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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MIGALHA E MULTIDÃO



"E tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão." - (Mateus, 14:19 .)

Ante o quadro da legião de famintos, qualquer homem experimentaria invencível desânimo, considerando a migalha de cinco pães e dois peixes.

Mas Jesus emprega o imenso poder da bondade e consegue alimentar a todos, sobejamente.

Observemos, contudo, que para isso toma os discípulos por intermediários.

O ensinamento do Mestre, nesse passo do Evangelho, é altamente simbólico.

Quem identifica a aluvião de males criados por nós mesmos, pelos desvios da vontade, na sucessão de nossas existências sobre a Terra, custa a crer na migalha de bem que possuímos em nós próprios.

Aqui, corrói a enfermidade, além, surge o fracasso, acolá, manifestam-se expressões múltiplas do crime.

Como atender às necessidades complexas?

Muitos aprendizes recuam ante a extensão da tarefa.

Entretanto, se o servidor fiel caminha para o Senhor, a migalha de suas luzes é imediatamente suprida pelo milagre da multiplicação, de vez que Jesus, considerando a oferta espontânea, abençoar-lhe-á o patrimônio pequenino, permitindo-lhe nutrir verdadeiras multidões de necessitados.

A massa de nossas imperfeições ainda é inaquilatável.

Em toda parte, há moléstias, deficiências, ruínas ...

É imprescindível, no entanto, não duvidar de nossas possibilidades mínimas no bem.

Nossas migalhas de boa-vontade na disposição de servir santamente, quando conduzidas ao Cristo, valem mais que toda a multidão de males do mundo.
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EMMANUEL
CHICO XAVIER
Obra: Vinha de luz




MENSAGEM DO ESE:
Progressão dos mundos

O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento.

Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa idéia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam! Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. 
– Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, item 19.)


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