Se alguém diz que ama a Deus, mas não ama o seu semelhante, é mentiroso.
Isso foi escrito pelo Apóstolo João e nos convida a uma profunda reflexão.
Por que o amor a Deus passa inevitavelmente pelo amor ao próximo?
Por que não basta amar a Deus no isolamento das criaturas, ou na indiferença ao semelhante?
Deus, ao nos criar, não nos cria perfeitos, mas oferece as oportunidades e possibilidades de se chegar à perfeição.
E, por grandiosidade de Sua justiça, essa perfeição se alcança por esforço próprio, por dedicação, e jamais por gratuidade ou dom divino, a escolher uns ou outros como mais ou menos amados por Ele e, consequentemente, com mais ou menos virtudes e dons.
Quando lemos a biografia de grandes vultos do amor ao próximo, como Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier ou Irmã Dulce, vemos a exemplificação do exercício no amor ao próximo.
E é natural que questionemos de onde eles retiraram forças para amar incondicional e intensamente, ao longo de toda uma vida?
Aprenderam a amar ao próximo no exercício do amor a que se propuseram, saindo de si mesmos, indo em direção ao outro, encontrando Deus.
O amor a Deus não se constrói de forma mística, transcendental ou isoladamente.
Entendendo isso, Jesus, personificação maior do amor a Deus, nos ensina que toda vez que auxiliarmos, que dermos de comer, que matarmos a sede de nosso irmão, é a Ele mesmo que estaremos fazendo isso.
Convida-nos Jesus a experimentar o exercício do amor a Deus aprendendo a amar ao próximo.
Afirma mesmo o Mestre Galileu que o maior mandamento da Lei de Deus é amar ao Pai, seguido do exercício de amar-se para amar ao próximo. Se você busca o entendimento das Leis de Deus, de instaurá-Lo na sua intimidade, um bom início será o de olhar para o próximo, no exercício do amor.
Sempre temos recursos e meios de auxiliar, de demonstrar o amor na forma do desvelo, do carinho, da solidariedade ou da compaixão.
Ofereçamos a palavra edificante para incentivar os desvalidos, a presença fraterna para aqueles abandonados na solidão, ouvidos pacientes para um coração aflito com necessidade de desabafar.
Somos convidados ao exercício do amor ao próximo construído na compreensão frente àquele em desatino, em benevolência para o irmão em desequilíbrio ou indulgência na ação precipitada.
São pequenos gestos que se fazem exercícios de amor ao próximo, no objetivo de amar a Deus.
Afinal, como nos alerta o Apóstolo João, se não conseguimos compreender nosso irmão, jamais teremos condições de amar e compreender a Deus.
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MOMENTO ESPÍRITA
MENSAGEM DO ESE:
Os trabalhadores da última hora
O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. — Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, — disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. — Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. — Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? — É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.
Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. — Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. — Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. — Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, — dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor.
Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. — Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16. Ver também: “Parábola do festim das bodas”, cap. XVIII, nº 1.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 1.)
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