrar a verdadeira satisfação e paz no coração.

EU ESTOU aqui para lhe mostrar o caminho, mas é você quem tem que seguir em frente.

Ninguém mais pode fazer isto por você; ninguém mais pode viver a sua vida por você.

Aprenda a doar e não só a receber o tempo todo. Por que não doar num nível e receber no outro?

A vida é um caminho de duas direções, um constante doar e receber.

Você não pode viver só para si mesmo e encontrar verdadeira alegria e satisfação na vida.

Viva para o todo, doe para o todo e seja inteiro.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. — São Luís. (Paris, 1859.)

NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.

Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.

Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. – Allan Kardec.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.)
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Melhorar para sofrer menos


É óbvio que ninguém quer sofrer. Consideremos, entretanto, que o sofrimento ainda é inerente à nossa condição. Como? Então ele vai deixar de nos importunar? Sim, quando o merecermos. E essa conquista depende de nós mesmos.

Sofremos porque ainda somos teimosos. Exageramos nos desejos e nas desculpas, acumulamos lixo mental e guardamos ressentimentos; acomodamo-nos na inércia ou nos perdemos nas precipitações. Por outro lado, tentamos dominar outras consciências e ficamos aborrecidos com os fracassos nestas tentativas, como se fôssemos donos da verdade... Entretanto, essas situações todas apenas refletem vaidade, orgulho ferido, feroz egoísmo, medos, inseguranças ou traumas. Fruto da inexperiência; caminho de aprendizado.

A receita da felicidade, contudo, já está conosco. Jesus trouxe-a pessoalmente ao ensinar que fizéssemos ao próximo tudo o que desejamos para nós mesmos. Ou como nos mandamentos de amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.

O que faz sofrer é a rebeldia em aceitar que somos todos iguais e que, portanto, a ninguém cabe o direito de desrespeitar a vontade e a liberdade alheias, exceto por força da lei, ainda que humana. Na verdade, que direito temos de interferir na vida alheia? Quando agimos nesse sentido, as consequências só podem mesmo ser algum tipo de sofrimento ou aflição. E, no mesmo sentido, a orientação cabe com relação a si próprio, pois abusos e desrespeitos a si mesmo também trazem efeitos que podem ser aflitivos.

Portanto, para ser mais feliz e ir, gradativamente, diminuindo os motivos de sofrimento, é melhorar-se o quanto mais. Sim, melhora no comportamento, nas ações, nos pensamentos, na convivência, no relacionamento. Dentro e fora de casa.

Agindo com equilíbrio, ou pelo menos esforçando-se para isso, onde quer que estejamos, estaremos reduzindo as causas de sofrimentos, no presente e no futuro. Quanto ao passado, aos poucos vamos reparando, pois isso também é necessário.

O caminho é pois, melhorar. Em todos os sentidos. Aprender mais, de maneira permanente; autoanalisar-se para verificar os pontos em que já podemos nos disciplinar; solidarizar-se pelas boas causas em favor de nossos irmãos de caminhada; confiar em Deus e prosseguir realizando o melhor ao nosso alcance. Com isso, seremos mais felizes!

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Orson Peter Carrara
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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Faltas ocultas


 De modo geral, o delinquente confesso sofre, de imediato, a sentença que lhe é cominada pelos tribunais de justiça, recolhendo-se ao cárcere expiatório ou à penitenciária reeducativa.

 A pública humilhação do banimento social de que se vê objeto, muita vez, nele sazona os frutos amargos do remorso, preparando-lhe, em breve tempo, a marcha reparadora.

Entretanto, quase todos nós, na experiência da vida física, somos portadores de faltas ocultas que o magistrado terrestre não conheceu.

 De permeio com a nossa plantação de esperança e boa vontade, por isso mesmo, ressurgem na Vida Espiritual, carreando conosco a úlcera escondida de nossa frustração, reclamando remédio e tratamento.

 Semelhantes lacunas quase sempre decorrem de antigos desafetos que acalentamos deliberadamente no instituto doméstico, de tendências inferiores que nada fazemos por extirpar, de vícios disfarçados que nos deformam o sentimento ou de atos clamorosos de ingratidão ou injustiça que perpetramos na senda rotineira, na defensiva do próprio orgulho ou na calamitosa preservação do egoísmo que nos assinala.

