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domingo, 25 de fevereiro de 2018

DERRUBAR BARREIRAS



Enquanto o homem não derrubar, em definitivo, as barreiras do orgulho e do egoísmo, o mundo sempre viverá em convulsão.

Enquanto ele não fizer cair por terra todos os preconceitos de ordem social, com os mais fortes oprimindo os mais fracos, as questões econômicas continuarão a mergulhar a sociedade em profundas crises.

Enquanto ele não se desapegar de vez de ultrapassadas tradições históricas e religiosas ligadas a uma raça específica, a guerra será uma constante ameaça à paz entre os povos.

Enquanto não tiver verdadeiro respeito pelo próximo e pela Natureza, colocando em prática, pelo menos, rudimentos do Amor que Jesus nos ensinou, ele prosseguirá sendo o seu maior e mais temível adversário.

Enquanto não lograr estabelecer um pacto com a sua consciência, procurando não ocasionar o menor prejuízo seja a quem for, o seu sono, povoado por medonhos pesadelos, jamais haverá de ser completamente tranquilo.

Enquanto, finalmente, fronteiras ideológicas persistirem na Terra, à semelhança de injustificados feudos que insistem em eternizar-se, os homens discutirão, buscando o melhor caminho de aproximação, uns dos outros, mas não o encontrarão.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará") 



MENSAGEM DO ESE:
Injúrias e violências


Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, cap. V, v. 4.)
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v. 9.)
Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. — Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22.)
Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.
Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.
Mas, que queria Jesus dizer por estas palavras: “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do céu?
Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que ele lhe recomenda é que não ligue a estes últimos mais importância do que aos primeiros.
Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, itens 1 a 5.)

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