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sábado, 25 de fevereiro de 2012

TEOLOGIA MORAL DA MANGA



Rubem Alves

O velho caipira, com cara de amigo, que encontrei num Banco, estava esperando para ser atendido.

Ele ia abrir uma conta. Começo de um novo ano...

Novas perspectivas...

E como não podia deixar de ser, também começou ali um daqueles papos de fila de banco. 

Contas, décimo terceiro que desapareceu, problemas do Brasil, tsunami...

Será que vai chover?

Mas em determinado momento a conversa tomou um rumo:

"Qual é então o maior problema do Brasil para ser resolvido?"

E aí o representante rural, nosso querido "Mazaropi da modernidade" falou com um tom sério demais para aquele dia:

"O Maior Problema do Brasil é que sobra muita manga!"

Tentei entender a teoria...Fez-se um silêncio e ele continuou:

"O senhor já viu como sobra manga hoje debaixo das árvores? Já percebeu como se desperdiça manga?"

"Sim... Creio que todos já percebemos isto... Onde tem pé de manga, tem sobrado manga..." 

E aí ele continuou:

"Num país onde mendigo passa fome ao lado de um pé de manga... 

Isso é um absurdo! Num país que sobra manga tem pouca criança. Se tiver pouca criança as casas são vazias... 

Ou as crianças que tem já foram educadas para acreditar que só "ice cream" e jujuba são sobremesas gostosas.

Boa é criança que come manga e deixa escorrer o caldo na roupa...

É sinal que a mãe vai lavar, vai dar bronca, vai se preocupar com o filho. Se for filho tem pai... 

Se tiver pai e manga de sobremesa é por que a família é pobre...

Se for pobre, o pai tem que ser trabalhador...

Se for trabalhador tem que ser honesto... 

Se for honesto, sabe conversar... 

Se souber conversar, os filhos vão compreender que refeição feliz é ter manga que é comida de criança pobre e que brinca e sobe em árvore... 

Se subir em árvore, é por que tem passarinho que canta e espaço para a árvore crescer e para fazer sombra... 

Se tiver sombra tem um banco de madeira para o pai chegar do trabalho e descansar...

Quem descansa no banco, depois do trabalho, embaixo da árvore, na sombra, comendo manga é por que toca viola... 

E com certeza tá com o pé na grama... 

Quem pisa no chão e toca música tem casa feliz... 

Quem é feliz e canta com o violeiro, sabe orar...

Quem sabe orar sabe amar...

Quem ama, se dedica...

Quem se dedica, ama, ora, canta e come manga, tem coração simples... 

Quem tem coração assim, louva a Deus.

Quem louva a Deus, não tem medo...

Nada faltará porque tem fé... 

Se tiver fé em Deus, vê na manga a providência divina... 

Come a manga, faz doce, faz suco e não deixa a manga sobrar... 

Se não sobra manga, tá todo mundo ocupado, de barriga cheia e feliz. 

Quem tá feliz... não reclama da vida em fila do banco..."

Daí fez-se um silêncio...

Lições de vida para famílias



Em seu livro “lições de vida para famílias”, Maria Tereza Maldonado enumera diversas sugestões que têm por objetivo auxiliar as pessoas a construir uma família harmoniosa, saudável e feliz.
Entre elas podemos ressaltar as seguintes:

Primeira: escute com atenção antes de falar; tente entender o que a pessoa realmente está dizendo, que pode ser muito diferente do que você acha que ela quer dizer.

Segunda: gentileza e boas maneiras são essenciais para construir um bom convívio familiar.

Terceira: aumente as opções de atividades prazerosas com seus familiares: conversar, brincar e jogar, ver bons filmes, passear.

Quarta: demonstre seu interesse em saber o que seus familiares estão fazendo, experimentando ou descobrindo na vida.

Quinta: para enviar mensagens fortes e eficazes para seus familiares, procure ter coerência entre palavras, gestos e atitudes.

Sexta: se você diz ‘não’ com muita freqüência, aprenda a dizer ‘sim’ com carinho. Se você diz ‘sim’ demais, aprenda a dizer ‘não’ sem culpa.

