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sábado, 1 de agosto de 2015

CARIDADE DA PAZ



“Bem-aventurados os pacificadores” - Jesus (Mateus, 5:9)

Um tipo de beneficência ao alcance de todos e que não se deve esquecer — ocultar os próprios aborrecimentos, a fim de auxiliar.

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É provável hajas iniciado o dia, sob a intromissão de contratempos que te espancaram a alma. À vista disso, se exibes a figura da mágoa, na palavra ou na face, ei-la que se expande, à feição de tóxico mental, atacando a todos os que se deixem contagiar.

E qual acontece, quando a poeira grossa te invade o reduto doméstico, obrigando-te à recuperação e limpeza, após te desequilibrares em aspereza e irritação, reconhece-te no dever te reparar os danos havidos, despendendo força e diligência em solicitar desculpas e refazer os próprios brios, aqui e ali, como quem se empenha a suprimir os remanescentes de laboriosa faxina.

Se te alteias, no entanto, acima de desgostos e inquietações, mantendo tranquilidade e bom ânimo, para logo a tua mensagem de otimismo e renovação prossegue adiante, de modo a espalhar bênçãos e criar energias angariando-te simpatia e cooperação.

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Os estados negativos da mente, como sejam tristeza e azedume, angústia ou inconformidade, constituem sombras que o entendimento e a bondade são chamados a dissipar.

Recordemos o donativo da paz que a todos nos compete distribuir, a benefício dos outros, evitando solenizar obstáculos e conflitos, aflições ou desencantos, que nos surpreendem a marcha. E permaneçamos claramente informados de que a única fórmula para o exercício dessa beneficência da paz, em louvor de nossa própria segurança, será sempre esquecer o mal e fazer o bem, porquanto em verdade, tão-somente a criatura consagrada a trabalhar, servindo ao próximo, não dispõe de recursos para entendiar-se e nem encontra tempo para ser infeliz. 
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Emmanuel
Chico Xavier




sexta-feira, 31 de julho de 2015

Avaliação de Tarefas



Estabeleça um programa de periódica avaliação dos seus atos, a fim de examinar com acerto como decorre sua vida.

O tempo não para, desenvolvendo-se dentro de uma medida harmônica, incessante.

Aprenda a usá-lo com sabedoria.

A hora se repete, dentro, porém, de outras circunstâncias.

A terra improdutiva é problema do abandono que lhe dá o proprietário.

O charco pútrido é questão de desprezo por parte do agricultor.

Examine o que você tem feito do solo do seu coração e da terra da sua mente.

Contendas e querelas refletem paixões perniciosas e ociosidade da ação.

Toda colheita responde pela sementeira realizada.

Utilize melhor a oportunidade.

Caminhos em sombra e impérvios dispensam maldições, requerendo luz e correção do piso.

A estrada fala do trânsito que suporta.

Aplique corretamente as energias.

Muita movimentação, pouca produtividade na tarefa.

Trabalhador agitado, rendimento precário.

Organize o mapa de serviços e aja com ordem.

Congele a mentira e a calúnia nos ouvidos, não as passando adiante.

As palavras insensatas ateiam lamentáveis incêndios em mentes e corações fracos.

Manipule seu tempo, objetivando rendimentos superiores.

O que você não puder fazer, evite censurar.

A crítica honesta soluciona o problema; a viciosa agrava-o.

Exercite seus sentimentos, ajudando sempre.

Os heróis e missionários merecem acatamento e respeito.

Siga-lhes os exemplos, aprendendo com eles otimismo e perseverança no bem.

A admiração que nada produz é adorno inútil.

Anote os seus compromissos diários e revise o que logrou atender, ao chegar a hora do repouso noturno. Seja exigente com seus erros e desculpe os dos outros.

O que você não pôde fazer, que o não desanime; o que você fez mal, que o não perturbe.

Avalie a sua produção e renove-se, recomeçando os deveres amanhã com o mesmo alento e disposição de hoje.
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 Marco Prisco
 Divaldo Franco 





quarta-feira, 29 de julho de 2015

O Lugar Certo




O sol já ia alto quando ele, cansado, tirou o chapéu e limpou o suor que escorria pelo rosto.
Apoiou o braço sobre o cabo da enxada e se deteve a olhar ao redor por alguns instantes. Ao longo podia-se ver a rodovia que cruzava as plantações e ele avistou um ônibus.

 

Imediatamente pensou consigo mesmo: vida boa deve ser a daquele motorista, que trabalha sentado e sem muito esforço.
Conduz muita gente a vários destinos, não toma chuva nem sol e ainda, de quebra, deve ouvir uma música para se distrair.

De fato, o motorista trabalha sentado e não está sujeito a intempéries. Todavia, o motorista de ônibus, ao ser ultrapassado por um carro, começou a pensar de si para consigo: vida boa mesmo deve ser a desse executivo: dirige um carrão de luxo, não tem patrão para lhe cobrar horários, nem tem que passar dias na estrada como eu, longe de casa e da família.



No entanto, logo a frente, o executivo pensava em como era difícil a sua carreira diária: as preocupações com os negócios, as viagens longas, as reuniões intermináveis, o salário dos empregados no final do mês, os impostos, aplicações, investimentos, e outras tantas coisas para resolver.

Mergulhado em seus pensamentos, olhou para o céu e avistou um avião que cruzava os ares.



 

 Disse como quem tinha certeza: vida boa é desse piloto de avião, pois conhece o mundo inteiro de graça, não precisa enfrentar esse trânsito infernal e o salário é compensador.

Dentro da cabine da aeronave estava um homem a pensar nos seus próprios problemas: como é dura a vida que eu levo: passo semanas longe da esposa, filhos e amigos; vivo mais tempo no ar do que no solo e, para agravar, estou sempre preocupado com as centenas de pessoas que viajam sob a minha responsabilidade.

Neste instante, um ponto escuro no solo lhe chamou atenção. Observou atentamente e percebeu que era um homem trabalhando na lavoura.
  

Exclamou para si com certa melancolia: Ah! Como eu gostaria de estar no lugar daquele homem, trabalhando tranquilamente em meio a vegetação e ouvindo o canto dos pássaros, sem maiores preocupações e, ao final do dia, voltar para casa, abraçar a esposa e os filhos, jantar e repousar serenamente ao lado daqueles que tanto amo. Isso sim é que é uma vida boa!
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Autor desconhecido

Deus sabe qual é o melhor lugar para cada um de seus filhos, do que necessitamos para evoluir e que lições devemos aprender. Por essa razão, todos nós estamos no lugar correto, com as pessoas certas.


terça-feira, 28 de julho de 2015

Não esqueça o principal




Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia:

"Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal...."

A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente: "Você só tem oito minutos."

Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou... Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre!

A riqueza durou pouco e o desespero, sempre. O mesmo acontece, as vezes, conosco. Temos uns oitenta anos para viver,
neste mundo, e uma voz sempre nos adverte:

"Não se esqueça do principal!"

E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida! Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais os fascinam tanto que o principal vai ficando sempre de lado...

Assim, esgotamos o nosso tempo aqui, e deixamos de lado o essencial:

"Os tesouros da alma!"

Que jamais nos esqueçamos que a vida, neste mundo, passa rápido e que a morte chega de inesperado. E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerá as lamentações.

Portanto, que jamais esqueçamos do principal!
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Estórias de Sabedoria