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sábado, 14 de março de 2020

TEMPOS DIFÍCEIS



No curso da jornada terrena, eis que se agudizam os problemas humanos: conflitos, embates, guerras, doenças incuráveis, epidemias, catástrofes ocupam o notíciário do dia-a-dia.

A angústia generaliza-se, contaminando a todos. Questiona-se o porvir. A insegurança conduz muitos para a descrença e a desesperança.

Tempos difíceis para o equacionamento da paz entre os homens.

No entanto, alhueres, há gente construindo o Bem, na prática da solidariedade sem limites.

Há obras de recomposição da família, preservação da criança, amparo ao jovem.

Levantam-se cidades. A ciência agiganta-se, modificando a face do planeta.

A Medicina assegura mais longevidade. A Eletrônica auxilia o cérebro. O homem traça rotas para o infinito.

Contudo, sublinha o pessimismo: tempos difíceis.

Embora reconheçamos os entraves que pontificam o mundo em crise, não nos arrefeça o desânimo. Sigamos à frente. Só vence quem persiste.

💐💐💐💐💐💐💐💐

por Pedro de Oliveira Mundim

Campo Grande (MS), 12 de março de 1980

Livro: Eurípedes Comunica

Francisco Cândido Xavier, Pedro de Oliveira Mundim,

Manoel Soares, Corina Novelino, pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo

Editora Grupo Espírita Esperança e Caridade




MENSAGEM DO ESE:

O orgulho e a humildade (II)

Ó rico! Enquanto dormes sob dourados tetos, ao abrigo do frio, ignoras que jazem sobre a palha milhares de irmãos teus, que valem tanto quanto tu? Não é teu igual o infeliz que passa fome? Ao ouvires isso, bem o sei, revolta-se o teu orgulho. Concordarás em dar-lhe uma esmola, mas em lhe apertar fraternalmente a mão, nunca. “Pois quê! dirás, eu, de sangue nobre, grande da Terra, igual a este miserável coberto de andrajos! Vã utopia de pseudofilósofos! Se fôssemos iguais, por que o teria Deus colocado tão baixo e a mim tão alto?” É exato que as vossas vestes não se assemelham; mas, despi-vos ambos: que diferença haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás; a química, porém, ainda nenhuma diferença descobriu entre o sangue de um grão-senhor e o de um plebeu; entre o do senhor e o do escravo. Quem te garante que também tu já não tenhas sido miserável e desgraçado como ele? Que também não hajas pedido esmola? Que não a pedirás um dia a esse mesmo a quem hoje desprezas? São eternas as riquezas? Não desaparecem quando se extingue o corpo, envoltório perecível do teu Espírito? Ah! lança sobre ti um pouco de humildade! Põe os olhos, afinal, na realidade das coisas deste mundo, sobre o que dá lugar ao engrandecimento e ao rebaixamento no outro; lembra-te de que a morte não te poupará, como a nenhum homem; que os teus títulos não te preservarão do seu golpe; que ela te poderá ferir amanhã, hoje, a qualquer hora. Se te enterras no teu orgulho, oh! quanto então te lamento, pois bem digno de compaixão serás.
Orgulhosos! Que éreis antes de serdes nobres e poderosos? Talvez estivésseis abaixo do último dos vossos criados. Curvai, portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo no momento em que mais as elevardes. Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa todos os corpos. Em nada os modificam os vossos títulos e os vossos nomes. Eles permanecerão no túmulo e de modo nenhum contribuirão para que gozeis da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade é que tem seus títulos de nobreza. – Lacordaire. (Constantina, 1863.)



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 11.)

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