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sábado, 17 de junho de 2017

Situações



Se um dia te encontrares em situações tão difíceis que a vida te pareça um cárcere sem portas; 
sob o cerco de perseguidores aparentemente imbatíveis;
sofrendo a conspiração de intrigas domésticas; 
na trama de processos obsessivos; 
no campo de moléstias consideradas irreversíveis; 
no laço de paixões que te conturbem a mente; 
debaixo de provas que te induzam à desolação e ao desânimo; 
sob a pressão de hábitos infelizes; 
em extrema penúria, sem trabalho e sem meios de sobrevivência; 
de alma relegada a supremo abandono;
 na área de problemas criados pelos entes a que mais ames;
não desesperes.

Ora em Silêncio e confia em Deus, esperando pela Divina Providência, porque Deus tem estradas, onde o mundo não tem caminhos.

É por isto que a tempestade pode rugir à noite, mas não existem forças na Terra que impeçam, cada dia a chegada de novo amanhecer.
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Meimei 
 Chico Xavier












sexta-feira, 16 de junho de 2017

Jesus e renúncia


Estudando a renúncia que o Evangelho nos traça por senda de ascensão, (Mt.) examinemos como se fazia a renúncia na conduta do Cristo para que a nossa exibição de virtude não se converta em falta de caridade.

  Porque as portas do vilarejo em que surgiu entre os homens se lhe fechassem à necessidade de socorro e refúgio, não se esquivou ao propósito de auxiliar as criaturas da Terra e valeu-se da estrebaria para começar o seu divino apostolado de redenção.

  Porque os doutores de Jerusalém lhe furtassem concurso intelectual na divulgação da Boa Nova, não abandonou a ideia de iluminar-lhes o passo com a luz da revelação sublime e aceitou a colaboração de pescadores singelos para ofertar-lhes o ensinamento.

  Porque sentisse Judas transtornado pela tentação de domínio, não desistiu de auxiliá-lo, até o instante em que o próprio discípulo desertasse da preciosa tarefa de que se achava investido.

  Porque Pedro o negasse na extrema hora, não lhe recusa mão firme no reajuste.

  E porque os homens o tivessem crucificado, impondo-lhe injúria e morte, em retribuição de sua ternura e devotamento, não se afasta da Terra em definitivo, a pretexto de glorificar-se no Céu, reaparecendo aos companheiros, plenamente redivivo, esquecendo as sombras e ofensas, a recompor os serviços da sua bandeira de aperfeiçoamento das almas, prometendo-lhes cooperação e amor até o fim dos séculos.

 Lembremo-nos de que Jesus renunciou sempre à felicidade de ser compreendido para melhor compreender e de ser amado para amar com mais amplos recursos de entendimento.

  Faze, assim, semelhante renúncia ao pé daqueles que a vida te confiou, permanecendo sempre em teu posto de sacrifício para melhor servi-los no campo da evolução e terás aprendido que renunciar com o Senhor é trocar o prazer efêmero da superfície para construir no imo da própria alma a soberana alegria da vida eterna.
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Emmanuel 
Chico Xavier

quarta-feira, 14 de junho de 2017

O GRANDE ALIADO


Quando atribuímos ao passado algo que não conhecemos ou conseguimos compreender sobre nossas reações e escolhas, estamos nos furtando da investigação nem sempre agradável que deveríamos proceder para encontrar as razões de tais sentimentos na vida presente. O que sentimos hoje, tenha raízes no pretérito distante ou não, é do hoje e deve ser tratado como algo que guarda uma matriz na vida presente, que precisa de reeducação e disciplina. 

Toda vivência interior ocorre porque o nosso momento de conhece-­lo é agora, do contrário não a experimentaríamos. Para isso não se torna necessário uma regressão às vidas anteriores na busca de recordações claras. Se pensarmos bem, vivemos imersos em constante “regressão natural” controlada pela Sábia Providência. Via de regra, estamos aprisionados ainda ao palco das lutas que criamos ou fruindo os benefícios das escassas qualidades que desenvolvemos. 

