Um minuto pode resultar em decênios de sofrimentos para consertar os estragos que fazemos em nossa biografia espiritual, quando não exercitamos o perdão.
Dois condôminos de um prédio discutiram sobre vagas na garagem coletiva. Irritaram-se. Gritaram.
Ofenderam-se, com a inconsequência de quem fala o que pensa, sem pensar no que fala.
Finalmente, agrediram-se fisicamente e o mais fraco fuzilou o mais forte.
Resultado: um foi para o cemitério e o outro para a prisão.
Ambos comprometeram-se infantilmente: o morto retornou prematuramente à vida espiritual, interrompendo seus compromissos, situando-se em lamentáveis desajustes O assassino assumiu débitos cujo resgate lhe exigiu muitas lágrimas e atribulações.
Isso, sem falar das famílias desamparadas...
Não raro, esses desentendimentos geram insidiosas obsessões. O morto transforma-se em verdugo, empolgado pelo desejo de fazer justiça com as próprias mãos.
Ninguém pode prever até onde irão os furiosos combates espirituais entre dois desafetos, um na Terra e outro no Além.
Tudo isso por quê?
Porque erraram na escolha dos verbos e das ações.
Usaram o verbo revidar sendo que o certo seria relevar.
Relevar sempre!
Revidar jamais!
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André Luiz
Chico Xavier
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