- Quando dela se utiliza para apontar faltas alheias.
2- Os olhos
- Para medir os centímetros que a vaidade pode reparar nos semelhantes.
3- O Pensamento
- No instante que vagueia solto sem o cabresto da disciplina.
4- O Desânimo
- Congelador natural das melhores intenções.
5- A Vingança
- Arremessadora das farpas mentais de alcance e consequências imprevisíveis.
6- A Desconfiança
- Na razão que desconhece o semelhante que procura trabalhar incessantemente a favor dos outros.
7- O medo
- Se nos isolarmos no remorso sem procurar avançar apesar dos obstáculos.
8- A Fofoca
- Na medida que acreditamos e julgamos saber mais da vida alheia que da nossa.
9- O Orgulho
- Ao patrocinarmos a divisão entre as pessoas e colocarmos o personalismo acima da fraternidade.
10- O- Egoísmo
- Com a intenção de buscarmos o privilégio, acreditando que Deus nos elegeu como criatura superior às demais.
Analisando nossas maiores dificuldades íntimas, chegamos a conclusão que elas se encontram dominadas pelas próprias imperfeições e escondidas diante de nossa consciência.
Qualquer exame mais apurado à luz do Cristianismo Redivivo nos convidará a exercer a caridade do auto-aperfeiçoamento para a erradicação delas.
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**Lucio **
MENSAGEM DO ESE:
A porta estreita
A porta estreita
Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. — Quão pequena é a porta da vida! quão apertado o caminho que a ela conduz! e quão poucos a encontram! (S. MATEUS, cap. VII, vv. 13 e 14.)
Tendo-lhe alguém feito esta pergunta: Senhor, serão poucos os que se salvam? Respondeu-lhes ele: — Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois vos asseguro que muitos procurarão transpô-la e não o poderão. — E quando o pai de família houver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos; ele vos responderá: não sei donde sois:
Pôr-vos-eis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença e nos instruíste nas nossas praças públicas. — Ele vos responderá: Não sei donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade.
Então, haverá prantos e ranger de dentes, quando virdes que Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas estão no reino de Deus e que vós outros sois dele expelidos. — Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Setentrião e do Meio-Dia, que participarão do festim no reino de Deus. — Então, os que forem últimos serão os primeiros e os que forem primeiros serão os últimos. — (S. LUCAS, cap. XIII, vv. 23 a 30.)
Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. É estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam. É o complemento da máxima: “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.”
Tal o estado da Humanidade terrena, porque, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais freqüentada. Aquelas palavras devem, pois, entender-se em sentido relativo e não em sentido absoluto. Se houvesse de ser esse o estado normal da Humanidade, teria Deus condenado à perdição a imensa maioria das suas criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e bondade.
Mas, de que delitos esta Humanidade se houvera feito culpada para merecer tão triste sorte, no presente e no futuro, se toda ela se achasse degredada na Terra e se a alma não tivesse tido outras existências? Por que tantos entraves postos diante de seus passos? Por que essa porta tão estreita que só a muito poucos é dado transpor, se a sorte da alma é determinada para sempre, logo após a morte? Assim é que, com a unicidade da existência, o homem está sempre em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga; faz-se luz sobre os pontos mais obscuros da fé; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só então se pode compreender toda a profundeza, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 3 a 5.)
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