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terça-feira, 28 de julho de 2020

Os ignorantes



Não descarregues o teu azedume, conflitos e recalques nos servidores da tua casa, do teu trabalho, da tua esfera social.

Eles já sofrem o suficiente, dispensando a carga de amargura e mal-estar que lhes destinas.

Coloca-te no lugar deles e verás quanto gostarias de receber gentilezas, ter atenuadas as humilhações que passasses, as dores que carpisses...

São teus irmãos carentes.

Se te fazem grosserias e são rudes, educa-os com o silêncio e a bondade.

Eles desconhecem as boas maneiras, necessitando do teu exemplo.
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FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015. Capítulo 109.





MENSAGEM DO ESE:

Caracteres da perfeição

Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. — Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? — Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? — Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)
Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.
Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.


Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial.”
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, itens 1 e 2.)


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APEGO FAMILIAR E MORTE
(...)


— Tornando à questão do apego familiar...


— Qualquer espécie de apego impede que o espírito siga adiante em seus novos caminhos – “deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” – exorta-nos o Cristo!


Um dos discípulos, cujo pai havia desencarnado, pedira ao Mestre que, primeiro, lhe consentisse enterrar o corpo de seu genitor... O exercício do desapego é dos mais importantes para que o espírito se adapte às suas novas condições de vida no Mundo Espiritual – sem que possamos compreender que tudo é nosso, mas que nada nos pertence em regime de exclusividade, teremos dificuldades imensas para caminhar à frente. Por tal motivo é que a maioria dos espíritos vive presa à retaguarda, respirando na atmosfera dos encarnados, esperando a primeira oportunidade de reencarnar – não consegue viver longe daquela que considera como sendo sua família – não quer abrir mão de seus bens, e somente não permanece de sentinela ao lado de seu corpo no esquife porque ele entra em estado de decomposição e faz com que ele empreenda fuga – se o corpo físico, pela Sabedoria da Lei, não se desintegrasse, muitos seriam os espíritos que, por séculos, permaneceriam a velá-lo, na expectativa de que, de hora para outra, pudesse se levantar do túmulo.
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Livro: Um Mundo Espiritual Chamado Terra
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Inácio Ferreira
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo

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