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quarta-feira, 5 de junho de 2024

As providências do perdão


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P — Ao transmitir, caro Chico, sua mensagem final aos irmãos de fala Castelhana, rogamos-lhe a gentileza de narrar-nos um dos inúmeros fatos mediúnicos que o sensibilizaram no correr das suas quatro décadas de tarefas ininterruptas de mediunidade com Jesus.

R — Das experiências de nossa tarefa mediúnica, citaremos uma delas, para nós inesquecível.

Nos arredores de Pedro Leopoldo, há anos passados, certa viúva viu o corpo de um filho assassinado, chegando, repentinamente à casa.

Desde então, chorava sem consolo.

O irmão homicida fugira, logo após o delito, e a sofredora senhora ignorava até mesmo porque o rapaz perdera tão desastradamente a vida.

Agravando-se-lhe os padecimentos morais, uma nossa amiga, já desencarnada, D. Joaninha Gomes, convidou-nos a ir em sua companhia partilhar um ligeiro culto do Evangelho, com a viúva enlutada.

A desditosa mãe acolheu-nos com bondade e, logo após, em círculo de cinco pessoas, entregamo-nos à oração.

Aberto em seguida “O Evangelho segundo o Espiritismo”, ao acaso, caiu-nos sob os olhos o item 14 do Capítulo X, intitulado “Perdão das Ofensas”. 

Ia, de minha parte, começar a leitura, quando alguém bateu à porta.

Pausamos na atividade espiritual, enquanto a dona da casa foi atender.

Tratava-se de um viajante maltrapilho, positivamente, um mendigo, alegando fome e cansaço.

Pedia um prato de alimento e um cobertor.

A viúva fê-lo entrar com gentileza, a pedir-lhe alguns momentos de espera.

O homem acomodou-se num banco e iniciamos a leitura.

Imediatamente depois disso, comentamos a lição de modo geral.

Um dos assistentes perguntou à dona da casa se ela havia desculpado o infeliz que lhe havia morto o filho querido, cujo nome passou, na conversação, a ser, por várias vezes, pronunciado.

A viúva asseverou que o Evangelho, pelo menos, lhe determinava perdoar.

Foi então que o recém-chegado e desconhecido exclamou para a nossa anfitriã:

— Pois a senhora é mãe do morto?

E, trêmulo, acrescentou que ele mesmo, era o assassino, passando a chorar e a pedir de joelhos.

A viúva, igualmente, em pranto, avançou maternalmente para ele e falou:

— Não me peça perdão, meu filho, que eu também sou uma pobre pecadora… Roguemos a Deus para que nos perdoe!…

Em seguida, trouxe-lhe um prato bem feito e o agasalho de que o desconhecido necessitava.

Ele, entretanto, transformado, saiu do Culto do Evangelho conosco e foi se entregar à Justiça.

No dia imediato, Joaninha Gomes e eu voltamos ao lar da generosa senhora e ela nos contou, edificada, que durante a noite sonhara com o filho a dizer-lhe que ele mesmo, a vítima, trouxera o ofensor ao seu regaço de mãe, para que ela o auxiliasse com bondade e socorro, entendimento e perdão.

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Emmanuel
Chico Xavier
Entrevista concedida a Salvador Gentile e Elias Barbosa, na Comunhão Espírita Cristã, Uberaba (MG), a 22 de agosto de 1970. Publicada no “Anuário Espírita”.
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05 de junho

Você sabe o que significa amar, sentir seu coração transbordar de amor e gratidão, atingindo a todos que o rodeiam?

É uma deliciosa sensação de bem estar e unidade com a vida.

Todo temor e ódio, toda inveja e mesquinharia desaparecem quando existe o amor, porque então não sobra lugar para as forças destrutivas e negativas.

Quando seu coração estiver frio e você não sentir amor, não desanime, procure algo para amar.

Pode ser algo bem pequeno, mas essa pequena faísca pode inflamar seu coração de amor.

Uma pequena chave pode destrancar uma pesada porta.

O amor é a chave para todas as portas trancadas.

Aprenda a usá-la até que todas as portas tenham sido abertas.

Comece bem aí onde você está.

Abra seus olhos, abra seu coração, perceba uma necessidade e solucione-a.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Limites da encarnação

Quais os limites da encarnação?

A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.

O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.

Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.

Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado.

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– São Luís. (Paris, 1859.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 24.)
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PESSOAS DE TEMPERAMENTO DIFÍCIL


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O caráter distintivo das pessoas é um produto complexo das influências do meio em que viveram desde os primeiros dias como bebê (em alguns casos, mesmo antes, no próprio ventre materno) somado às predisposições inatas (resultado de vidas pretéritas).

Ninguém escolhe ter um temperamento complicado intencionalmente. Quem buscaria, de propósito, edificar para si uma personalidade hipersensível, obsessivo-compulsiva, narcisista, possessivo-agressiva, super dependente, maníaco-depressiva, excessivamente ansiosa ou obcecada por detalhes?

Precisamos compreender e respeitar as dificuldades de mudança das criaturas. Mudar implica longo processo de “demolição / reconstrução”. Não se trata apenas de escutar certas regras de conduta, mas sim de desembaraçar-se de outras tantas acumuladas nas noites do tempo.

Portanto, com que direito decidimos o que está certo ou errado e impomos isso a alguém? Muitos de nós temos o hábito de dar “lições de moral” aos outros. Na vida, cabe-nos tão-só promover diálogos fraternos de ajuda mútua; encontros sinceros de alma para alma.

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Hammed
(Prefácio)
Livro: Conviver e Melhorar – Como Lidar Com os Encontros, Reencontros e Desencontros
Francisco do Espírito Santo Neto, pelos Espíritos Lourdes Catherine e Batuíra
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