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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Compaixão para os ofensores


Realmente, a compaixão é o tratamento mais elevado e mais justo que devemos prestar àqueles que nos ofendem.

Quem sofre com paciência e perdão, solve a dívida do passado ou acumula créditos no porvir, todavia, quem gera flagelação para os outros, não sabe quando conseguirá extinguir a flagelação em si mesmo.

Sempre que insultado pelas trevas da incompreensão, guarda a serenidade e auxilia sempre.

 A cabeça do calculista, que se aproveita do raciocínio para estender a penúria, pode amanhã transformar-se no esconderijo da loucura, e as mãos que apedrejam serão talvez mirradas pela atrofia.

A alma do desertor encontra os fantasmas que teme e o verbo do maldizente talvez amanhã será compelida à dolorosa mudez.

Os olhos que se alegram na crueldade conhecerão a cegueira e os pés que se movimentam na distribuição da calúnia passarão, muitas vezes, por terríveis mutilações.

Compadece-te de todos os que se confiam ao mal, porque ninguém sabe quantas lágrimas chorará o mandante do sofrimento nas grades do remorso, para lavar-se contra o lodo da culpa.

Arma-te de coragem para fazer o bem, ainda mesmo que espinheiro e nuvens, fogo e fel te cruzem a jornada escabrosa na Terra, porque só o bem é capaz de fundir as algemas do ódio, convertendo-as em divinos laços de amor.

 Recorda o Cristo, bendizendo aqueles que Lhe chagaram o coração e segue adiante, abençoando e servindo sempre, na certeza de que os carrascos de hoje serão, sem dúvida, os penitentes de amanhã, sentenciados não por ti mas pelo estigma do remorso que lavram, desprevenidos e insensatos, em desfavor de si mesmos.

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Emmanuel
Chico Xavier
Escrínio de luz
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17 de junho

Tenha sempre em mente que todos os caminhos conduzem a Mim.

Alguns têm mais curvas e são mais tortuosos que os outros.

Alguns parecem estranhos e desnecessários, mas não se preocupe.

Permita que cada alma encontre e trilhe seu próprio caminho.

Saiba que todos atingirão o mesmo fim: a realização de sua unidade coMigo.

Existe um caminho reto e estreito que leva diretamente a Mim, mas ele parece simples demais para certas almas que não podem aceitar que ele leva a Mim.

Elas preferem escolher caminhos mais difíceis e cheios de desvios, acreditando que com sacrifício e sofrimento ganharão mais merecimentos.

Todo esse esforço é desnecessário, mas os seres humanos têm livre arbítrio e são completamente livres para escolher seus próprios caminhos. Portanto, viva e deixe viver, sem criticar os seus semelhantes.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Convidar os pobres e os estropiados. Dar sem esperar retribuição

Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem os vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vós receberam. — Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos. — E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos.

Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (S. LUCAS, cap. XIV, vv. 12 a 15.)

“Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres e os estropiados.” Estas palavras, absurdas, se tomadas ao pé da letra, são sublimes, se lhes buscarmos o espírito. Não é possível que Jesus haja pretendido que, em vez de seus amigos, alguém reúna à sua mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada e, para os homens incapazes de apanhar os delicados matizes do pensamento, precisava servir-se de imagens fortes, que produzissem o efeito de um colorido vivo. O âmago do seu pensamento se revela nesta proposição: “E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir.” Quer dizer que não se deve fazer o bem tendo em vista uma retribuição, mas tão-só pelo prazer de o praticar. Usando de uma comparação vibrante, disse: Convidai para os vossos festins os pobres, pois sabeis que eles nada vos podem retribuir. Por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais.

Todavia, aquela advertência também pode ser aplicada em sentido mais literal. Quantos não convidam para suas mesas apenas os que podem, como eles dizem, fazer-lhes honra, ou, a seu turno, convidá-los! Outros, ao contrário, encontram satisfação em receber os parentes e amigos menos felizes. Ora, quem não os conta entre os seus? Dessa forma, grande serviço, às vezes, se lhes presta, sem que o pareça. Aqueles, sem irem recrutar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 7 e 8.)
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O que fazes


A vida passa e passam as oportunidades de trabalho, fora e dentro de nós.

Se nos faltar a observação do que fazemos e deixamos de fazer, praticamos irregularidades constantemente, sem percepção das falhas. Isso é falta grave porque, se não vigiamos a nós mesmos, que contas poderemos dar ao Senhor das nossas obrigações?

Regularizemos os nossos passos; que eles sejam conscientes, porque é na consciência que disciplinamos os nossos atos e consertamos a nossa conduta.

Se os outros nos perguntam o que fazemos, como responder, se não participamos conscientemente dos nossos atos? Sempre, nessa resposta, entramos com um pouco

de mentira. Quando nos referimos aos outros, temos o prazer de dizer a verdade ? Isso, quando não exaltamos os erros dos companheiros. Isso não é auto-defesa, é querer iludirnos a nós mesmos, sem medir as consequências advindas desse jogo de irresponsabilidades.

É dever da criatura participar positivamente de todas as manifestações dos seus desejos, de tudo que faz, pois se responde pelo que faz, é de lei que deve saber o que fazer.

Nós, por natureza, somos frios no tocante à nossa própria conduta. Não há interesse em reparar com urgência as nossas faltas. No entanto, a língua coça ante os desequilíbrios alheios. Propagamos os erros de nossos companheiros com ênfase que chega a impressionar até a nós mesmos. Onde arranjamos tanta energia, tanta disposição para tal evento negativo? Mas, diante dos nossos feitos, não necessitamos ter cursos em nenhuma escola para arranjarmos os mais requintados argumentos que falseiam a verdade e nos colocam como vítimas, culpando os outros.

A tomada de luz, da nossa parte, está sempre ligada, mas a dos nossos irmãos, cortamo-la até os fios. É por isso que a Doutrina Espírita, interpretando Jesus, trouxe a missão de revelar aos homens, que tudo o que fizermos aos outros , estaremos fazendo a nós mesmos. O que damos, recebemos. O que negamos, ser-nos-á negado. Haveremos de

bater nesta tecla até que saia a nota, ou, melhor ainda, a música. A criatura que começa a analisar a si mesma, fazendo-se juiz dos próprios feitos, começa a despertar para a luz de Deus. O homem, sabendo que, dentro de si, existe um celeiro de talentos a serem usados, mudará o roteiro que antes percorria inconscientemente.

Não tenhas medo de pesquisar a tua própria vida. É nesta análise profunda que terás a intuição das mudanças necessárias para que se estabeleça a paz no teu coração.

Nunca deves temer, quando te perguntarem o que fazes no caminho. A tua boca será instrumento da tua consciência e a tua consciência liberará o que o espírito verdadeiramente é, com o prazer de dizer a verdade.

Nos primeiros dias da tua reforma de ideias, senão de palavras, por vezes atentados inúmeros aparecerão pela rejeição dos órgãos, quanto mais da mente viciada a hábitos que não condizem com a moral evangélica.

Mas, se te dispuseres a lutar, a subir o próprio calvário para a glória da vida rumo à libertação, não deves esmorecer, e seguirás até o fim, que o Sol sairá em teu coração com todo o esplendor, depois que fizeres a tua parte, dentro da grande parte feita por Deus.

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Lancellin
João Nunes Maia
Obra: Cirurgia Moral
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