 Com elas projetamos nas existências alheias impactos de enfermidade e desgosto, desânimo e treva que são debitados à nossa conta.

 Em verdade, no Mais Além, pelo amparo dos benfeitores prestigiosos que conquistamos, a paz e a beleza, o reconforto e a alegria tecem o doce ambiente que nos rodeia por fora; todavia, adentro de nós, a consciência erigida em reto juiz não nos perdoa, convocando-nos à confissão voluntária, tanto quanto ao pedido urgente de reajuste.

É por isso que, muitas vezes, em ampla floração de prosperidade material, na Terra, somos visitados por moléstias soezes, quando não somos surpreendidos por insucessos e desgostos, empeços e lágrimas, e é ainda por essa razão que, em plenitude de mocidade, muita vez conhecemos a morte dos mais belos sonhos e das mais altas aspirações, padecendo contratempos e dificuldades, a fim de seguir avante em escabrosos trilhos para o futuro.

 Aproveitemos o tempo na lavoura do bem que nunca desfalece, porque muitos de nós trazemos da grande retaguarda as chagas imanentes de delinquência oculta, reclamando-nos hoje o exercício da caridade incessante e da renúncia sem lindes para que o amanhã alvoreça na estrada como bênção de Deus sobre o nosso porvir.

🌷🌱🌷
Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: 

🌷🌱🌷

04 de outubro

Como é que você quer viver uma profunda vida espiritual sem fazer qualquer esforço?

Você não pode viver das experiências, glórias e triunfos de outras pessoas, da unidade delas coMigo.

Isto é algo que você mesmo tem que procurar e encontrar.

Comece agora, pensando por si próprio, sustentando-se nas suas próprias pernas; pare de se apoiar nos outros.

Depois de usar muletas por algum tempo uma pessoa tem que se decidir a abandoná-las de vez ou ficará dependente delas e perderá totalmente o uso das próprias pernas.

E por isso que é vitalmente importante você ter sua própria experiência espiritual e receber inspiração de dentro e não de fora.

Cada alma receberá inspiração de maneira diferente.

Não existe um padrão.

Encontre seu próprio caminho e comece a vê-lo agora.

🌷🌱🌷
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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🌷🌱🌷

MENSAGEM DO ESE:

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.
Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)
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Paz e Felicidade


Afirma-se, inadequadamente, que a paz profunda é paralisia da razão, inércia, abstração.

Fosse, realmente, esse estado de anulação e seríamos candidatos ao aniquilamento dos ideais com a consequente morte das aspirações libertadoras.

Informa-se, equivocadamente, que felicidade plena é gozo incessante, sem qualquer preocupação ou anelo de maior crescimento.

Constituísse realidade esse prognóstico e a bem pouca conquista seria reduzido o Espírito, que se predisporia à saturação, num repetir monótono de prazeres nos moldes terrenos.

A paz profunda é uma conquista dinâmica do homem que, embora em constante burilamento, age sem reagir, motivado pelo infrene desejo de ajudar e crescer.

A felicidade plena resulta do movimento contínuo em favor da aquisição de mais valiosos equipamentos morais com que se alça o ser a Esferas Nobres, participando do concerto harmônico da Vida.

Sempre houve luta entre os homens, que se atiram uns contra os outros e neles mesmos defrontam os campos de batalha depuradora para as imperfeições.

A felicidade plena resulta da conscientização de transformar a luta em realização dignificante, que fomenta os recursos de enobrecimento.

Num, como noutro campo de realização, o amor é fundamental.

A maior força existente no Universo, o amor é a presença de Deus atuando favoravelmente e impulsionando todas as ações para o ideal supremo - a perfeição!

Os logros da paz profunda e da felicidade plena são possíveis, a todo aquele que se emprenha para realizar a opção da busca interior, através da transformação moral que deve operar em si mesmo, bem como do sacrifício das paixões asselvajadas.

Na meditação ouvirás o pulsar do Cosmo.

Na oração dialogarás com Deus.

No silêncio identificarás as vozes da Imortalidade.

Na ação do Bem alcançarás a paz, a plenitude, viajando pelos espaços na busca de Deus, sob a tutela dos seres angélicos interessados na tua perfeita integração na consciência divina, de que fazes parte apesar de não a interpretares ainda com a necessária sabedoria.

