CONCENTRE-SE EM SEUS OBJETIVOS

Mantenha sempre presente o foco em seus objetivos. O fogo somente consegue cortar o ferro se permanecer queimando no mesmo ponto.

A melhor maneira de não fazer nada é querer fazer muita coisa ao mesmo tempo. Ninguém alcança suas metas sem estabelecer e respeitar prioridades.

Evite a dispersão. Esteja concentrado no ponto que você quer atingir. O arqueiro, para direcionar a flecha, precisa se concentrar no alvo desejado. Nem sempre quem atira para todo lado acerta alguma coisa.

Ao se levantar pela manhã, tenha sempre em mente as respostas para estas perguntas: quem eu sou? O que desejo da vida? Como vou utilizar este dia para atingir meus ideais?

Para quem não sabe aonde chegar, qualquer caminho serve. Quando estabelecer algum objetivo, trabalhe e persevere na sua realização. Não basta sonhar grandes conquistas, é preciso também suar - e muito.

Ouando as vozes do desânimo ou da preguiça começarem a falar mais alto, procure aumentar a chama do ideal. Imagine-se alcançando suas metas, recebendo o reconhecimento das pessoas, sinta o quão feliz você estará nesse dia. Isso o ajudará a recuperar o entusiasmo.

Lembre-se de Jesus, cuja vida foi capaz de dividir a história da humanidade em duas partes, e recorde que o Mestre, apesar de todos os percalços, manteve até o fim seu foco centrado no amor. E só por isso a humanidade ainda não se dizimou.

Não espere receber investimentos da vida. É você quem investe nela e dela recebe, na mesma proporção e intensidade, o fruto do seu esforço.

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José C. De Lucca

MENSAGEM DO ESE:

O ponto de vista (II)

Se toda a gente pensasse dessa maneira – ou seja, e desse reduzida importância aos bens terrenos –, dir-se-ia, tudo na Terra periclitaria, porquanto ninguém mais se iria ocupar com as coisas terrenas. Não; o homem, instintivamente, procura o seu bem-estar e, embora certo de que só por pouco tempo permanecerá no lugar em que se encontra, cuida de estar aí o melhor ou o menos mal que lhe seja possível. Ninguém há que, dando com um espinho debaixo de sua mão, não a retire, para se não picar. Ora, o desejo do bem-estar força o homem a tudo melhorar, impelido que é pelo instinto do progresso e da conservação, que está nas leis da Natureza. Ele, pois, trabalha por necessidade, por gosto e por dever, obedecendo, desse modo, aos desígnios da Providência que, para tal fim, o pôs na Terra. 

Simplesmente, aquele que se preocupa com o futuro não liga ao presente mais do que relativa importância e facilmente se consola dos seus insucessos, pensando no destino que o aguarda.

Deus, conseguintemente, não condena os gozos terrenos; condena, sim, o abuso desses gozos em detrimento das coisas da alma. Contra tais abusos é que se premunem os que a si próprios aplicam estas palavras de Jesus: Meu reino não é deste mundo. 

Aquele que se identifica com a vida futura assemelha-se ao rico que perde sem emoção uma pequena soma. Aquele cujos pensamentos se concentram na vida terrestre assemelha-se ao pobre que perde tudo o que possui e se desespera. 

O Espiritismo dilata o pensamento e lhe rasga horizontes novos. Em vez dessa visão, acanhada e mesquinha, que o concentra na vida atual, que faz do instante que vivemos na Terra único e frágil eixo do porvir eterno, ele, o Espiritismo, mostra que essa vida não passa de um elo no harmonioso e magnífico conjunto da obra do Criador. Mostra a solidariedade que conjuga todas as existências de um mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os seres de todos os mundos. Faculta assim uma base e uma razão de ser à fraternidade universal, enquanto a doutrina da criação da alma por ocasião do nascimento de cada corpo torna estranhos uns aos outros todos os seres. Essa solidariedade entre as partes de um mesmo todo explica o que inexplicável se apresenta, desde que se considere apenas um ponto. Esse conjunto, ao tempo do Cristo, os homens não o teriam podido compreender, motivo por que ele reservou para outros tempos o fazê-lo conhecido.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, itens 6 e 7.)