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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

FARDO


Não há ninguém sem um fardo para carregar.

O parente difícil, o filho-problema, o amigo inconstante,
o cônjuge irresponsável...

Se há quem nos seja um fardo, é possível que igualmente sejamos um fardo para alguém.

Em todo grupo familiar há sempre um ou outro espírito recalcitrante, ali colocado pelas Leis da Vida para a imprescindível permuta de experiências.

Quem tem mais é chamado a dar a quem tem menos.

A pessoa difícil com a qual convivemos é sempre um examinador às avessas na aferição de nossos reais valores.

Todo fardo carregado com amor pode se transformar em escora, impedindo a queda de quem o sustenta.

Não maldigamos o fardo de nossas penosas obrigações cotidianas, convictos de que é justamente ele o instrumento de nosso aperfeiçoamento.

Ninguém irá a parte alguma abandonando o seu fardo à margem da estrada.

Todo débito, cuja quitação se adia, deverá, mais tarde, ser saldado com juros.

Meditemos nestas palavras inseridas em "O Evangelho Segundo o Espiritismo": "Todos aqueles que carregam o seu fardo e assistem seus irmãos são os meus bem-amados".
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Irmão José/Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA, ed. Didier
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MENSAGEM DO ESE:


A nova era (III)

 

Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo. Manifesta-se quase por toda parte. A razão disso, encontramo-la na vida desse grande filósofo cristão. Pertence ele à vigorosa falange do Pais da Igreja, aos quais deve a cristandade seus mais sólidos esteios. Como vários outros, foi arrancado ao paganismo, ou melhor, à impiedade mais profunda, pelo fulgor da verdade. Quando, entregue aos maiores excessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos; quando, afinal, no seu caminho de Damasco, também lhe foi dado ouvir a santa voz a clamar-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” exclamou: “Meu Deus! Meu Deus! perdoai-me, creio, sou cristão!” E desde então tornou-se um dos mais fortes sustentáculos do Evangelho. Podem ler-se, nas notáveis confissões que esse eminente espírito deixou, as características e, ao mesmo tempo, proféticas palavras que proferiu, depois da morte de Santa Mônica: Estou convencido de que minha mãe me virá visitar e dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura. Que ensinamento nessas palavras e que retumbante previsão da doutrina porvindoura! Essa a razão por que hoje, vendo chegada a hora de divulgar-se a verdade que ele outrora pressentira, se constituiu seu ardoroso disseminador e, por assim dizer, se multiplica para responder a todos os que o chamam.
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— Erasto, discípulo de S. Paulo. (Paris, 1863.).
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 11.)




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