Em uma passagem do Evangelho segundo São João, Jesus afirma:
"Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem."
Trata-se de uma curiosa advertência feita aos seguidores do Mestre.
Não se há de imaginar que ela se dirigisse apenas àquela pequena multidão que O rodeava na oportunidade.
Cuida-se de um alerta de que a oportunidade de auto iluminação precisa ser bem aproveitada.
O homem na Terra encontra-se situado entre o passado e o futuro.
Suas experiências anteriores na Terra, de modo geral, não lhe são acessíveis à memória.
Para que não se perca em vaidades, rancores e culpas, ele esquece o que já viveu antes de renascer.
De outro lado, o futuro é uma incógnita.
O passado e o futuro somem nas trevas do esquecimento e da incerteza.
Já os tesouros do presente representam oportunidades preciosas.
Para que o futuro surja ornado de bendita luz, importa bem aproveitar o tempo atual.
A esmagadora maioria das personalidades humanas não possui outra paisagem.
Raros são os que trazem do passado uma bagagem de feitos nobres e vivências dignas.
A maioria aporta na existência atual com inúmeros problemas para superar.
Sejam vícios, inimizades ou fragilidades morais as mais diversas.
Esse quadro desolador precisa ser revertido com a santa oportunidade do momento presente.
Urge valorizar a existência terrena, tal qual se apresenta.
Não sonhar com facilidades indevidas e nem reclamar dos desafios que surgem.
A vida na Terra, embora transitória, é a chama que coloca o homem em contato com o serviço de que ele necessita.
O caminho que surge difícil, por vezes áspero, faculta a jornada de ascensão.
Representa a luz a ser bem aproveitada.
No esforço do viver digno, torna-se possível resgatar, corrigir, reconciliar e enriquecer-se de valores espirituais.
É conveniente pensar na advertência do Mestre: andar enquanto há luz, para não ser apanhado pelas trevas.
A vida na carne passa muito rápida.
Quem escolhe o caminho do vício ou do egoísmo em pouco tempo se arrepende.
Toda conquista malsã fica na borda do túmulo.
Já a consciência segue imortal, luminosa ou entenebrecida pelo que se decidiu viver.
Para não ser surpreendido por um coração trevoso, urge aproveitar a dádiva do tempo no trabalho edificante.
Afastar-se da condição inferior, mediante a aquisição de mais alto entendimento.
Sem os característicos da melhoria e do aprimoramento no ato da marcha, o homem é dominado pelas trevas.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Feb.
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER 15-08-2021.
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MENSAGEM DO ESE:
Proveito dos sofrimentos para outrem
– Os que aceitam resignados os sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e tendo em vista a felicidade futura, não trabalham somente em seu próprio benefício? Poderão tornar seus sofrimentos proveitosos a outrem?
Podem esses sofrimentos ser de proveito para outrem, material e moralmente: materialmente se, pelo trabalho, pelas privações e pelos sacrifícios que tais criaturas se imponham, contribuem para o bem-estar material de seus semelhantes; moralmente, pelo exemplo que elas oferecem de sua submissão à vontade de Deus. Esse exemplo do poder da fé espírita pode induzir os desgraçados à resignação e salvá-los do desespero e de suas conseqüências funestas para o futuro.
— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 31.)
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CONCEITOS
Quem divide alegria soma felicidade.
A Verdade entre os homens fala o mesmo idioma.
A fé é uma conquista que a ninguém se transfere.
Difícil reerguer quem se compraz na queda.
Não faz o Sol o que faz a chama de uma vela.
Numerosos caminhos, infinitos encontros.
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Pão da Alma
Irmão José
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PERANTE A DOR
“A dor é uma bênção que Deus nos envia” — diz-nos o verbo iluminado da Codificação Kardequiana, e ousaríamos acrescentar que é também o remédio que solicitamos no limiar da existência terrestre.
Espíritos enfermos e endividados, rogamos, antes do berço, os problemas e as provações suscetíveis de propiciar-nos a alegria da cura e a bênção do resgate.
Entre votos de esperança e lágrimas de angústia, pedimos em prece o reencontro com antigos desafetos de nossa estrada, pedimos as deformidades orgânicas, as moléstias ocultas, as mutilações dolorosas, o pauperismo inquietante, os golpes da calúnia, as desilusões afetivas, a incompreensão dos mais amados e os enigmas do sofrimento junto daqueles que se erigem a posição de nossos credores na Contabilidade Divina; entretanto, em plenitude das energias físicas, quase sempre recuamos ante os cálices de amargura, exigindo conforto imediatista e vantagens materiais, à feição de doentes enceguecidos recusando o medicamento que lhes prodigalizará a recuperação, ou a maneira de alunos preguiçosos e imprudentes fugindo sistematicamente à lição...
Lembremo-nos, pois, de que a luta é concessão celeste e de que a dificuldade é benfeitora do coração.
Aceitamo-las no caminho, nao apenas com a noção da justiça que, por vezes, exageramos até a flagelação da secura, nem somente com o bordão da coragem que, em muitas ocasiões, transformamos em perigosa temeridade mas, acima de tudo, com a humildade da paciência que tudo compreende para tudo ajudar e purificar, na jornada de nossa cruz redentora, pela qual, entre a serenidade e o amor, encontraremos por fim a imortalidade vitoriosa.
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Emmanuel
Psicografia em reunião pública
12 de setembro de 1958
Centro Espírita Uberabense, na cidade de Uberaba (MG)
Livro: Através do Tempo
Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos
LAKE – Livraria Allan Kardec Editora
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