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segunda-feira, 3 de junho de 2019

PESSIMISMO E SOFRIMENTO



Em nossas anotações iniciais, comentamos quanto ao perigo em aceitar com adoração as nossas enfermidades e dores.

Comportando-nos dessa maneira transferimos a enfermidade para o nosso perispírito e aí, haja séculos para adquirir a cura. É oportuno, a título de informação, transcrever o que o caro Chico Xavier nos respondeu em 1984, quando lhe perguntamos: "Chico, como é que você está de saúde?"

— Estou bem! - respondeu-nos. - Apesar dos vinte e dois comprimidos diários que tomo, vou bem de saúde!... Se eu ficar falando que estou doente, que não estou bem, começam a dizer por aí: O Chico está doente. Ele não está bem. Está com tal ou qual enfermidade. Vão dizendo assim e se a gente acreditar, acaba adquirindo a doença!

Para melhor nos inteirarmos da gravidade do assunto, recorramos à orientação dos benfeitores espirituais: "Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem." 
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(Emmanuel / Francisco Cândido Xavier - prefácio do livro "Vinha de Luz" - FEB)

E também com André Luiz, em "Os Mensageiros", capítulo 43 (FEB), psicografado por Chico Xavier, anotamos: "Ora, desse modo, quem cultivou a enfermidade com adoração, submeteu-se-lhe ao império. É lógico que devemos, quando encarnados, prestar toda a assistência ao corpo físico, que funciona, para nós, como vaso sagrado, mas remediar a saúde e viciar a mente, são duas atitudes essencialmente antagônicas entre si."
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Do Livro "Lembranças de Grandes Lições" - Cezar Carneiro
Capítulo " PESSIMISMO E SOFRIMENTO "  



MENSAGEM DO ESE:

Mundos de expiações e provas

Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.

Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.

A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito. 
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– Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 13 a 15.)



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