O discípulo, ingênuo e precipitado, interrogou emocionado o Mestre compassivo:
— Que poderei fazer para tornar o mundo melhor? Vejo a Humanidade infeliz, campeando em alucinação expressiva, com esgares de perversidade e sempre agressiva.
Em toda parte medram o ódio, a inveja, a perseguição gratuita. As pessoas digladiam-se encarniçadamente e somente encontro sombras onde esperava descobrir a luz... Que fazer?
O Mestre permaneceu em sereno silêncio, enquanto o aprendiz retornava à carga:
— Gostaria de extirpar o mal da Terra por definitivo, acabar com a miséria e o sofrimento, mas sinto-me sem recursos.
Que poderei fazer em favor dos infelizes e perversos?
Tomado de compaixão pelo desarvorado candidato à transformação do planeta, redarguiu o sábio:
— Mudar as condições da Terra e dos seus habitantes, neste momento, é tarefa impossível. No entanto, se te encontras realmente interessado em contribuir em favor da Humanidade para que seja feliz, adentra-te em ti mesmo, e faze-te gentil, melhor e iluminado, havendo, a partir deste momento, um perverso e ignorante a menos no mundo...
...E continuou meditando.
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Eros
Divaldo Pereira Franco
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