Sétima: tente criar, junto com seus familiares, maneiras eficazes de simplificar a vida para torná-la mais pacífica e prazerosa.

Oitava: aprender a tolerar frustrações é essencial para desenvolver paciência, compaixão e compreensão.

Nona: cada membro da família precisa descobrir meios eficazes e saudáveis de descarregar as tensões inevitáveis do dia-a-dia sem maltratar os outros.

Décima: os laços de sangue não garantem automaticamente a existência do amor, que precisa ser constantemente criado e bem cuidado ao longo da vida.

O fato de estarmos inseridos em um determinado grupo familiar é uma abençoada oportunidade que nos é oferecida pelo Pai Criador.
*
Os laços familiares que hoje nos envolvem são aqueles que nos são necessários ao nosso crescimento e desenvolvimento moral e espiritual.
*
As dificuldades de relacionamentos, tão estranhas e inaceitáveis aos olhos do mundo, podem ter causa em fatos pretéritos que escapam às nossas lembranças.
*
Os filhos difíceis de hoje podem ser cúmplices ou vítimas de nosso passado equivocado.
*
Podemos ter sido seus algozes ou aqueles que, pensando agir por amor, possamos ter-lhes desviado do bom caminho.
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Encontrarmo-nos hoje nesse grupo familiar não é obra do acaso, nem da desdita.
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Em tudo há sempre a mão e a autorização de Deus.
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Eis aí uma nova chance de resgate e de reparação.Aproveitemo-la.
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Façamos a parte que nos cabe, nessa nobre tarefa que é viver em família.
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Sejamos dignos, honrando os compromissos que assumimos perante Deus e perante os homens, educando os pequeninos e educando a nós próprios.
*
Vençamos os vícios que ainda azedam nossos dias e infelicitam nossos companheiros de jornada.Abandonemos a reclamação vazia e inócua.
*
Superemos a preguiça e a omissão.
*
Abracemo-nos e unamo-nos em prol desse objetivo tão importante e básico que é viver bem em família, a fim de que possamos conviver do mesmo modo com toda a humanidade.



Reeducandos


Os nossos irmãos reeducandos, residentes em setores de segregação construtiva, não se encontram sozinhos.
*
Em todos os lugares de Terra, surpreendemos os sentenciados de variada espécie, dentre os quais se destacam:

os presidiários retidos em provações de longo curso;

os emparedados no remorso que carregam o peso de culpas inconfessadas;

os detentos da rebeldia, que não se satisfazem com os recursos que a vida lhes coloca nas mãos;

os encarcerados em sofrimentos claramente voluntários que recusam qualquer saída para a luz do espírito;

os prisioneiros da inconformação que não aceitam as diretrizes do trabalho para o bem, que se lhes oferece por terapêutica de libertação;

os encadeados na angústia que se acham isolados nas celas de reflexão que se lhes fazem necessárias ao próprio burilamento.
*
Diante de companheiros considerados delinquentes abstém-te de condená-los.
*
Todos nós, espíritos em evolução na Terra, somos os viajores dos milênios e estamos ainda em processo regenerativo, à vista das imperfeições que nos marcam o espírito.
*
E se pudéssemos rasgar o peito, à frente de nossos interlocutores e companheiros do cotidiano, certamente que eles todos conseguiriam ler este letreiro, gravado a fogo e lágrimas, em nossos corações:


“Compadece-te de mim!... “
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Emmanuel
Chico Xavier


 


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

JESUS ESPERA



Ao pé de cada coração desventurado, Jesus nos espera em silêncio.

Desgostos em família apareceram, criando-te problemas...

Conta os dias de júbilo e segurança que o lar te concedeu e perceberás que os
contratempos de hoje são leves nuvens que a força do tempo desfará.

Sorri, trabalhando e aprendendo, auxiliando e amando sempre.