A paz profunda pelo amor e a felicidade plena pela caridade aguardam a tua decisão, para que logres o triunfo e te libertes do primitivismo por definitivo.

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Joanna de Ângelis 
 Divaldo P. Franco
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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Bênção de luz



Alegas, por vezes, que não encontras clima favorável às nobres realizações que demandas. Podes, entretanto, estabelecê-lo.

Basta que te disponhas ao cultivo da paz.

 Onde te lancem queixas ao rosto, procura o caminho da esperança em que a paz se revele restaurando a harmonia.

 Diante de alguém que se haja habituado à perturbação, refere-te à paz que reajuste a concórdia.

Se alguém te envolve em dificuldade, responde com o trabalho em paz, refazendo a serenidade em tua área de ação.

Surpreendendo situações em que surja a guerra nervosa pela troca de acusações, fala com respeito à paz, recuperando a tranquilidade.

Procura acender uma luz de paz onde estejas, ou busca a trilha de acesso à paz onde caminhes, e não te apartarás da segurança indispensável ao teu próprio equilíbrio.

Esquece-te a ti mesmo pela paz dos outros e os outros te abençoarão com a paz, valorizando-te a vida.

 Sempre que aspires a doar o melhor de ti aos que te cercam, faze a cada um deles o donativo da paz e, com semelhante apoio, estarás distribuindo em amor a luz da bênção de Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Instrumentos do tempo
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03 de outubro

Você tem uma grande responsabilidade nas mãos, porque Eu derramo sobre você todos os Meus perfeitos dons e dádivas.

Seus pés foram colocados no caminho que leva à Nova Era e a cada passo você se envolve mais e mais, tornando-se parte dela.

Você não pode mais inventar desculpas para si mesmo quando deixa de fazer alguma obrigação, dizendo que não sabia ou que não se deu conta, porque você é responsável por cada uma de suas ações. Você sabe como controlar seus pensamentos e suas ações, portanto, faça-o.

Não tente se esconder atrás da ignorância, mas saiba que seu interior está pleno de conhecimento, sabedoria, compreensão; é só você fazer uso deste estoque infinito em todos os momentos.

Agradeça eternamente por ter conhecimento desta verdade que lhe possibilita fazer tudo que lhe é pedido. Fique em perfeita paz.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Dai a César o que é de César

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. — Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo?

Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu:
Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? — De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. — S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: “É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?” Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, que lhes conhecia a malícia”, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido.
Esta sentença: “Dai a César o que é de César”, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 5 a 7.)
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Morto em 1840, evocado em Bordeaux em 1862 pela neta.

O homem de bem segundo Deus ou segundo os homens.

1. Querido avô, quereis dizer-me como estais entre os Espíritos, e dar-me alguns detalhes instrutivos para nosso avanço? 

– R. Tudo o que quiseres, minha querida filha. Estou expiando minha falta de fé; mas a bondade de Deus é grande: ele leva em conta as circunstâncias. Sofro, não como poderias entender, mas de arrependimento por não ter empregado bem meu tempo na Terra.

2. Como não o empregastes bem? Fostes sempre um homem honesto.

– R. Sim, do ponto de vista dos homens; mas há um abismo entre o homem honesto perante os homens, e o homem honesto perante Deus. Tu queres instruir-te, querida filha; vou tentar fazer-te sentir a diferença.

Entre vós, considera-se como homem honesto aquele que respeita as leis de seu país, respeito elástico para muitos; aquele que não faz mal ao próximo tomando-lhe ostensivamente seus bens; mas toma frequentemente sem escrúpulo sua honra, sua felicidade, desde que a lei, ou a opinião pública, não possam alcançar o culpado hipócrita. Quando se pôde mandar gravar na sua lápide a série interminável de virtudes que são enaltecidas, acredita-se ter pago sua dívida para com a humanidade. Que engano! Para ser honesto perante Deus não basta não ter infringido as leis dos homens, é preciso antes de tudo não ter transgredido as leis divinas.

