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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

AJUDA-TE A TI MESMO E O CÉU TE AJUDARÁ




É nesta máxima que se resume a grande lição de sabedoria infinita, que todos os homens na Terra deveriam aprender.

Nada, absolutamente nada, pode o homem conseguir, se não houver preparado o caminho. Não se iludam as pessoas a implorar a Deus que lhes proporcione a solução dos seus problemas, nem o esclarecimento às suas indagações, se não moverem, de sua parte, uma parcela mínima de esforço para alcançar a bênção desejada.

Todos os vícios, sejam os mais comuns, que afligem o âmbito material, tais como a bebida, o fumo, a sexualidade descontrolada, o tóxico, ou aqueles que se situam no interior da alma e nem sempre afloram aos olhos dos nossos semelhantes, entre eles a inveja, o orgulho, a vaidade, a mesquinhez, precisam da vontade do viciado em deles se desfazer para que sejam realmente extirpados.

Cada ser humano tem de dar o primeiro passo para a libertação das suas mazelas. Não é que Deus fique indiferente às suas imperfeições. É que o Pai tem plena consciência de que as pessoas, normalmente, valorizam mais aquilo que decorre do seu próprio esforço. O que é dado de forma gratuita, geralmente perde o valor real, não é estimado como verdadeiro e necessário.

Cuidem os meus irmãos de dar o primeiro passo, sempre que se fizer urgente a sua libertação dos grilhões que os apegam a qualquer espécie de vício.

Deus está alerta ao chamado de Seus filhos, como na Terra os serviços de bombeiros ou de pronto-socorro estão em guarda constante para partirem em direção dos que precisam de ajuda.

Cabe a cada um a maior parcela de responsabilidade. É preciso assumí-la a tempo e à hora.
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Livro: Intercâmbio
Alayde de Assunção e Silva, Lucia Maria Secron Pinto, pelo Espírito Luiz Sérgio
Livraria e Editora Recanto



MENSAGEM O ESE:
Motivos de resignação (I)

Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.

Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.

O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o credor diz: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te-ei, até que pagues a última parcela.” Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido? 

Tal o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. É por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 12.)

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