Observa:
 toda a Natureza, por livro de Deus, em qualquer parte, 
parece um cântico de louvor ao auxílio.
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Meimei
Chico Xavier

 



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sombra própria


Um dia, num contato com um psicólogo de renome nacional, disse a ele que minha meta era alcançar serenidade. Que eu estou perseguindo “ser sereno” diante das mais contraditórias situações. E perguntei a ele: qual a melhor receita?

A resposta é o título deste artigo: 
Admita tua sombra! 
Quis saber mais: como assim?

E o complemento à resposta inicial: Admita teu lado “mais negro”, teus equívocos, teus fracassos, tua “maldade interior” em muitos casos, tuas fraquezas, dúvidas e questionamentos.

 Enfim, admita aquilo que você realmente é. 

Agindo assim e compreendendo as próprias limitações, você compreenderá mais os equívocos alheios, as dificuldades e fraquezas alheias.

 Com isto você não exigirá nada de ninguém, nem tentará mudar as pessoas à sua maneira de pensar, nem tampouco terá como criticá-las ou censurá-las, pois as limitações alheias são igualmente as tuas.

 E, com isto, você não se cobrará tanto, nem cobrará os outros; igualmente perceberá que não detém direitos sobre a vida alheia e em conseqüência, diminuirá as próprias neuroses e motivos que tragam o stress tão comum aos nossos dias. 

Assim você conquistará a serenidade e perceberá que ela é realmente uma grande conquista, quando passamos a compreender a nós mesmos, aos outros e ao próprio mecanismo da vida.

Sábia resposta! 

E trouxe um exemplo interessante de convívio com o público. 

Uma moça o questionou publicamente porque só atraía pessoas mal intencionadas para o próprio convívio. 

Toda e qualquer pessoa que dela se aproximava tentava explorá-la, tinha má conduta, fazia-a sofrer e concluiu: 

Só atraio gente que não presta! Por que isso?

E a resposta dura, categórica:

 É porque você não presta!

 – Como? engoliu seco a moça. 

É porque você não presta, repetiu o psicólogo.

 E explicou diante do impacto causado pela resposta:

 Melhore a própria conduta moral, o comportamento, e você verá que o quadro se altera. 
Você atrairá pessoas que sintonizam com seu novo modo de ser.

É duro, mas é realidade. Trata-se de mera questão de sintonia, de atração mesmo. Assim em tudo na vida.

A causa de nossos fracassos e quedas, de equívocos e situações adversas, é nossa mesma.

 Está coerente com nosso estágio de amadurecimento moral e intelectual. 

Mas isto não é motivo de preocupação ou desânimo. 

É muito mais um estímulo para que procuremos melhorar a cada dia para construir a própria felicidade.

 A começar com a admissão da sombra que ainda carregamos interiormente.
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Orson Peter Carrara



Para Ser Feliz


“E não nos cansemos de fazer o bem, porque há seu tempo ceifaremos, 
se não houvermos desfalecido”. – PAULO. (Gálatas, 6.9).

Confia em Deus.
Aceita no dever de cada dia a vontade do Senhor para as horas de hoje.
Não fujas da simplicidade.
Conserva a mente interessada no trabalho edificante.
Detém-te no “lado bom” das pessoas, das situações e das coisas.
Guarda o coração sem ressentimento.
Cria esperança e otimismo onde estiveres.
Reflete nas necessidades alheias, buscando suprimi-las ou atenuá-las.
Faze todo o bem que puderes, em favor dos outros sem pedir remuneração.
Auxilia muito.
Espera pouco.
Serve sempre.
Espalha a felicidade no caminho alheio, quanto seja possível.
Experimentemos semelhantes conceitos na vida prática e adquiriremos a luminosa ciência de ser feliz.
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Emmanuel
Chico Xavier



 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sem Deixar para Amanhã




A vida sempre surpreende. Ou talvez se deva dizer que a morte surpreende a vida? Afinal, ela sempre aparece em momento inoportuno.

Quando estamos para nos aposentar e gozar do que consideramos um merecido descanso. Ou quando estamos nos preparando para o casamento.

Ou, ainda, quando acabamos de passar por um concurso que nos garantiria uma carreira de sucesso.

