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sexta-feira, 5 de maio de 2023

No balanço das provas


 Não raro deitamos a culpa de nossos fracassos e aflições sobre os outros, todavia, acautelemo-nos contra semelhante atitude. Fixemo-nos, ao revés disso, em nossas infinitas possibilidades de ação e renovação.

Provavelmente, em nossas fraquezas, teremos sido alguma vez defrontados pela tentação de acusar amigos ou adversários, quanto aos acontecimentos desagradáveis que nos ocorrem, no entanto, basta investigar o íntimo para reconhecermos que as nossas falhas e erros pertencem às opiniões e decisões que formamos por nós próprios.

 Todos estamos entrosados uns com os outros, através de vastas cadeias de relações e reações, no intercâmbio espiritual e as experiências que nos são necessárias decorrem de nossa vinculação com o próximo.

Urge, porém, reconhecer que, seja endereçando sugestões a alguém ou recolhendo as sugestões de alguém, responderemos por nossas resoluções. Na oferta ou no aceite de ideias e emoções, formulamos compromissos, porquanto, os princípios de causa e efeito funcionam igualmente nos domínios da palavra empenhada.

 Abstenhamo-nos de atirar culpas e reprovações nos ombros alheios, quando se faz inarredável nossa quota pessoal de débitos na conta dos obstáculos e dificuldades que nos povoem a vida.

Cada qual de nós se rodeia inelutavelmente pelos resultados das próprias obras.

Verifiquemos a nossa parte de responsabilidade nas atribulações do caminho e, abraçando com resignação e serenidade as consequências de nossos gestos menos felizes, refaçamos escolhas e diretrizes sem necessidade de apontar as possíveis faltas alheias.

 Pacifiquemos e aperfeiçoemos a nossa área de ação e estejamos convencidos de que se dermos o melhor de nós, realizando o melhor que se nos faça acessível ao esforço individual, no campo da vida, o Senhor complementar-nos-á o trabalho, fazendo o resto.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Mãos unidas
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05 de maio

Observe a abundância da natureza, da beleza ao seu redor, e reconheça que EU ESTOU em tudo.

Quantas vezes durante o dia, andando de lá para cá, você olha as coisas maravilhosas à sua volta e agradece por elas?

A maior parte do tempo você está tão ocupado que deixa de absorver grande parte desses prodígios que poderiam elevar e refrescar a sua mente.

É uma questão de abrir os olhos e se manter alerta e sensível.

Comece agora a se conscientizar mais das coisas que realmente importam na vida, das coisas que alegram o coração, refrescam o Espírito e elevam a consciência.

Quanto mais beleza você absorver, mais beleza você vai refletir.

Quanto mais amor você absorver, mais amor você terá para dar.

O mundo precisa de cada vez mais amor, beleza, harmonia, compreensão, e você é a pessoa para distribuir tudo isso.

Por que não abrir seu coração e começar agora?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Os trabalhadores da última hora

O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. — Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, — disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. — Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. — Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? — É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.

Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. — Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. — Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. — Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, — dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor.

Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. — Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?

Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 1.)
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Disciplina e Organização


Tarefas se sobrepondo a tarefas, compromissos e mais compromissos não raro desvitalizam o ser, pelo acúmulo de trabalho que lhe exige muito dispêndio de energias, sem repouso.

Disciplina e organização são cuidados que devem ser observados com rigor em relação aos compromissos assumidos, a fim de lhes dar uma ordenação criteriosa, com responsabilidade.

Porém, no afã da realização pessoal, muitas vezes se perde o indivíduo, comprometendo seu tempo, por lhe faltarem a disciplina e a organização.

A rotina sistemática provoca, algumas vezes, no espírito encarnado o desejo de buscar atividades que lhe proporcionem alegria e bem estar, que já não vivencia como outrora, em função da rotina engessada num dia a dia insípido, incolor.

Buscar movimento novo é positivo e louvável, desde que este seja incorporado com organização e disciplina, de forma a permitir o curso equilibrado dos afazeres que já fazem parte do programa existente.

A disciplina é filha dileta da responsabilidade, que exige condutas pautadas nas leis impostas pela moral.

Leis que se encontram ao alcance de todos e que devem ser seguidas com disciplina, como forma de colaborar para a organização de uma sociedade saudável e solidária.

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Miramez
João Nunes Maia
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Corrijamos agora


Em plena vida espiritual, além do caminho estreito da carne, sempre realizamos o inventário de nossas aquisições no mundo.

Em semelhantes ocasiões, invariavelmente nos escandalizamos à frente de nós mesmos e rogamos, então, a Divina Providência a graça do retorno à matéria mais densa, sem as vantagens terrestres que nos serviram de perda.

É por isso que renascemos no mundo com singulares inibições congeniais.

Aqui, é um cego que pediu a medicação da sombra para curar antigos desvarios da visão.

Ali, é um surdo que solicitou o silêncio nos ouvidos, como bênção de reajuste da própria alma.

Mais além, somos defrontados pelo leproso que implorou do Céu a vestimenta de feridas e aflições, como remédio purificador da personalidade transviada do verdadeiro bem.

Mais adiante, encontramos o aleijado de nascença, que suplicou a mutilação natural por serviço valioso de autocorrigenda.

Doenças e amarguras, dificuldades e dores são meios de que nos valemos para a justa reparação de nossa vida, em nós ou fora de nós.

[Assim pois,] atendamos ao aviso do Evangelho, no passo em que nos adverte o Senhor: “Caminhai, enquanto tendes luz”.

Enquanto se vos concede no mundo a felicidade de permanência no corpo físico — templo e formação das nossas asas espirituais para a vida eterna — não procureis o escândalo, a distância de vosso círculo individual!

Escandalizemo-nos conosco, quando a nossa conduta estiver contrária aos princípios superiores que abraçamos.

Estranhemos nossos pensamentos, nossas palavras e nossos atos, quando não se afinem com o Mestre da Cruz, cujo modelo procuramos, e, assim, amanhã não teremos a lamentar maiores faltas, alcançando a vitória sobre nós mesmos, em paz com a nossa própria consciência, em plena Vida Imperecível que nos espera ante o [nosso] Mestre e Senhor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Família
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