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domingo, 1 de junho de 2025

Deslizes morais


Candidato, que és, a uma existência saudável, após tomares conhecimento da vida espiritual, estuante e bela, não te permitas a prática dos deslizes morais, considerados de pequena monta.

O erro é sempre um compromisso negativo, e toda lesão moral, particularmente aquela produzida no organismo social, constitui grave comprometimento, de cujos efeitos não se pode evadir o responsável.

Desse modo, todo e qualquer deslize moral é sempre uma agressão à ordem, à saúde, ao equilíbrio, que devem viger em toda parte.

É muito comum censurar-se o crime hediondo que estarrece, enquanto se praticam defecções ditas menores, que adquirem cidadania em face da sua repetição e generalização.

Aqui, é a mentira branca, disfarçando o mau hábito de escamotear a verdade, como se a mendacidade se revestisse de cores que a tornam grave ou irrelevante.

Mentir é sempre um hábito doentio que encarcera o indivíduo nas suas malhas traiçoeiras.

Adiante, é a censura com ironia, ocultando a perversidade que se expande a soldo da maledicência e da leviandade.

O comportamento mórbido de a tudo comentar negativamente, tem sido responsável pela destruição de grandiosos empreendimentos do gênero humano.

Mais adiante, é a atitude desonesta, que se faz justificada, como, por exemplo, quando se percebe que um funcionário se equivocou no troco e mantém-se silêncio, aceitando-se o valor indevido, que o outro terá de devolver, mais tarde, retirando-o do seu insuficiente salário.

Essa conduta infeliz é sempre tida como sagacidade ou astúcia, considerando-se que quase todo mundo age assim.

São, práticas de tal natureza que vitalizam o crime organizado, que corrompem os caracteres frágeis e estabelecem o desrespeito sistemático às Leis constituídas.

Muitos, entre esses que assim se comportam irresponsavelmente, argumentam que se o fato não foi notado por outrem, não vale a pena anunciá-lo, tornando-se ingênuo em devolver algo que, de alguma forma, não seria recuperado.

Alguém se esqueceu de um objeto de valor ou dinheiro, ou documento, e encontrado, torna-se-lhe propriedade indevida, aproveitando-se do prejuízo alheio para beneficiar-se em declarada conduta de rapina.

Se o militar ou não, deixou de cumprir com o seu dever, em face do suborno que lhe foi propiciado, ele é igualmente cooperados dos monumentais desvios de verdadeiras fortunas que são transferidas para paraísos fiscais, ou se aceita altos estipêndios para conivir com a corrupção internacional, torna-se fomentador da miséria de milhões.

Aquele que não é digno de conduzir-se corretamente nas aparentemente insignificantes situações, jamais se comportará com nobreza diante de situações de alta magnitude.

Os pequenos deslizes morais tornam o indivíduo digno de si mesmo, sem o auto-respeito, que lhe é um censor austero, franqueando-lhe as portas para o acesso a comportamentos cruéis contra o indivíduo, o patrimônio e a sociedade.

Quem se permite a conivência de qualquer tipo com o erro, aprende a viver com a deslealdade em suas atitudes.

Felizmente, há um expressivo número de cidadãos de ambos os sexos, que se comportam com a dignidade devida.

Não raro, pessoas humildes e portadoras de carência econômica, encontram objetos e valores perdidos, de imediato procurando entregá-los aos seus legítimos donos ou às Entidades encarregadas de fazê-lo. Por sua vez, aqueles que os recuperam, não poucas vezes, fazem-se mesquinhos e ingratos, não retribuindo devidamente o gesto de grandeza moral de quem os beneficia.

Certamente, ao agir-se com correção, não se deve pesar qualquer tipo de recompensa.

Sucede, porém, que determinadas atitudes de arrogância ou de indiferença conspiram contra a nobreza moral, estimulando as atitudes más.

Se buscas alcançar a paz, sê comedido nas ambições, de modo que não te permitas defecções morais de qualquer tipo.

Mantém-te na trilha da retidão, não aceitando as conveniências do mercado dos engodos humanos, que denigrem as conquistas da inteligência, em face do atraso das realizações íntimas de natureza moral.

As fraudes campeiam sob o comando atro do egoísmo, que elege tudo para si, em detrimento do mínimo para os outros.

A verdadeira conversão espiritual não ocorre apenas no plano da retórica ou das mudanças de denominações religiosas, mas no cerne do ser, que se esforça para tornar-se melhor, para conduzir-se conforme as diretrizes da fé abraçada.

A convicção religiosa saudável desvela-se nos pequenos atos, nos comportamentos nobres, distantes dos aplausos e das homenagens terrestres, muito do agrado dos gozadores.

Manifesta-se através de gestos de simpatia e de amizade pura, desinteressada, gentil e destituída de servilismo.

Não compactua com os deslizes vigentes, nem pretende tornar-se palmatória do mundo.

Procede bem porque tem consciência de si mesmo, observando os compromissos morais assumidos com a Vida, sem jactância nem falsa conduta de superioridade em relação aos demais, àqueles que permanecem equivocados.

Caminha pela senda comum, é semelhante a todos, mas mantém-se vinculado às Fontes da Vida, não sendo igual aos que se comprazem nos, subterrâneos da inferioridade espiritual.

