O homem perde muito tempo sobre a Terra.
Estaciona por longos anos à margem da estrada que lhe compete percorrer.
Distancia-se de suas possibilidades.
Vê passar a juventude.
Assiste ao declínio das forças físicas.
Prepara-se, a vida inteira quase, para o que nunca fará.
Quando acorda do seu estado letárgico, os seus dias no corpo escasseiam.
Não tem mais o vigor de outrora e a paisagem em torno já não é a mesma.
Quer retroceder, correr atrás do sonho que agora observa pelo retrovisor da existência, mas não pode.
Lamenta-se inutilmente.
Por que não fez no exato momento em que tomou consciência da necessidade de fazer?!
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Irmão José
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