No
torvelinho das preocupações em torno dos familiares queridos, pausemos,
de algum modo, para enxergá-los, não com os olhos da afeição possessiva,
e sim na posição de criaturas de Deus, como são, tanto quanto nós.
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Queríamos
talvez que eles crescessem pelos nossos padrões; no entanto, possuem
caminhos outros pelos quais chegarão às mesmas fontes da fé em que se
nos apoia a existência.
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Desejávamos
pensassem pelas ideias que nos orientam a estrada, mas trazem consigo
vocações e tendências, ideal e visão muito diversos daqueles que nos
caracterizam a marcha.
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Aspirávamos
a tê-los no mesmo trabalho que mais se nos adapta à maneira de ser;
todavia, nem sempre se destinam a fazer aquilo que nos compete realizar.
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Anelávamos
situá-los nos figurinos de felicidade que nos parecem mais justos e
aconselháveis; entretanto, permanecem guiados pelo Governo da Vida para
outros tipos de felicidade que ainda não chegamos a conhecer.
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Às
vezes, não nos conformamos ao vê-los sofridos ou inquietos, porém, é
forçoso considerar que, como nos ocorre, estarão carregando débitos e
compromissos que, nem nós e nem eles, resgataremos sem dificuldade ou
sem dor.
*
Por
tudo isso, aprendamos a observar nos entes amados criaturas
independentes de nós, orientadas frequentemente, noutros rumos e
matriculadas em outras classes, na escola da experiência.
*
E,
acima de tudo, reconhecendo quão importante se faz a liberdade para o
desempenho das obrigações que nos foram assinaladas, saibamos respeitar
neles a liberdade que igualmente desfrutamos, perante as Leis do
Universo, a fim de crescerem e se aperfeiçoarem na condição de livres
filhos de Deus.
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EMMANUEL
Chico Xavier
Chico Xavier
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