Não te permitas subornar por valores materiais, nem morais, nem sociais, nem afetivos. Também não subornes a ninguém.

Sê autêntico, estimando cada pessoa que se te acerque, como seja e não conforme o desejarias.

Jesus conviveu com os diferentes membros da sociedade de Sua época, mantendo-se o mesmo.

Não negociou com os poderosos de breve tempo, nem negaceou os Seus compromissos iluminativos a preço algum.

Participou das ocorrências do dia a dia com os miseráveis do corpo e da alma, buscando sempre erguê-los.

Dispensou a mesma atenção a todos e, por isso, permanece irretocável a Sua conduta exemplar.

Se pretendes insculpi-lo no imo, tem cuidado com as armadilhas do erro, das mentiras, das defecções morais, porquanto, avanças, queiras ou não, para o país da consciência de si mesmo e será com ela que viverás.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Iluminação interior
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JUNHO

Eu vi uma porta grande e pesada, difícil de abrir porque as dobradiças estavam emperradas. Eu vi algumas gotas de óleo serem colocadas nas dobradiças e a porta ser delicadamente azeitada até ser possível abri-la apenas com um leve toque. Eu ouvi as palavras:

Use o óleo do amor cada vez mais, porque é o amor que tudo facilita. É o amor que sempre encontra o caminho. Abra seu coração e deixe o amor fluir livremente.

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1º de Junho

Por que não transformar em hábito maneira de encarar a vida sempre com o espirito certo, alegremente, alerta e sempre com fé absoluta que somente o melhor vai lhe acontecer?

Eu quero que você tenha tudo de bom nesta vida.

Eu não quero que você passe sua vida com um fardo pesado nos ombros, curvado sob o peso dos problemas do mundo.

Eu preciso de você livre para que Eu possa trabalhar em você e através de você.

Pare de se preocupar e Me entregue seus problemas.

Saiba que o reino do céu está em você esperando que você o reconheça. Você deve descobri-lo, acreditar nele e manifestá-lo.

O reino do céu é um estado de espirito e todos devem procurar por ele. Toda alma tem que ansiar pelo reino do céu antes de encontrá-lo.

O desejo deve existir e deve ser tão forte que não permitirá nenhum obstáculo no caminho.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Da prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores

Os Espíritos sofredores reclamam preces e estas lhes são proveitosas, porque, verificando que há quem neles pense, menos abandonados se sentem, menos infelizes. Entretanto, a prece tem sobre eles ação mais direta: reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação e, possivelmente, desvia-lhes do mal o pensamento. É nesse sentido que lhes pode não só aliviar, como abreviar os sofrimentos. (Veja-se: O Céu e o Inferno, 2ª Parte — “Exemplos”.)

Pessoas há que não admitem a prece pelos mortos, porque, segundo acreditam, a alma só tem duas alternativas: ser salva ou ser condenada às penas eternas, resultando, pois, em ambos os casos, inútil a prece. Sem discutir o valor dessa crença, admitamos, por instantes, a realidade das penas eternas e irremissíveis e que as nossas preces sejam impotentes para lhes pôr termo. Perguntamos se, nessa hipótese, será lógico, será caridoso, será cristão recusar a prece pelos réprobos? Tais preces, por mais impotentes que fossem para os liberar, não lhes seriam uma demonstração de piedade capaz de abrandar-lhes os sofrimentos? Na Terra, quando um homem é condenado a galés perpétuas, quando mesmo não haja a mínima esperança de obter-se para ele perdão, será defeso a uma pessoa caridosa ir carregar-lhe os grilhões, para aliviá-lo do peso destes? Em sendo alguém atacado de mal incurável, dever-se-á, por não haver para o doente esperança nenhuma de cura, abandoná-lo, sem lhe proporcionar qualquer alivio? Lembrai-vos de que, entre os réprobos, pode achar-se uma pessoa que vos foi cara, um amigo, talvez um pai, uma mãe, ou um filho, e dizei se, não havendo, segundo credes, possibilidade de ser perdoado esse ente, lhe recusaríeis um copo d’água para mitigar-lhe a sede? um bálsamo que lhe seque as chagas? Não faríeis por ele o que faríeis por um galé? Não lhe daríeis uma prova de amor, uma consolação? Não, isso cristão não seria. Uma crença que petrifica o coração é incompatível com a crença em um Deus que põe na primeira categoria dos deveres o amor ao próximo.

A não eternidade das penas não implica a negação de uma penalidade temporária, dado não ser possível que Deus, em sua justiça, confunda o bem e o mal. Ora, negar, neste caso, a eficácia da prece, fora negar a eficácia da consolação, dos encorajamentos, dos bons conselhos; fora negar a força que haurimos da assistência moral dos que nos querem bem.

Outros se fundam numa razão mais especiosa: a imutabilidade dos decretos divinos. Deus, dizem esses, não pode mudar as suas decisões a pedido das criaturas; a não ser assim, careceria de estabilidade o mundo. O homem, pois, nada tem de pedir a Deus, só lhe cabendo submeter-se e adorá-lo.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 18 a 20.)
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2 comentários:

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