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sábado, 18 de julho de 2020

Morte Silenciosa


Todos os dias, enquanto nos hospitais e clínicas particulares, inúmeros médicos e enfermeiros lutam pela vida dos seus pacientes, muitas outras vidas são destroçadas.

E suas mortes não constam das manchetes retumbantes, nem nos noticiários da televisão. Passam anônimas.

Na verdade, poucos são os que se dão conta de que elas ocorrem. Falamos dos seres que não chegaram a nascer. Suas vidas são ceifadas como se arranca dos canteiros a erva daninha.

Bocas são silenciadas antes de se abrirem para o primeiro gemido. Mãos que poderiam acariciar, braços que se preparavam para as trocas dos carinhos foram simplesmente destruídos.

Pernas e pés que ainda não se firmaram para andar, correr, saltar, não o farão jamais.

São embriões e fetos, seres vivos, todos os dias jogados à vala da indiferença.

Sim. São muitos os motivos que levam alguém a abortar o fruto das suas entranhas. Desespero, aflição, ignorância, comodismo, problemas financeiros e familiares, entre outros.

Nada que o justifique, prosseguindo a ser crime perante a Lei Divina que, desde os dias do Decálogo, prescreve não matar.

Percebemos que, enquanto crescem os movimentos ecológicos, de alerta ao respeito pela natureza, à Terra em que vivemos; enquanto os grupos de apoio à fauna e à flora se multiplicam, poucos são os que se erguem para falar em nome desses pequenos seres que têm seus corpos destruídos, antes de virem à luz.

E são seres humanos, com a única diferença de não possuírem ainda um documento de cidadania.

Quando deixaremos de ser tão insensíveis aos problemas alheios e nos envolveremos, batalhando pela vida?

Quantos de nós sabemos das intenções de abortamento de uma amiga, uma colega de trabalho, parente ou familiar e nada fazemos, com a desculpa de que cada qual é dono de sua própria vida?

Para quem sabe e não esclarece, nada faz por evitar o crime, há também culpa por omissão.

Quanta vez a criatura que se decide pelo abortamento, o faz porque não encontrou em seu caminho uma mão que lhe detivesse a tentativa, uma voz que lhe falasse acerca da vida em geração em seu ventre, como um filho de Deus!

Sempre se constituirá em infanticídio o aborto delituoso.

Um covarde processo de que se utilizam uns tantos para fugir à responsabilidade, incorrendo em grave falta.

Se puderes, luta pela vida desses pequeninos! Se, eventualmente, já cometeste o abortamento alguma vez, volta-te para esses outros pequenos que vivem na terra, ao abandono e ampara a um deles.

Doa do teu amor, porque bem poderá acontecer que Deus, em Sua infinita misericórdia, dessa forma te permitirá reencontrar o Espírito que te estava destinado para filho do coração.

*

Mesmo quando aceito e tornado legal nos estatutos humanos, o abortamento fere violentamente as Leis Divinas, continuando a ser crime para quem o pratica ou para quem a ele se submete.

O único tipo de abortamento permitido pela Lei Divina é o terapêutico. Isto quer dizer, sacrificar-se o bebê para salvar a vida da mãe.
🌿🌹🌿

Redação do Momento Espírita.. Disponível no livro Momento Espírita, v. 7, ed. FEP. Em 19.05.2008.







MENSAGEM DO ESE:

Preces pelos doentes

As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena; são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós germens malsãos, às vezes hereditários. Nos mundos mais adiantados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades e o corpo não é minado surdamente pelo corrosivo das paixões. (Cap. III, n° 9.) Temos, assim, de nos resignar às conseqüências do meio onde nos coloca a nossa inferioridade, até que mereçamos passar a outro. Isso, no entanto, não é de molde a impedir que, esperando tal se dê, façamos o que de nós depende para melhorar as nossas condições atuais. Se, porém, mau grado aos nossos esforços, não o conseguirmos, o Espiritismo nos ensina a suportar com resignação os nossos passageiros males.

Se Deus não houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em certos casos, não houvera posto ao nosso alcance meios de cura. A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservação, indica que é dever nosso procurar esses meios e aplicá-los.
A par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da prece. (Ver, no Cap. XXVI, a notícia sobre a mediunidade curadora.)

Prece. (Para ser dita pelo doente.) — Senhor, pois que és todo justiça, a enfermidade que te aprouve mandar-me necessariamente eu a merecia, visto que nunca impões sofrimento algum sem causa. Confio-me, para minha cura, à tua infinita misericórdia. Se for do teu agrado restituir-me a saúde, bendito seja o teu santo nome. Se, ao contrário, me cumpre sofrer mais, bendito seja ele do mesmo modo. Submeto-me, sem queixas, aos teus sábios desígnios, porquanto o que fazes só pode ter por fim o bem das tuas criaturas.
Dá, ó meu Deus, que esta enfermidade seja para mim um aviso salutar e me leve a refletir sobre a minha conduta. Aceito-a como uma expiação do passado e como uma prova para a minha fé e a minha submissão à tua santa vontade.

Prece. (Pelo doente.) — Meu Deus, são impenetráveis os teus desígnios e na tua sabedoria entendeste de afligir a N... pela enfermidade. Lança, eu te suplico, um olhar de compaixão sobre os seus sofrimentos e digna-te de pôr-lhes termo.
Bons Espíritos, ministros do Onipotente, secundai, eu vos peço, o meu desejo de aliviá-lo; encaminhai o meu pensamento, a fim de que vá derramar um bálsamo salutar em seu corpo e a consolação em sua alma.
Inspirai-lhe a paciência e a submissão à vontade de Deus; dai-lhe a força de suportar suas dores com resignação cristã, a fim de que não perca o fruto desta prova.
Prece. (Para ser dita pelo médium curador.) — Meu Deus, se te dignas servir-te de mim, indigno como sou, poderei curar esta enfermidade, se assim o quiseres, porque em ti deposito fé. Mas, sem ti, nada posso. Permite que os bons Espíritos me cumulem de seus fluidos benéficos, a fim de que eu os transmita a esse doente, e livra-me de toda idéia de orgulho e de egoísmo que lhes pudesse alterar a pureza.
🌿🌹🌿
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, itens 77 a 80.)


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