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domingo, 21 de dezembro de 2025

Ante o Divino Médico



“Não são os que gozam saúde que precisam de médico.”
JESUS (Mateus, 9.12)

“Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XXIV, 12

Milhões de nós outros, - os Espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, - somos almas enfermas de muitos séculos.

Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico.

E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma.

Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão.

Nas perturbações do egoísmo: “faze aos outros o que desejas que os outros te façam.”

Nas convulsões da cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.”

Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.”

Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.”

Na paralisia de espírito por falsa virtude: “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.”

Nos quistos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.”

Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará.”

Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.”

Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.”

Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.”

Nós, as consciências que nos reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo:

- “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.”

Sim, somos Espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.

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Emmanuel
 Chico Xavier
 Obra: Livro da Esperança
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21 de dezembro

Aprenda a viver além de seus próprios limites, além de sua força e habilidade, para que as pessoas que o rodeiam possam perceber com os próprios olhos que SOU EU trabalhando em você e através de você.

Desta maneira, almas descrentes e sem fé Me conhecerão, não através de palavras, mas através de uma demonstração de vida.

E vivendo desta maneira que você reconhecerá que EU SOU seu guia e companheiro e que você deverá dedicar sua vida completamente a Mim e ao Meu serviço.

Você tem que perder o pé e nadar nas águas profundas do desconhecido com absoluta fé e confiança, sabendo que nada de mal irá lhe acontecer porque EU ESTOU com você.

Você só saberá se tudo isso funciona quando estiver disposto a experimentar.

Pare de apostar no seguro e deixe que Eu lhe mostre o que pode acontecer quando você Me permite guiá-lo e usá-lo de acordo com a Minha vontade.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (II)


Em vão procurais na Terra iludir-vos, colorindo com o nome de virtude o que as mais das vezes não passa de egoísmo. Em vão chamais economia e previdência ao que apenas é cupidez e avareza, ou generosidade ao que não é senão prodigalidade em proveito vosso. Um pai de família, por exemplo, se abstém de praticar a caridade, economizará, amontoará ouro, para, diz ele, deixar aos filhos a maior soma possível de bens e evitar que caiam na miséria. É muito justo e paternal, convenho, e ninguém pode censurar. Mas será sempre esse o único móvel a que ele obedece? Não será muitas vezes um compromisso com a sua consciência, para justificar, aos seus próprios olhos e aos olhos do mundo, seu apego pessoal aos bens terrenais? Admitamos, no entanto, seja o amor paternal o único móvel que o guie. Será isso motivo para que esqueça seus irmãos perante Deus?

Quando já ele tem o supérfluo, deixará na miséria os filhos, por lhes ficar um pouco menos desse supérfluo? Não será, antes, dar-lhes uma lição de egoísmo e endurecer-lhes os corações? Não será estiolar neles o amor ao próximo? Pais e mães, laborais em grande erro, se credes que desse modo granjeais maior afeição dos vossos filhos. Ensinando-lhes a ser egoístas para com os outros, ensinais-lhes a sê-lo para com vos mesmos.

A um homem que muito haja trabalhado, e que com o suor de seu rosto acumulou bens, é comum ouvirdes dizer que, quando o dinheiro é ganho, melhor se lhe conhece o valor. Nada mais exato. Pois bem! Pratique a caridade, dentro das suas possibilidades, esse homem que declara conhecer todo o valor do dinheiro, e maior será o seu merecimento, do que o daquele que, nascido na abundância, ignora as rudes fadigas do trabalho. Mas, também, se esse homem, que se recorda dos seus penares, dos seus esforços, for egoísta, impiedoso para com os pobres, bem mais culpado se tornará do que o outro, pois, quanto melhor cada um conhece por si mesmo as dores ocultas da miséria, tanto mais propenso deve sentir-se em aliviá-las nos outros.

Infelizmente, sempre há no homem que possui bens de fortuna um sentimento tão forte quanto o apego aos mesmos bens: é o orgulho. Não raro, vê-se o arrivista atordoar, com a narrativa de seus trabalhos e de suas habilidades, o desgraçado que lhe pede assistência, em vez de acudi-lo, e acabar dizendo: “Faça o que eu fiz.” Segundo o seu modo de ver, a bondade de Deus não entra por coisa alguma na obtenção da riqueza que conseguiu acumular; pertence-lhe a ele, exclusivamente, o mérito de a possuir. O orgulho lhe põe sobre os olhos uma venda e lhe tapa os ouvidos. Apesar de toda a sua inteligência e de toda a sua aptidão, não compreende que, com uma só palavra, Deus o pode lançar por terra.

Esbanjar a riqueza não é demonstrar desprendimento dos bens terrenos: é descaso e indiferença. Depositário desses bens, não tem o homem o direito de os dilapidar, como não tem o de os confiscar em seu proveito. Prodigalidade não é generosidade: é, freqüentemente, uma modalidade do egoísmo. Um, que despenda a mancheias o ouro de que disponha, para satisfazer a uma fantasia, talvez não dê um centavos para prestar um serviço.

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– Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)
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Intrigas e acusações


Quanto possível, abstém-te de assuntos infelizes.

Muitas vezes, quem te fala contra os outros pode trazer a imaginação doente ou superexcitada.

Quando alguém, porventura, se te faça veículo de alguma intriga, tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bomba verbal, quanto a outra que a teria criado.

Uma frase imperfeitamente ouvida será sempre uma frase mal interpretada.

A criatura que se precipita em julgamentos errôneos, a teu respeito, talvez seja vítima de lastimável engano.

Muitas pessoas de hábitos cristalizados em comentários descaridosos em torno da vida alheia, estão a caminho de tratamentos médicos, dos mais graves.

Se trazes a consciência tranquila, as opiniões negativas efetivamente não te alcançam.

Diante de críticas recebidas, observa até que ponto são verídicas e aceitáveis, para que venhamos a retificar em nós aquilo que nos desagrada nos outros.

Conhecendo algum desequilíbrio em andamento, auxilia em silêncio naquilo em que possas cooperar sem alarde, sem referir a ninguém, quanto ao esforço de reajuste que sejas capaz de desenvolver.

Compadece-te dos acusadores e ora em favor deles, rogando a Deus para que sejam favorecidos com a bênção de paz que desejamos para nós.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Calma
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