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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Compreensão



As frequentes guerras que ocorrem em certas partes do mundo costumam causar estupefação.
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Será que os habitantes desses países não percebem o quanto seu comportamento é desarrazoado?
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Para viver em paz, não compensaria um esforço com vistas ao entendimento?
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Por que não ceder em algumas coisas, em nome de uma vida mais digna?
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Tais reflexões frequentemente povoam nosso pensamento.
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Assumindo a postura de virtuosa indignação com os desatinos desses irmãos de longe, não percebemos que cometemos o mesmo equívoco que eles, em nosso dia-a-dia.
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Felizmente, não jogamos bombas nos vizinhos e nem metralhamos os parentes.
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Mas muito pouco nos esforçamos para compreender os valores e as dificuldades do próximo.
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A falta de compreensão é a origem de toda discórdia, grande ou pequena.
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Se nos colocássemos no lugar do outro, antes de condená-lo, certamente seríamos menos rigorosos em nosso julgamento.
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Há em nossa sociedade o lamentável hábito da maledicência.
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Quando alguém comete um equívoco, não tardam os comentários maldosos sobre sua pessoa.
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Isso ocorre com quem demonstra desequilíbrios na área da sexualidade, não possui bom desempenho profissional ou enfrenta dificuldades financeiras, dentre inúmeras outras situações.
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A falha de alguém parece ser a senha que autoriza a sociedade a comentar sua vida, denegrindo-o.
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As virtudes e os esforços do faltoso são desconsiderados, realçando-se os seus pretensos defeitos.
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O espantoso é que esse hábito nefasto grassa em uma sociedade cuja maioria absoluta afirma-se cristã.
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Ocorre que ser cristão não significa apenas afirmar-se como tal, mas se revela no esforço para seguir as lições e os exemplos do Cristo.
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E Jesus, quando confrontado com a multidão que desejava apedrejar a pecadora, foi muito claro.
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Ante a surpresa geral, o Amigo Divino sentenciou:

“Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra”.
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Malgrado a clareza da lição, quase dois milênios mais tarde, a apressada condenação do semelhante ainda é uma constante.
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Entretanto, para fazer juízo sobre determinada situação, é necessário conhecer todos os seus aspectos.
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Em relação a alguém que nos parece leviano, o que sabemos de sua vida?
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Temos conhecimento da educação e dos exemplos que recebeu em casa, durante a infância?
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Cogitamos sobre as inúmeras tentações a que resistiu, antes de sucumbir?
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Conhecemos a solidão que lhe caracteriza os dias?
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Temos noção das dificuldades com que diariamente convive?

Podemos vislumbrar a enormidade de seu desconforto ou de seu remorso?
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Tais reflexões bem evidenciam o quanto somos rasos e apressados em julgar o semelhante, que talvez possua uma fibra moral bem maior do que a nossa.
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Na verdade, para julgar alguém seria necessário ter vivido a sua tragédia, partilhado a sua dor, em toda a extensão.
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Somente assim saberíamos o real motivo de suas ações.
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Na falta desse conhecimento, é medida salutar abstermo-nos de comentar a vida alheia.
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Façamos um esforço para compreender quem nos parece em falta.
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Reflitamos sobre a condição humana de nossos semelhantes, falhos como nós mesmos, colocando-nos na posição de irmãos, não de juízes.
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Afinal, como afirmou Jesus, apenas aquele que está sem pecado pode atirar a primeira pedra.
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Portanto, antes de atirar pedras em alguém, faça uma analise da sua própria conduta.
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E, por fim, lembre-se: Jesus não tinha pecados, e ainda assim não atirou pedras na mulher equivocada.
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Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita







Um comentário:

  1. Bom dia querida amiga embora ja faça bastante tempo que estou em falta com voce guardo=a em meu coração sempre passei para uma visitinha matando saudades bjs com carinho marlene

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Obrigada pelo comentário.