Por isso mesmo, nunca devemos deixar para amanhã as declarações de afeto.

Por vezes, tivemos um professor que nos influenciou muito e realmente deu sentido, propósito e direção à nossa vida. Entretanto, nunca reservamos um tempo para lhe agradecer.

De repente, ele morre e ficamos a pensar:

“Meu Deus, ao menos eu deveria lhe ter escrito uma carta.”

De outras, brigamos com alguém e punimos a pessoa com nosso silêncio. Passam-se os dias, os meses, os anos.

E continuamos com a punição. Aí a pessoa morre.

O que acontece? Quase sempre o remorso nos alcança e começamos a cogitar:

“Eu devia ter falado com ela.”

Para compensar a nossa culpa, vamos à floricultura e compramos muitas flores, para enfeitar o caixão, a sala mortuária, o túmulo.

Teria sido muito mais compensador ter comprado algumas flores antes, um pequeno ramalhete e ter tentado fazer as pazes. Reatar a afeição.

É até possível que a pessoa rejeitasse as flores, as jogasse no chão. E nos desse as costas. Mas, então, o problema não seria mais nosso, mas exclusivamente dela.

Um dos exemplos mais comoventes a respeito do arrependimento por deixar para depois, nos vem de uma carta escrita por uma jovem americana ao namorado.

É mais ou menos assim:

“Lembra-se do dia em que eu pedi emprestado seu carro novo e o amassei?

Achei que você ia me matar, mas você não me matou.

Lembra-se de quando eu o arrastei para ir à praia, e você disse que ia chover, e choveu?

Pensei que você fosse dizer: ‘eu não a avisei?’, mas você não falou.

Lembra-se da época em que eu paquerava todos os rapazes para lhe fazer ciúmes, e você ficava com ciúmes?

Achei que você fosse me deixar, mas você não me deixou.

E quando deixei cair torta de amora nas suas calças novas?

Pensei que você nunca mais fosse olhar para mim, mas isso não aconteceu.

E quando me esqueci de lhe dizer que o baile era a rigor, e você apareceu de jeans?

Achei que você fosse me bater, mas você não me beu'>ateu.

Havia tantas coisas que eu queria fazer para você quando você voltasse do Vietnã...

Mas você não voltou...” 

Não permitamos que a morte arrebate a chance de dizermos o quanto amamos as pessoas.

O quanto elas são importantes para nós. Pode ser uma avó, um irmão, um amigo.

Não necessariamente somente pessoas do círculo familiar. Aprendamos a esboçar gestos de amor e a dizer palavras que alimentam a alma do outro.

Mesmo que um dia alguém nos tenha dito que não é bom o outro saber que o amamos, porque se aproveitará de nós.

Mesmo que outro alguém tenha insinuado que parecemos tolos quando ficamos afirmando a intensidade do nosso amor, da nossa amizade e da nossa ternura.

O ser mais perfeito que andou pela Terra, o Mestre Galileu, não temeu demonstrar amor e dizer:

“Amai-vos como eu vos amei.”
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Redação Momento Espírita


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Vitórias Utópicas


As vitórias das questões ilegais são utópicas.

Deixam paladar de amargura. Injustas, ferem os outros, não podendo beneficiar, realmente, a ninguém.

Quem edifica sobre terreno alheio, termina por perder a construção.

Nunca será justa a alegria conseguida no rio das lágrimas alheias.

Cuida bem das tuas causas e luta somente quando tiverem o apoio legal e se firmarem nos alicerces da moral
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Joanna de Ângelis



 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Coisas boas


Procure não ler coisas desagradáveis e tristes, escândalos e desastres.

Leia e pense somente o que é bom e puro, belo e verdadeiro.

Afirme a si mesmo que estes são os únicos estados dignos de Deus e do homem.

Não converse sobre suas doenças, dificuldades ou pobreza.

Quanto mais falar nisso, mais as agravará.

Converse apenas sobre fartura e saúde, e viva com otimismo e alegria.
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Pastorino






domingo, 19 de fevereiro de 2012