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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Consciência e alienações mentais


A consciência encontra-se no homem em todos os estágios do seu processo evolutivo.

Nas faixas primarias manifesta-se como lampejos de discernimento, que o propelem para a conquista de degraus e patamares mais elevados.

Não obstantes a predominância dos instintos agressivos, vez que outra ela surge e clareia a noite tormentosa dos impulsos imediatistas, ampliando os horizontes de percepção do ser.

Mais tarde, á medida que a razão se desenvolve, a capacidade de consciência se dilata, podendo ser vítima dos mecanismos escapistas da astúcia e do intelecto, que a adormecem, lesam-na ou intoxicam-na com os vapores perniciosos da frieza emocional.

Assim mesmo, ela rompe as dificuldades e lucila, abrindo espaços para o discernimento e os conflitos que decorrem da sua percepção ante os atos incorretos.

Somente quando o indivíduo vence as etapas primárias, e as experiências se fazem mais significativas, mediante a compreensão do sentido elevado da vida, é que ela se manifesta com plenitude e passa a comandar o direcionamento da existência, revelando-se vitoriosa.

A consciência é o árbitro interno, que se encarrega de estabelecer as diretrizes de segurança para a vida.

Variando a sua lucidez conforme o estágio de desenvolvimento alcançado, somente quando se torna equânime, pode conduzir o ser com sabedoria.

Enquanto é severa, exigindo rudes reparações em relação ao erro praticado, detém-se no primarismo do desforço.

Se, por outro lado, apresenta-se benigna em relação aos enganos, falta-lhe a maturidade que a capacita para a superior finalidade.

A consciência estua, quando, refletindo as leis de Deus, direciona a criatura para o bem, a ventura, o avanço tranquilo em clima de fé e esperança.

A consciência enobrecida estabelece o programa de reparação com fundamento nas leis do amor, e o de evolução nos mesmos códigos, sempre apoiada à justiça e à verdade.

Na psicogênese profunda das alienações mentais encontra-se a consciência de culpa, geradora dos tormentos que se apresentam como processos de reedificação, recompondo os painéis do dever mediante os dolorosos mecanismos da desordem mental.

O desarranjo dos equipamentos psíquicos proporciona ao espírito sofrimentos insuspeitáveis, como forma rigorosa de apaziguamento da consciência.

Sendo o homem o autor da sua realidade moral, através da conduta que se permite no curso das existências corporais, em cada etapa elabora o método de crescimento interior pelo que realiza.

Quando delinque, insculpe a fogo no seu arcabouço profundo os meios reparadores, particularmente na área mental.

Ignoradas as ações infelizes que a justiça humana não alcança, a consciência, que sabe, desarticula os complexos mecanismos da razão em desequilíbrio, que somente a dor expungitiva recomporá.

No quadro das alienações mentais, seja nas psicopatologicas conhecidas e academicamente estudadas ou nas graves obsessões, é a consciência culpada que faculta a instalação do mal, que se exterioriza de maneira rigorosa em processo de reajustamento e reequilíbrio.

A consciência equânime se mantém com os recursos dos bons pensamentos e das reflexões, que são os meios valiosos ao alcance do ser para a sua plena edificação.

A consciência lúcida e tranquila é a terapeuta segura para as alienações mentais, razão pela qual todo paciente que requeira a saúde, não se deve escusar ao trabalho hercúleo de pacificar-se, usando a oração, a meditação, o autoconhecimento e as ações enobrecedoras, equipamentos esses propiciatórios para uma consciência de paz, responsável pela conquista do progresso.

Na questão de número 834, de O Livros dos Espíritos, ALLAN KARDEC indaga: É responsável o homem pelo seu pensamento ? Perante Deus, é.

Somente a Deus sendo possível conhecê-lo, ele o condena ou absolve, segundo a sua justiça.

As alienações mentais são, pois, a condenação de Deus aos pensamentos e atos incorretos da consciência primária e equivocada.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Momentos De Consciência
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07 de Julho

Você não pode dizer que Me ama e ao mesmo tempo odiar os seus semelhantes, porque amor e ódio são como óleo e água: não se misturam.

Se você realmente Me amar, você amará seus semelhantes, e eles o amarão.

Vocês terão compaixão e compreensão mútua.

E quando vocês se amarem uns aos outros, vocês Me amarão.

O amor pelos seus semelhantes por Mim estão tão entrelaçados que não podem ser separados.

É grande o amor que você sente pelos seus semelhantes?

Você está disposto a se esquecer de si mesmo por outra alma?

O amor não precisa ser expresso em palavras, tem que ser visto e sentido em ações; tem que irradiar de você.

O amor é a linguagem do silêncio.

Pode ser entendido e aceito sem que uma palavra seja dita.

É uma linguagem internacional compreendida pelo coração e não pela mente.

Não importa a sua nacionalidade, você sempre conseguirá expressar e comunicar seu amor em completo silêncio.

Seus olhos, seu coração, sua atitude, todo o seu ser podem expressar o que você está sentindo em relação à outra alma.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A indulgência (III)

Caros amigos, sede severos convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. É esta uma prática da santa caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a alijar, para poderdes galgar o cume da montanha do progresso. Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo e tão cegos com relação a vós mesmos? Quando deixareis de perceber, nos olhos de vossos irmãos, o pequenino argueiro que os incomoda, sem atentardes na trave que, nos vossos olhos, vos cega, fazendo-vos ir de queda em queda?

Crede nos vossos irmãos, os Espíritos.

Todo homem, bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtude e mérito, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado: Deus o castigará no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.

Espiritismo! doutrina consoladora e bendita! felizes dos que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do Senhor! Para esses, iluminado está o caminho, ao longo do qual podem ler estas palavras que lhes indicam o meio de chegarem ao termo da jornada: caridade prática, caridade do coração, caridade para com o próximo, como para si mesmo; numa palavra: caridade para com todos e amor a Deus acima de todas as coisas, porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossível é amar realmente a Deus, sem praticar a caridade, da qual fez ele uma lei para todas as criaturas.

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— Dufêtre, bispo de Nevers. (Bordéus.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 18.)
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Um comentário:

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