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domingo, 29 de junho de 2025

Paz de Espírito


Em face das condições evolutivas do Planeta terrestre, considerado relativamente primitivo na escala apresentada por Allan Kardec, e assim o é, porque os Espíritos que o habitam somos, igualmente, um tanto primários, em nosso processo de desenvolvimento intelecto-moral torna-se desafiadora a conquista da paz de espírito.

Esse fenômeno, a paz interior, ocorre quando conseguimos viver dominados pelos sentimentos do amor, da caridade, da compaixão e da sede de Deus.

Enquanto permanecermos no cultivo do ego e das suas manifestações inferiores, não conseguiremos a harmonia necessária para uma cultura de fraternidade.

A amizade sem jaça é ainda uma experiência psicológica muito rara em nossos relacionamentos, nos quais, porque sempre cada qual pretende ser melhor e possuir mais do que outro, a fim de oferecer-se segurança emocional.

Como é natural, a maturidade espiritual dos seres é um labor intérmino, porque marchamos da sombra da ignorância para a luz do discernimento, e as conquistas transformadoras para melhor sempre ocorrem mui lentamente.

Tendo em vista as circunstâncias ambientais, familiares e sociais, é-nos um desafio constante ascender moralmente na escala do progresso, na tentativa de alcançar a fatalidade para a qual fomos criados por Deus: a perfeição relativa!

Cultivando mais a insensatez e a competição, raramente nos preocupamos seriamente com a forma como devemos viver com o nosso próximo e resistir às teias do mal que nos tentam envolver.

A afetividade ainda se nos apresenta na forma de usufruir prazeres através da libido, sem a preocupação sincera do desinteresse de retribuição das bênçãos que podemos oferecer.

Por isso e por outras razões, os relacionamentos são mal estruturados e os conceitos em torno do progresso moral parecem não ser legítimos.

Quando o companheiro tomba no seu processo existencial, logo é julgado e sem qualquer reserva é contemplado pela calúnia e infâmia, e mesmo quando se mantém com dignidade nas lutas que empreende, parece que desperta mágoas, inveja e despeito naqueles com os quais, às vezes, contava como amigos ou afetos. Dá-se exatamente o contrário: são esses os primeiros a apedrejarem, o que parece fazer-lhes um grande bem-estar.

Esquecem-se de que chegará também a sua hora de aflição, pois que no mundo tereis aflições, como sentenciou Jesus, ou tudo é sofrimento, conforme esclareceu Buda.

Desse modo, busca a paz da consciência no teu mundo íntimo, vinculado a Deus, orando e confiando mesmo nos momentos mais tormentosos, e te sentirás inatingível pela maldade dos maus, dos teus amigos ou adversários.

Não te permitas perder a paz ante a acusação dos insensatos e inimigos do bem, e prossegue na luta.

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Divaldo Pereira Franco
Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 9.3.2023
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29 de junho

Não se sobrecarregue com tudo que precisa ser feito.

Simplesmente aprenda a dar um passo de cada vez e saiba que cada passo o conduz para mais perto de sua meta.

Não tente correr antes de conseguir andar; não tente assumir mais do que é capaz de realizar, para não ter que se arrastar sob o peso de sua carga, cada passo um esforço.

Esta não é a atitude certa; isto não é estar preenchido com Minha alegria e liberdade.

Isto só significa que você está tentando se apoiar só na sua própria força; significa que você está separado de Mim e perdeu a visão da sua meta.

Interrompa o que está fazendo, mude sua atitude.

Entregue tudo a Mim e depois relaxe e aproveite o que está fazendo de uma maneira completamente nova.

Mudança de atitude pode acontecer num piscar de olhos, portanto, mude, mude depressa e dance e cante no decorrer deste dia de mãos dadas coMigo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

O dever

O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas.

O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.

Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações.

homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.

O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos.

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— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 7.)
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Remédio salutar


“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros para que sareis.”
— (Tiago 5.16)

A doença sempre constitui fantasma temível no campo humano, qual se a carne fosse tocada de maldição; entretanto, podemos afiançar que o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto.

A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. Não nos reportando à imensa caudal de provas expiatórias que invade inúmeras existências, em suas expressões fisiológicas, referimo-nos tão somente às moléstias que surgem, de inesperado, com raízes no coração.

Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio?

Qualquer desarmonia interior atacará naturalmente o organismo em sua zona vulnerável. Um experimentar-lhe-á os efeitos no fígado, outro, nos rins e, ainda outro, no próprio sangue.

Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.

O grande apóstolo do Cristianismo nascente foi médico sábio, quando aconselhou a aproximação recíproca e a assistência mútua como remédios salutares. O ofensor que revela as próprias culpas, ante o ofendido, lança fora detritos psíquicos, aliviando o plano interno; quando oramos uns pelos outros, nossas mentes se unem, no círculo da intercessão espiritual, e, embora não se verifique o registro imediato em nossa consciência comum, há conversações silenciosas pelo “sem-fio” do pensamento.

A cura jamais chegará sem o reajustamento íntimo necessário, e quem deseje melhoras positivas, na senda de elevação, aplique o conselho de Tiago; nele, possuímos remédio salutar para que saremos na qualidade de enfermos encarnados ou desencarnados.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vinha de Luz
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