O homem honesto perante Deus é aquele que, cheio de devoção e amor, dedica sua vida ao bem, ao progresso de seus semelhantes; aquele que, animado por um zelo inspirado no objetivo, é ativo na vida: ativo no cumprimento da tarefa material que lhe é imposta, pois deve ensinar a seus irmãos o amor ao trabalho; ativo nas boas obras, pois não deve esquecer que é apenas um servidor ao qual o senhor pedirá um dia contas do uso de seu tempo; ativo no objetivo, pois deve pregar pelo exemplo o amor ao Senhor e ao próximo. O homem honesto perante Deus deve evitar cuidadosamente essas palavras mordazes, veneno escondido sob flores, que destrói as reputações e muitas vezes mata o homem moral ao cobri-lo de ridículo. O homem honesto perante Deus deve ter sempre o coração fechado ao menor fermento de orgulho, de inveja, de ambição. Ele deve ser paciente e doce com os que o atacam; deve perdoar do fundo do coração, sem esforço e, sobretudo, sem ostentação, a todo aquele que o ofendeu; deve amar seu criador em todas as suas criaturas; deve, por fim, pôr em prática este resumo tão conciso e tão grande dos deveres do homem: amar a Deus acima de todas as coisas e seu próximo como a si mesmo.

Eis, minha querida filha, aproximadamente o que deve ser o homem honesto perante Deus. Pois bem! Será que eu fiz tudo isso? Não; faltaram-me muitas dessas condições, confesso-o aqui sem enrubescer; não tive a atividade que o homem deve ter; o esquecimento do Senhor levou-me a outros esquecimentos que, mesmo não sendo passíveis de punição pela lei humana, não deixam de ser prevaricações pela lei de Deus. Sofri bastante por isso quando o senti; eis porque espero hoje, mas com a consoladora esperança na bondade de Deus que vê meu arrependimento. Diz isso, querida filha; repete-o àqueles que têm a consciência pesada: que eles cubram suas faltas à força de boas obras, e a misericórdia divina se deterá na superfície; seus olhos paternos contarão as expiações, e sua mão poderosa apagará as faltas.

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O Céu e o Inferno » Segunda Parte - Exemplos » Capítulo III - Espíritos em condições medianas » Joseph Bré
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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Ainda cabe Jesus?


Em trânsito pelos caminhos terrestres, a cada dia tua capacidade de observação se aprimora, oferecendo aos teus raciocínios largo material de observação.

Parece, ao teu olhar, que a Humanidade desandou, apesar de tanta cultura.

A agressividade campeia desenfreada, como incontrolável animal em campina sem fim.

Escasseia a paz, fazendo com que os homens se armem, uns contra os outros. O discurso parece distante da prática.

Diante de alguns dias de sol abundante, seguem-se horas intermináveis de nuvens escuras, despejando sobre os lares aguaceiro devastador.

Imaginas que a segurança para teu lar pode ser uma grade forte, fios eletrificados e monitoramento dos passos alheios.

Dessa maneira, deixas entender que todo mundo é suspeito, até prova em contrário.

Tens a impressão de que a cultura avançou sobre as rodas de um veículo ligeiro, enquanto a ética anda muito longe, caminhando lentamente ao lado de uma montaria cansada.

Tantos livros, bibliotecas e incontáveis analfabetos!

Campos fartos e fome nas metrópoles.

Lojas abarrotadas de artigos de vestuário e cada dia tens notado mais corpos desnudos.

A medicina proclama seus avanços admiráveis e milhares tombam sob o contágio de enfermidades cruéis.

Tantos templos religiosos e a descrença reinando solta nas consciências.

Discursos espiritualistas e condutas materialistas.

Cartas e leis admiráveis em torno dos direitos humanos e, por toda parte, a indiferença, o abuso e a invasão desses direitos, fazendo do outro simples estatística.

Homens e mulheres andando na praça com seus animais de estimação, enquanto seus genitores estão em abrigos da terceira idade, mergulhados na dolorosa saudade dos afetos.

Fala-se em luz, em claridade abundante, em ruas iluminadas pelos néons e leds de alta tecnologia. No entanto, muitos transeuntes estão em densas sombras íntimas.

O riso no palco e o choro convulsivo na coxia.

A gargalhada estridente no cinema ou no show da celebridade. Logo após, a agonia íntima, arrastando o ser para o paroxismo das emoções em desgoverno.

Ou muito agito ou muita paralisia. Som muito alto. A conversa ao celular é quase aos gritos.

Quem realmente és tu?

E te perguntas: Ainda cabe Jesus no coração da criatura humana?

Qual o resultado de dois mil anos de Cristianismo?