Viver o momento é viver a realidade. Por necessidades de controlar tudo, caminhamos para frente ou para traz em lamentável falta de confiança na vida e em seus “Sábios Regimentos”. A pensadora Louise L. Hay diz que o passado é passado e não pode ser modificado. Todavia, podemos alterar nossos pensamentos em relação ao passado. Essa a finalidade do esquecimento: alterar o que sentimos e pensamos, sob a imensa coação dos instintos e tendências que ainda nos inclinam a retroceder e parar no “tempo evolutivo”. 

“Matar o homem velho”, “extinguir sombras”, “vencer o passado” – expressões que comumente são usadas para o processo da mudança interior. Contudo, todos sabemos, à luz dos princípios universais das Leis Naturais, que não existe morte ou extinção, e sim transformação. Jamais matamos o “homem velho”, podemos sim conquistá­lo, renová­lo, educá­lo. Não eliminamos nada do que fomos um dia, transformamos para melhor. Ao invés de ser contra o que fomos, precisamos aprender uma relação pacífica de aceitação sem conformismo a fim de fazer do “homem velho” um grande aliado no aperfeiçoamento. 

O ensino do Evangelho, reconcilia­-te depressa com teu adversário enquanto estás a caminho com ele é um roteiro claro. Essa reconciliação depende da nossa disposição de encarar a realidade sobre nós próprios, olhar para o desconhecido mundo interior, vencer as “camadas de orgulho do ego”, superar as defesas que criamos para esconder as “sombras” e partir para uma decidida e gradativa investigação sobre o mundo das reações pessoais, através da autoanálise, sem medo do que encontraremos. Fazemos isso enquanto estamos no caminho carnal ou então as Leis Imutáveis da vida espiritual levar-­nos-­ão ao “espelho da verdade”, nos “camarins da morte”, no qual teremos que minar as imagens reais daquilo que somos, despidos das ilusões da matéria.
Postergar essa tarefa é desamor e invigilância. A desencarnação nos aguarda a todos na condição do mecanismo divina que nos devolve à realidade.
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(Obra: Reforma Íntima Sem Martírio - Médium Wanderley S. De Oliveira/Espírito Ermance Dufaux)









terça-feira, 13 de junho de 2017

DIZES-TE


Dizes-te pobre; entretanto, milionários de todas as procedências dar-te-iam larga fortuna por ínfima parte do tesouro da tua fé.

Dizes-te desorientado; contudo, legiões de companheiros, cujo passo a cegueira física entenebrece, comprar-te-iam por alta recompensa leve migalha da visão que te favorece, para contemplarem pequena faixa da Natureza.

Dizes-te impedido de praticar o bem; todavia, multidões de pessoas algemadas aos catres da enfermidade oferecer-te-iam bolsas repletas por insignificante recurso da locomoção com que te deslocas, de maneira a se exercitarem no auxílio aos outros.

Dizes-te desanimado, sem te recordares, porém, de que vastas fileiras de mutilados estariam dispostos a adquirir, com a mais elevada quota de ouro, a riqueza dos teus pés e a bênção de teus braços.

Dizes-te em provação, mas olvidas que, na triste enxovia dos manicômios inúmeros sofredores cederiam quanto possuem para que lhes desses um pouco de equilíbrio e de lucidez.

Dizes-te impossibilitado de ajudar com a luz da palavra; no entanto, mudos incontáveis fariam sacrifícios ingentes para deter algum recurso do verbo claro que te vibra na boca.

Dizes-te desamparado; entretanto, milhões de criaturas dariam tudo o que lhes define a posse na vida para usar um corpo harmônico qual o teu, a fim de socorrerem os filhos da expiação e do sofrimento.

Por quem és, não lavres certidão de incapacidade contra ti mesmo.

Lembra-te de que um sorriso de confiança, uma prece ternura, uma frase de bom ânimo, um gesto de solidariedade e um minuto de paz não tem preço na Terra.

Antes de censurar o irmão que traz consigo a prova esfogueante das grandes propriedades, sai de ti mesmo e auxiliar o próximo que, muita vez, espera simplesmente uma palavra de entendimento e de reconforto, para transferir-se da treva à luz.

