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sábado, 3 de dezembro de 2016

O SACRIFÍCIO MAIS AGRADÁVEL À DEUS




“Portanto, se estás fazendo a tua oferta diante do altar, e te lembrar aí que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta diante do altar, e vai te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois virás fazer a tua oferta”. ( Mateus, V : 23 e 24 )

Lembremo-nos de que Jesus nada deixou escrito. Seus ensinos deveriam se fixar nas mentes e nos corações dos homens. Foi um ensino informal, ao sabor das circunstâncias, dos usos e dos costumes dos judeus, a fim de serem, mais facilmente, fixados na memória, mesmo sem o entendimento maior das lições.

Os judeus, como todos os demais povos da época, ofereciam sacrifícios materiais, como animais para serem mortos, conforme os ritos adequados, para agradarem e homenagearem a Deus.

O espiritismo nos ensina que, se estamos na Terra para espiritualizar nossos sentimentos, nossas emoções, nossos pensamentos e ações, a fim de desenvolvermos as qualificações divinas que trazemos em nós, Deus, “Inteligência suprema e causa primária de todas as coisas”, Absoluto em tudo, não precisa de sacrifícios materiais, mas quer que todos nos tornemos inteligentes e bons.

Assim, Jesus, aproveitando um costume religioso da época, deixou o ensinamento de que o sacrifício que devemos fazer, por ser o mais agradável a Deus, é o sacrifício de eliminar o orgulho, através do esforço do perdão, da reconciliação, sempre que houver alguma ofensa, mágoa ou ressentimento.

Os tempos passaram, usos e costumes se transformaram, mas os ensinos do Mestre Jesus, continuam sempre atuais, desafiando nossa inteligência, conclamando-nos ao sacrifício da eliminação dos nossos vícios morais, das nossas enfermidades espirituais.

Não adianta considerarmo-nos cristãos, aceitar seus princípios, se não houver o esforço para vivenciar esses ensinos no dia a dia, se não houver uma melhoria de sentimentos, pensamentos e ações, se não houver a transformação para uma melhor pessoa.

Uma das maiores dificuldades está no perdoar, visto que o orgulho ainda predomina, sob diversas maneiras, nos corações e nas mentes dos homens.

Todavia, sempre que nos voltamos para Deus, no altar da nossa consciência, numa prece de louvor, ou de agradecimento, ou para pedir, em qualquer lugar, devemos, pelo menos nesse instante, estar com o coração puro, sem ressentimentos, sem sentimentos negativos, com a confiança, a simplicidade e a humildade de uma criança: “Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham”. Mateus V:8)

Em assim fazendo, com a vontade de ter, um dia, uma consciência tranquila e paz no coração, vamos, como podemos, manter essa atitude de não nos sentirmos ofendidos, magoados com alguém, não somente quando em oração, mas o mais frequente possível, porque esse é o sacrifício mais agradável a Deus e o mais benéfico para nós, homens da Terra e Espíritos em desenvolvimento.
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Leda de Almeida Rezende Ebner






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