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terça-feira, 30 de julho de 2019

MAIS COM JESUS



Desarrazoado exigir de qualquer de nós transformações intempestivas.

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Por mais formosas e edificantes as lições de aperfeiçoamento moral, é forçoso acomodar-nos com o espírito de sequência, na marcha do tempo, a fim de que nos afaçamos a elas, adaptando-nos gradativamente aos princípios que nos preceituem.

Ser-nos-á, porém, claramente possível melhorar-nos com mais urgência e segurança se adotarmos a prática de permanecer um tanto mais com Jesus, cada dia.

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Problemas intrincados surgiram, concitando-nos a soluções inadiáveis.

Se estivermos de sentimento interligado um pouco mais com o Cristo, aprenderemos a ceder de nós, sem qualquer empeço, apagando as questões que nos induzam à perturbação e à discórdia.

Apareceram desacatos, impulsionando-nos ao revide.

Se os recebemos um tanto mais com Jesus, em nossas atitudes e respostas, todas as expressões de desapreço serão dissolvidas nas fontes da compreensão e da tolerância.

Surpreendemos companheiros que se fazem difíceis.

Se lhes acolhemos os obstáculos, conservando as nossas diretrizes e providências, um tanto mais com Jesus, para breve se nos transfiguram em colaboradores valiosos, convertendo-se, por fim, em estandartes vivos de nossas ideias.

Encontramos desencantos nas trilhas da experiência.

Aceitando-os, no entanto, um tanto mais com Jesus em nosso comportamento, para logo se transformam em lições e bênçãos que passamos a agradecer à Sabedoria da Vida.

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Em casa, no grupo de trabalho, na vida social, na profissão, no ideal ou na via pública, experimentemos sentir, pensar, falar e agir, um tanto mais com o Cristo, e observemos os resultados.

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Pouco a pouco perceberemos que o Senhor não nos pede prodígios de transformação imediata ou espetáculos de grandeza e sim que nos apliquemos ao bem, de modo a caminhar com Ele, passo a passo, na edificação de nossa própria luz.

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Não te atemorizem programas de reajuste, corrigenda, sublimação ou burilamento.

Ante as normas que nos indiquem elevação para a Vida Superior, recebamo-las respeitosamente, afeiçoando-nos a elas, e, seguindo adiante, na base do dever retamente executado e da consciência tranquila, pratiquemos a regra da ascensão espiritual segura e verdadeira: sempre um tanto menos com os nossos pontos de vista pessoais e, a cada dia que surja, sempre um tanto mais com Jesus.
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Livro: Rumo Certo
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
FEB – Federação Espírita Brasileira





MENSAGEM DO ESE:

Dai a César o que é de César

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. — Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo? 

Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu:

Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? — De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. — S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: “É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?” Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, que lhes conhecia a malícia”, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido. 

Esta sentença: “Dai a César o que é de César”, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 5 a 7.)











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