E, então, perceberás que a beneficência é o cofre que devolve patrimônios temporariamente guardados a distância das necessidades alheias, e que a caridade, lídima e pura, é amor sempre vivo, a fluir, incessante, do amor de Deus.
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De “Religião dos Espíritos”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel



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NAMORO, CASAMENTO E FILHOS

EM FAMÍLIA

Há casais em rixas graves,
Entretanto, a maioria
Resolve qualquer problema
Na paz de grande alegria.


Num casal desajustado
O namoro era um jardim
De festa, flores e abraços
Sob a ternura sem fim.

Decorridos longos meses
Eis a rotina em ação,
Enfararam-se um do outro
Ao primeiro palavrão.

Fosse em diálogos simples
Ou em noticia que agite
A conversa disparava
Para aplausos ao desquite.

Despenderam tantas horas
No insulto amargo e infeliz,
Que por fim deliberaram
Levar o caso a um juiz.

O juiz ouviu-lhes, calmo,
Com bondade e compreensão
E pediu aos dois amigos
Não buscar separação.

Ouvindo tantos conselhos
Repletos de sensatez,
A esposa reconfortada
Entrou para a gravidez.

Em seguida aos noves meses,
Do casal nasceu Julinho,
Um meninão bochechudo
Uma glória de carinho.

Não se falou mais ali
De desquite e irritação,
Era só – Julinho, meu filho!
Venha cá, meu coração!...

A jovem mãe encontrara
O amparo que sempre quis,
O pai agora mudado
Sentia-se forte e feliz.

E entendi que em todo lar,
Seja de crentes ou ateus,
Toda criança que nasce
É uma esperança de Deus.
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Cornélio Pires
Livro: Ação, Vida e Luz
Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos
CEU – Cultura Espírita União

domingo, 11 de junho de 2017

MEUS FILHOS



Existem duas forças em luta na Terra, onde Jesus está construindo o Reino de Deus.
Essas forças são a do bem e a do mal que se manifestam por nossas mãos.
Temos, assim, por onde passamos no mundo, as mãos iluminadas que estendem o amor e a paz, o trabalho e a alegria...
E conhecemos as mãos espinhosas que fazem o ódio e o desespero, a preguiça e o sofrimento.
Há mãos que sustentam a lavoura e o jardim, produzindo pão e felicidade.
E vemos aquelas que se entregam à miséria e ao vício.
Mãos que honram a indústria e o progresso.
Mãos que arrancam lágrimas e multiplicam o infortúnio.
Vemos braços que acariciam... Braços de mãezinhas abençoadas, de pais amigos, de obreiros da paz e da evolução, de enfermeiras abnegadas e de crianças generosas que asseguram na Terra o Serviço da Luz.
E encontramos braços que ferem e amaldiçoam, que se entregam ao crime, que humilham os pobres e os pequeninos, que exercem a crueldade, e que violentam a Natureza, aniquilando as plantas e os animais prestimosos.
Reparamos mãos preciosas que usam a enxada e a pena, auxiliando o celeiro e a educação.
E surpreendemos mãos infelizes que roubam e matam, estendendo a perturbação e a morte.
Mãos que levantam templos e lavres, escolas e hospitais.
Mãos que destroem e dilaceram, enganam e apedrejam.
Jesus veio ao mundo para que nossas mãos aprendam a servir à Luz do Bem, edificando a nossa própria felicidade.
Com as d’Ele, curou os doentes, socorreu os fracos, amparou os tristes, limpou os leprosos, restituiu a visão aos cegos...
Levantou os paralíticos, afagou os velhos e os deserdados, e abençoou as criancinhas...
Filhos meus, não permitam que as garras da sombra lhes dominem as mãos na vida...
Sigamos pelos caminhos da Luz, procurando a intimidade com os servidores do bem!
Observem o brilhante lapidado e o diamante bruto. Ambos são filhos da terra. Um deles, porém, refulge, divino, retratando a beleza do céu, mas o outro jaz encarcerado nas trevas do cascalho contundente.
Jesus é o lapidário do céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Obedeçamos a Ele, nosso Divino Mestre, buscando-lhe as lições e seguindo-lhe os exemplos, e o Cristo nos farão construtores do Reino de Deus no mundo, conduzindo-nos para a Glória Celestial.
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(Obra: Cartilha do Bem - Chico Xavier / Meimei)