No movimento da vida entre as criaturas na Terra, muitos homens caminham mortos, embora mergulhados na vida.
O sensual é um vivo — amortalhado na carne.
O mentiroso é um vivo — morrendo na fantasia.
O orgulho é um vivo — sepulto na ilusão.
O hipócrita é um vivo — enjaulado na impostura.
O egoísta é um vivo — encarcerado na concha de mármore da solidão.
O descrente é um vivo — alucinado pelo ceticismo.
O avaro é um vivo — enclausurado no cofre asfixiante de valores mortos.
O perdulário é um vivo — esvaindo-se nos excessos embriagadores de insensatez.
O ingrato é um vivo — emparedado na cela morbífica do individualismo.
O crente, cuja mente está cheia de luz,e as mãos vazias de feitos, é um vivo — parasitando no veículo da fé morta.
É necessário cuidado com a vida que se leva, porque a vida levará todos para o encontro com a consciência.
Vivos-mortos e mortos-vivos se misturam no trânsito da carne para o inevitável encontro consigo mesmos.
Indispensável que a autocrítica funcione como advertência naqueles que desejam alçar a mente às Esferas Mais Altas da vida, para que possam identificar como viver, o que fazem na vida e em que posição nela se encontram.
Recordemos, assim, a assertiva do Senhor: "deixai aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos".
Morte e vida são somente estações vibratórias para quem está na morte exaltando a vida e de quem está na vida demorando-se na morte.
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Marco Prisco
Divaldo P. Franco
Divaldo P. Franco
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