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terça-feira, 5 de novembro de 2024

A boa parte



“Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada.” – Jesus. (LUCAS, 10:42.)

Não te esqueças da “boa parte” que reside em todas as criaturas e em todas as coisas.

O fogo destrói, mas transporta consigo o elemento purificador.

A pedra é contundente, mas consolida a segurança.

A ventania açoita impiedosa, todavia, ajuda a renovação.

A enxurrada é imundície, entretanto, costuma carrear o adubo indispensável à sementeira vitoriosa.

Assim também há criaturas que, em se revelando negativas em determinados setores da luta humana, são extremamente valiosas em outros.

A apreciação unilateral é sempre ruinosa.

A imperfeição completa, tanto quanto a perfeição integral, não existem no plano em que evoluímos.

O criminoso, acusado por toda a gente, amanhã pode ser o enfermeiro que te estende o copo dágua.

O companheiro, no qual descobres agora uma faixa de trevas, pode ser depois o irmão sublimado que te convida ao bom exemplo.

A tempestade da hora em que vivemos é, muitas vezes, a fonte do bem-estar das horas que vamos viver.

Busquemos o lado melhor das situações, dos acontecimentos e das pessoas.

“Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada” – disse-nos o Senhor.

Assimilemos a essência da divina lição.

Quem procura a “boa parte” e nela se detém, recolhe no campo da vida o tesouro espiritual que jamais lhe será roubado.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte viva
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05 de novembro

Aceite a ideia que você é um com a vida, aceite que você é um coMigo.

Não se esquive disto, achando que você não é digno de aceitar nossa unidade.

Esse sentimento de indignidade é o que separa os indivíduos de Mim, seu criador.

Por tempo demais as pessoas têm sido ensinadas que são pecadoras miseráveis e que não são dignas de andar e falar coMigo.

Por tempo demais elas se mantiveram separadas de Mim, até que elas já não mais Me conhecem, não mais percebem que EU ESTOU entre elas.

Expulse para sempre todos os falsos conceitos que você tem de Mim.

EU ESTOU dentro de você.

Aceite com alegria e encantamento a nossa unidade.

Aceite isto como uma criança bem pequena e não perca tempo e energia tentando destrinchar isto na sua cabeça.

Se você tenta encarar esta vida intelectualmente, você perde muito tempo e deixa de ver a simplicidade de tudo.

Meus caminhos são simples; pare de torná-los complicados para você mesmo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM O ESE:

Maneira de orar

O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar! Que importam ao Senhor as frases que maquinalmente articulais umas às outras, fazendo disso um hábito, um dever que cumpris e que vos pesa como qualquer dever?

A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até àquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.

A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: “Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende.” Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: “Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças.” Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós.

Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas. A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles. Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física? Não é ato de reconhecimento o elevardes a ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?! Não é ato de contrição o vos humilhardes diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me forças para não falir de novo e coragem para a reparação da minha falta?!

Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica. Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional.

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— Monod. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 22.)
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Modo de olhar


As pessoas são como nós: nem tão boas quanto imaginamos, nem tão más quanto pensamos!

Assim, não exijamos de ninguém o comportamento que não temos...

Que tome as atitudes que não tomamos...

Ou que não nos decepcione qual não deixamos de decepcioná-las!

As pessoas não têm a obrigação de ser conforme queremos que elas sejam - nem os nossos filhos!

Cada espírito com sua trajetória, com suas necessidades e experiências a serem vivenciadas.

Se quisermos ser amados como somos, cabe-nos amar as pessoas como elas são.

Isto é compreensão da Vida em sua essência.

Sendo, há milênios, esperados por Deus, por que não podemos esperar por alguém alguns poucos anos?

O amor não é um cinzel sobre a pedra - o amor é uma luz sobre ela...

Quem ama uma pessoa, não a ama por suas virtudes ou mazelas - simplesmente a ama!

Não raro, os filhos enfermos e problemáticos merecem de seus pais maior amor do que aqueles que já não os preocupam tanto.

Foi pelos mais doentes que Jesus se submeteu ao sacrifício de vir à Terra.

Olhemos para as pessoas que nos testam a paciência e colocam à prova nossa capacidade de perdoar como quem olha para um anjo que ainda não nasceu.

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Inácio Ferreira
Carlos A. Baccelli
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