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sábado, 7 de julho de 2012

Autovalorização



O zelo de si mesmo, sem as devidas precauções, pode levar a pessoa ao amor próprio, passando ao fanatismo inspirado pelo egoísmo e pelo orgulho.

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O autólatra vai aos poucos desconhecendo os valores alheios, Jesus e senão o próprio Deus, passando a não acreditar nos espíritos que o assistem de momento a momento. Convence-nos a razão, iluminada pelos sentimentos do Amor, que a auto-admiração é um mal de cura difícil, pois se alicerça nos princípios do conforto próprio, le vando a pessoa a acreditar nas suas próprias forças e se tornar desapercebida da ajuda dos companheiros, tão visível como a luz do sol, a chuva e os ventos.


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A autolatria é o mal do século.
Tudo o que fazemos, defendemos sem o timbre do raciocínio e sem a presença do bom senso.
Se alguém nos chama e nos mostra o erro que cometemos, sentimo-nos feridos nos melindres, mesmo que a evidência prove que estamos realmente errados.
A hora da humildade não aparece, por ser interrompida pelo orgulho e pela vaidade. Somente nós fazemos as coisas certas.
Desprezamos a cooperação alheia, se estamos no conforto, na boa posição ou em simulada tranquilidade.
Buscamos a ajuda do próximo, quando estamos em aflições.

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É por esta verdade que a dor não pode, por enquanto, deixar-nos a sós no campo de lutas indispensáveis.
A autovalorização perturba a nossa consciência.
Quem realmente carrega no coração os valores eternos do espírito não precisa anunciar. Tais atributos se irradiam, contaminando todas as coisas e fazendo-se visíveis, pelos sentimentos, a todas as criaturas.
Quem se arvora em mostrar o que não é, carece da qualidade que apregoa ter.
As falsas profecias são aquelas que valorizam o próprio anunciador.

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Esquece-te de ti mesmo, no que tange aos teus feitos, procura fazer todo o bem em silêncio, porque tudo o que fizeres de bom, se reverterá em benefício para ti mesmo.
Deixa aos outros o falar do bem que fazes, mas cuida de não te envaideceres a propósito do que ouves daqueles que te amam.

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Deves observar a fala dos teus inimigos, pois ela te apontará os teus verdadeiros defeitos e, como médico de ti mesmo, faze a cirurgia moral, cicatrizando-a com as bênçãos da fé e da vontade firme de não mais errar.

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Presta atenção em certos companheiros que se dedicam à auto-santificação e vê como eles permanecem mortos no conhecimento da verdade, pois seus próprios amigos os criticam na ausência, desmerecendo seus valores.

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Toma cuidado com a tua boca para não fazeres o mesmo.
O bem que fazes é a tua obrigação.
Por que anunciar, colocando-te em lugares que ainda não mereces?
Todo trabalhador é digno de seu salário e a justiça é que cuida de pagar a quem realmente tem méritos.
Não se faz necessário cobrar da Justiça, pois ela conhece e sabe quem fez jus ao soldo divino que acomoda a consciência.
Toda alma que anda falando "eu fiz isso fiz aquilo e aquilo outro" mostra a própria inferioridade no que fala, porque o verdadeiro sábio e santo não se sente bem quando ressaltam seus valores.
Os sábios nunca falam de si mesmos, tudo fazendo pela paz da coletividade e por amor aos semelhantes.
E quem trabalha por amor não deseja falar: anuncia pelo exemplo.
Vamos nos esforçar para fazer o mesmo que fizeram os grandes espíritos.
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O texto é do Espírito Lancellin, psicografia de João Nunes Maia, livro Cirurgia Moral, capítulo 44.

"Agradecemos a correção!"







Um comentário:

  1. O texto é do Espírito Lancellin, psicografia de João Nunes Maia, livro Cirurgia Moral, capítulo 44.

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