Buscas, então, refúgio numa pequena porção de natureza, um lugar à parte desse burburinho quase enlouquecedor e tentas obter alguns momentos de silêncio, refazendo teu inquieto mundo interior.

Ora.

Silencia.

Medita.

Recorda o Divino Amigo, em ouvindo novamente a severa advertência: No mundo, tereis aflições!

Ele também atravessou um tempo parecido com esse, em proporção numérica menor. Contudo, as agonias eram as mesmas, as buscas, as ilusões...

Adestra tua paciência.

Acalma teus raciocínios.

Testa tua resiliência.

Se chegaste até aqui, com Jesus podes ir um pouco mais adiante.

Confia. Trabalha, ama e segue.

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Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Marta, psicografia de Marcel Mariano, em Salvador, Bahia, em 19.5.2024.
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02 de outubro

Cada alma tem sempre alguma coisa para partilhar.

Existem qualidades e posses em muitos níveis diferentes.

Você pode não ter posses materiais, mas pode estar certo que você tem outras qualidades, mesmo sem saber quais são.

Não as conserve só para si, mas traga-as para fora, descubra-as e use-as como devem ser usadas, nunca para sua própria glorificação, mas sempre para a Minha honra e glória.

Não possua nada, mas use e aproveite plenamente tudo que você tem.

O que você tem para doar?

Não se apresse em descobrir, se você ainda não sabe.

Doe de todo coração e doe com alegria, e seja agradecido por ter alguma coisa para doar, seja lá o que for.

Quando você tiver escolhido viver desta maneira, completamente dedicado a Mim e ao Meu trabalho, você não mais se apegará às coisas.

Perceba que tudo que você tem é Meu, e, portanto, deve ser compartilhado com o todo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra

Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. — Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; — e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhes entregueis o manto; — e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. — Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)

Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra” produzem essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injúria com outra injúria, uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas. Por isso é que a lei mosaica prescrevia: olho por olho, dente por dente, de harmonia com a época em que Moisés vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal com o bem. E disse ainda: “Não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.” Ao orgulhoso este ensino parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente.

Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? Tampouco quanto o outro que manda se arranque o olho, quando for causa de escândalo.

Levado o ensino às suas últimas conseqüências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor. Se se lhes não pusesse um freio as agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pescoço ao assassino.

Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. É, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não passa de uma manifestação de orgulho.

Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e no amor-próprio. Daí vem o repetirmos incessantemente: Lançai para diante o olhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, acima da vida material, tanto menos vos magoarão as coisas da Terra.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 7 e 8.)
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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Desvinculação


 Para muitos companheiros na Terra a desvinculação no campo afetivo é prova difícil. Desligamento do grupo familiar, distância da convivência. Hora da diferenciação de alguém perante outro alguém.

Se te vês num momento assim, na posição de quem pode libertar associados de ideal e de afinidade, não hesites no bem por fazer.

Aqueles que anseiam por independência e mudança, depois de te compartilharem a vida, são pedintes de tranquilidade e renovação. Não precisam tanto de teu ouro e assistência, nome e prestígio. Rogam-te, acima de tudo, escoras de tolerância e bondade, a fim de que te possam deixar sem que o espinheiro da mágoa te nasça no coração.

Medita naqueles que, um dia, igualmente largaste para tomar embarcações outras, diferentes do navio em que se te localizava a área doméstica, de modo a te fazeres ao mar profundo e vasto da experiência terrestre.

 Familiares que te amavam a presença e amigos que te disputavam a companhia se viram, de instante para outro, apartados de ti por efeito de tuas próprias deliberações.

 Assim nos expressamos porque frequentemente a harmonia na desvinculação depende daqueles que já amadureceram na vida física, aos quais se pede amparo e segurança, auxílio e aprovação.

 Se alguém ao teu lado te solicita o cancelamento de compromissos e deveres assumidos para contigo, concede a paz a quem necessita de paz a fim de atender a impositivos da vida em outros setores de evolução.

 Realmente desejas que os descendentes se garantam para a felicidade, não queres que os filhos bem-amados atravessem tribulações e enganos que te amarguraram a infância ou a juventude; habituas-te à desaprovar as resoluções de amigos que se afastam para caminhos que já sabes estarem encharcados de lágrimas, nem concordas em que os entes queridos venham a transitar por estradas que já trilhaste entre pedras e aflições, entretanto, por mais nos doa ao coração — muitos daqueles que mais amamos chegaram à Terra exatamente para isso.

