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domingo, 27 de maio de 2018

DECEPÇÃO


A decepção com alguém é fruto da incompreensão de nossa parte.

Todos somos falíveis, enquanto não atingimos a perfeição absoluta.

A decepção pode perturbar-nos a marcha ascensional, quando nos permitimos esmorecer pelo desapontamento que alguém nos causa.

Por isto, devemos escorar-nos única e tão somente em Jesus Cristo que nunca nos decepcionará!

Aprendamos a não exigir dos outros aquilo que nós mesmos não lhes damos.

Prossigamos, imperturbáveis, na tarefa do bem, conscientes de que todas as experiências são importantes para o espírito em aprendizado.

Não nos deixemos contagiar pelo desânimo.

Os nossos companheiros de jornada são espíritos tão necessitados quanto nós mesmos, com limitações, que lutam, anonimamente, para superá-las.

Porque se decepcionam com os outros e se retraem, muitos perdem valiosas oportunidades na encarnação.

Esforcemo-nos, pois, para não nos decepcionarmos com ninguém, mas nos esforcemos de forma redobrada para não decepcionarmos a quem quer que seja.

Não permitamos que as pessoas alimentem ilusões a nosso respeito, no entanto não idolatremos criaturas tão falíveis quanto nós mesmos, colocando-lhes nos ombros uma carga superior às suas próprias forças.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Lições da Vida”)




MENSAGEM DO ESE:
O que se deve entender por pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)
A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.
Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.
Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.
Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.
Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.)

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