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terça-feira, 6 de julho de 2021

No exame recíproco


"Consideremo-nos também uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras".
- Paulo. (Hebreus, 10:24).

Algumas vezes somos constrangidos a examinar as diretrizes dos nossos companheiros de experiência, nas horas em que se mostram em atitude menos edificante.

Vimos determinados amigos em lances perigosos do caminho, até ontem. E até ontem terão eles:

entrado em negócios escusos;

caído em lastimáveis enganos;

perpetrado delitos;

descido a precipícios de sombra;

causado prejuízo a outrem, lesando a si mesmos;

fugido a deveres respeitáveis;

desprezado valiosas oportunidades no erguimento do bem;

renegado a fé que lhes servia de âncora;

adotado companhias que lhes danificaram a existência;

abraçado a irresponsabilidade por norma de ação.

Momentos existem nos quais é impossível desconhecer as nossas falhas; entretanto, tenhamos a devida prudência de situar o mal no passado.
* * *
Teremos tido comportamento menos feliz até ontem.

Hoje, porém, é novo dia.

Auxiliemo-nos reciprocamente, acendendo a luz que nos dissipe a sombra. Padronizemos o sentimento em ponto alto, pensemos com a força abençoada do otimismo, falemos para o Bem e realizemos o melhor ao nosso alcance, no terreno da ação.

Recordemos o ensinamento do Apóstolo, considerando-nos uns aos outros, não em sentido negativo, e sim com a fraternidade operante, para que tenhamos o necessário estímulo à prática do amor puro, superando as nossas próprias fraquezas, em caminho para a Vida Maior.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Ceifa de Luz
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MENSAGEM DO ESE:

Dai a César o que é de César

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. — Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo?
Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu:
Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? — De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. — S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa.
Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: “É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?” Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, que lhes conhecia a malícia”, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido.

Esta sentença: “Dai a César o que é de César”, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 5 a 7.)

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Conflitos domésticos


Não nos reportamos ao divórcio para te dizer que essa medida é impraticável.

Existem problemas tão profundos, nas resoluções de caráter extremamente particular, que só o entendimento entre a criatura e o Criador, através da reflexão e da prece, consegue resolver.

Todavia, se conflitos caseiros te atormentam a vida, faze o possível por salvar a nave doméstica de soçobro e perturbação.

*

Talvez a companheira te haja desconsiderado ou ferido... Provável que o companheiro te haja imposto agravo ou desapreço. Tudo terá começado num pequeno gesto de intolerância. A migalha de amargura imitou a bola de neve, convertendo-se em muralha de fel. Antes, porém, que a réstia de sombra se transforme em nevoeiro, compadece-te e procura compreender o outro coração que se te associa no lar.

Quem sabe se a intransigência, a infidelidade, a irritação ou a secura com que te defrontas serão frutos de tua própria frieza, menosprezo, violência ou ingratidão?

*

Pára e pensa.

Medita na ternura e no apoio que esperas receber em casa, a fim de que te não faltem forças na execução dos próprios deveres, no dia-a-dia. Perceberás que a indulgência e a bondade criam bondade e indulgência, onde surjam.

Mudemos a nós mesmos para melhor e aqueles que nos compartilham a estrada não se deterão insensíveis.

Planta de novo a alegria e o bem, para que obtenhas o bem e a alegria novamente.

*

Dá e receberás.

Ninguém se agrega com alguém, nas tarefas de burilamento e de amor, sem motivos justos. E nós que aprendemos a salvar o trigo e a batata, os campos e as fontes, saibamos preservar a nossa união também. Nesse sentido, entretanto, não exija dos outros a iniciativa para as realizações da harmonia e da segurança. Dá o primeiro passo e os outros te seguirão.
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Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, José Herculano. Chico Xavier Pede Licença. Espíritos Diversos. GEEM. Capítulo 13.

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