 Diante dos companheiros que se te distanciam da convivência ou que te dizem adeus para te reencontrarem mais tarde, em outros e novos níveis de espaço e tempo, não lastimes nem condenes.

 Bendize e auxilia sempre. Os que partem ou se te separam da estrada, no dia a dia, esperam de ti, sobretudo, o patrocínio do amor e o refúgio da bênção.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Na era do espírito
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OUTUBRO

Eu vi uma árvore no outono, com suas folhas caindo. Eu vi outra árvore já despojada de todas as folhas.

Eu ouvi as palavras:

"Não se preocupe. A força vital está no interior e desta força vital o novo vai nascer. Saiba que o que é velho deve morrer para que o novo possa nascer."

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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01 de Outubro

Aprenda a ser um verdadeiro otimista e só espere o melhor de tudo que for fazer.

Saiba que você pode e fará sua tarefa perfeitamente e não haverá desleixo nem em seu trabalho, nem em sua vida.

Simplesmente faça para Mim e para a Minha glória e você fará tudo com amor e portanto, com perfeição.

Este principio também se aplica à sua aparência e à maneira como você se comporta.

Quando você está fazendo tudo por Mim e quando seu maior desejo é cumprir Minha vontade por seu amor por Mim, você vai querer fazer tudo da melhor maneira.

Você vai querer ter sempre a melhor aparência e dar o melhor de si e você nunca ficará satisfeito com menos.

É necessário parar de tempos em tempos e perceber onde você deve mudar, e ai ter o ânimo de mudar.

Aprenda a mudar, e a mudar rapidamente, e saiba que toda mudança é sempre para o melhor.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

V – Cuidar do Corpo e do Espírito

11 – Consistirá a perfeição espiritual na maceração do corpo? Para resolver esta questão, apóio-me em princípios elementares, e começo por demonstrar a necessidade de cuidar do corpo, que, segundo as alternativas de saúde e doença, influi sobre a alma de maneira muito importante, pois temos de considerá-la como prisioneira na carne. Para que esta prisioneira possa viver, movimentar-se, e até mesmo conceber a ilusão da liberdade, o corpo deve estar são, disposto e vigoroso. Estabeleçamos uma comparação: eis que ambos se encontram em perfeito estado; que devem fazer para manter o equilíbrio entre as suas aptidões e as suas necessidades tão diferentes? O embate entre eles parece inevitável, e difícil chegar-se ao segredo do equilíbrio.

Dois sistemas se defrontam neste caso: o dos ascetas, que desejam abater o corpo, e o dos materialistas, que querem diminuir a alma. Duas violências, quase tão insensata um quanto a outra. Ao lado dessas duas correntes, fervilha a multidão dos indiferentes, que, sem convicção nem paixão, amam com tibieza e gozam com parcimônia. Onde, pois, a ciência de viver? Em parte alguma. E esse grande problema ficaria inteiramente por resolver, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores, para demonstrar-lhes as relações existentes entre o corpo e a alma, e dizer-lhes que, desde que são reciprocamente necessários, é indispensável cuidar de ambos.

Amai, pois, a vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma; desconhecer as necessidades que lhe são peculiares por força da própria natureza, é desconhecer as leis de Deus. Não o castigueis pelas faltas que o vosso livre arbítrio o fez cometer, e pelas quais ele é tão responsável como o cavalo mal dirigido o é, pelos acidentes que causa. Sereis por acaso mais perfeitos, se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, menos orgulhosos e mais caridosos? Não, a perfeição não está nisso, mas inteiramente nas reformas a que submeterdes o vosso Espírito. Dobrai-o, subjugai-o, humilhai-o, mortificai-o: é esse o meio de o tornar mais dócil à vontade de Deus, e o único que conduz à perfeição.

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GEORGES
Espírito Protetor, Paris, 1863
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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Familiares Problemas


Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste.
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A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.
***
Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.
***
Entretanto, recorda que antes da união falavas de
amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.
***
Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.
***
Diante de filhos ou parentes outros que se valem de
títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.
***
É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.
***
Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.
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Divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinquência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.
***
Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Na era do espírito
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