É possível ser feliz na Terra?
Nos momentos em que projetamos nossos sonhos para o futuro, em que planejamos o porvir, em que buscamos imaginar como estará nossa vida no amanhã, já nos fizemos esta pergunta?
Será possível conquistar a felicidade na Terra?
A máxima do livro bíblico Eclesiastes é bastante objetiva, quando afirma que a felicidade não é deste mundo. Com efeito, nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude florescente, são as condições essenciais da felicidade.
E, ainda mais, podemos afirmar que nem mesmo a reunião dessas três condições, tão desejadas, conseguiriam trazer ao homem o verdadeiro sentimento de ser feliz.
É natural que esta seja a verdade, pois que a Humanidade ainda está na infância de sua evolução e, por essa razão, a felicidade completa, absoluta se encontra distante de nossas possibilidades.
Estamos no planeta das expiações, dessas oportunidades benditas de resgatar equívocos do passado...
Estamos no planeta das provas, das situações e experiências que visam verificar o aprendizado que viemos realizando ao longo das existências...
Estamos no planeta do sofrimento, da lapidação aplicada ao diamante bruto, para que esse possa fulgir como estrela.
Assim, a felicidade constante, plena, aguarda-nos no futuro, como consequência natural de nosso esforço em ultrapassar todas as fases do desenvolvimento.
Mas que isso não nos traga desânimo! É possível sim, melhorar as condições de nossas vidas. É possível multiplicar os momentos de alegria que temos. É possível sermos mais felizes do que já somos!
Para isso, estão em nossas mãos os ensinamentos do Cristo, com Suas consolações e esperanças.
Para isso, estão conosco as lições inesquecíveis do Mestre, mostrando-nos que o amor ao próximo nos faz mais felizes, mais completos.
A felicidade plena, realmente, não é deste mundo ainda, mas o entendimento dentro de nossas famílias é possível. O perdão a alguém que nos prejudicou é suave alívio. Amar profundamente ao pai, à mãe, ao filho, já se faz real em nossos dias.
Portanto amemos, pois o sentimento de amar alguém irriga nossos campos íntimos com a felicidade...
Vivamos o bem, porque a consciência tranquila, a consciência em paz, será a grande responsável pela conquista da felicidade futura.
Sobre a felicidade que podemos alcançar na Terra, os Espíritos superiores nos dizem que, na vida material, ser feliz é ter a posse do necessário. E, que na vida espiritual, a felicidade está na consciência tranquila e na fé no futuro.
É essa fé que nos faz ver os objetivos distantes, como alcançáveis.
É essa fé que remove montanhas, mostrando-nos que, atrás delas, espera-nos o nascer do sol de uma felicidade sem fim.
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Redação do Momento Espírita com base
no cap. V, item 20, do livro O Evangelho
segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER -05-01-2020
Mensagem do ESE:
Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?
E, tendo vindo para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição.
— Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.
— Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.
Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lodo de fora, mandaram chamá-lo. — Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. — Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; — pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S. MARCOS, cap. III, vv. 20, 21 e 31 a 35 — S. MATEUS, cap. XII, vv. 46 a 50.)
Singulares parecem algumas palavras de Jesus, por contrastarem com a sua bondade e a sua inalterável benevolência para com todos. Os incrédulos não deixaram de tirar daí uma arma, pretendendo que ele se contradizia. Fato, porém, irrecusável é que sua doutrina tem por base principal, por pedra angular, a lei de amor e de caridade. Ora, não é possível que ele destruísse de um lado o que do outro estabelecia, donde esta conseqüência rigorosa: se certas proposições suas se acham em contradição com aquele princípio básico, é que as palavras que se lhe atribuem foram ou mal reproduzidas, ou mal compreendidas, ou não são suas.
Causa admiração, e com fundamento, que, neste passo, mostrasse Jesus tanta indiferença para com seus parentes e, de certo modo, renegasse sua mãe.
Pelo que concerne a seus irmãos, sabe-se que não o estimavam. Espíritos pouco adiantados, não lhe compreendiam a missão: tinham por excêntrico o seu proceder e seus ensinamentos não os tocavam, tanto que nenhum deles o seguiu como discípulo. Dir-se-ia mesmo que partilhavam, até certo ponto, das prevenções de seus inimigos. O que é fato, em suma, é que o acolhiam mais como um estranho do que como um irmão, quando aparecia à família. S. João diz, positivamente (cap. VII, v. 5), “que eles não lhe davam crédito”.
Quanto à sua mãe, ninguém ousaria contestar a ternura que lhe dedicava. Deve-se, entretanto, convir igualmente em que também ela não fazia idéia muito exata da missão do filho, pois não se vê que lhe tenha nunca seguido os ensinos, nem dado testemunho dele, como fez João Batista. O que nela predominava era a solicitude maternal. Supor que ele haja renegado sua mãe fora desconhecer-lhe o caráter.
Semelhante idéia não poderia encontrar guarida naquele que disse: Honrai a vosso pai e a vossa mãe. Necessário, pois, se faz procurar outro sentido para suas palavras, quase sempre envoltas no véu da forma alegórica.
Semelhante idéia não poderia encontrar guarida naquele que disse: Honrai a vosso pai e a vossa mãe. Necessário, pois, se faz procurar outro sentido para suas palavras, quase sempre envoltas no véu da forma alegórica.
Ele nenhuma ocasião desprezava de dar um ensino; aproveitou, portanto, a que se lhe deparou, com a chegada de sua família, para precisar a diferença que existe entre a parentela corporal e a parentela espiritual.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, itens 5 a 7.)
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