“Nós, porém, temos a mente do Cristo.” — PAULO (1 Coríntios 2.16)
Para qualquer de nós, chega o minuto das grandes hesitações.
Trabalhamos, por tempo enorme, no encalço de determinada realização e eis que, de chofre, todo o nosso esforço parece perdido…
Buscávamos diretrizes no exemplo de alguém, que aceitávamos como possuindo bastante virtude para guiar-nos a vida e esse alguém falha desastradamente no instante preciso em que mais lhe requisitamos as luzes…
Contávamos com certos recursos para o atendimento a compromissos diversos e esses recursos como que se evaporam, deixando-nos amarguradamente frustrados…
Retínhamos elementos valiosos que nos garantiam segurança e tranquilidade e, por circunstâncias inelutáveis, nos vemos privados deles, largados à prova, sem alegria e sem direção…
Todos somos surpreendidos pelo dia nublado de incerteza em que nos reconhecemos perplexos.
Por dentro, ansiedade; por fora, consternação…
Não nos sintamos, porém, sozinhos. Dispomos da mente de Cristo, o Divino Mestre da Alma.
Roguemos a Jesus caminho e sustento.
A hora da incerteza é, sobretudo, a hora da prece. Quando a sombra chega é o momento de fazer luz.
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Emmanuel
Chico Xavier
MENSAGEM DO ESE:
Mercadores expulsos do templo
Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos: — e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo. — Ao mesmo tempo os instruía, dizendo: Não está escrito: Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações? Entretanto, fizestes dela um covil de ladrões! — Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o prenderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 15 a 18; — S. MATEUS, cap. XXI, vv. 12 e 13.)
Jesus expulsou do templo os mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 5 e 6.)
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Desafio e resposta
Compadece-te, pede a vida. Compadece-te, pede a lei.
A vida é amor e a lei é justiça, no entanto, por marco de interação, a Divina Providência colocou entre ambas a fonte da misericórdia, assegurando o equilíbrio.
O amor sabe que, sem justiça, a estrada mergulharia no caos, e a justiça reconhece que, sem amor, a meta se perderia nas tramas do ódio.
Acende, pois, a lâmpada de tua compaixão e clareia a marcha.
Quando a névoa obscureça algum trecho da senda, aponta o rumo certo e, conquanto não percas a prioridade do raciocínio, estende o pão da bondade com o metro da lógica.
Se alguém te escorraça, recorda que ninguém altearia os punhos contra o próximo se estivesse convencido de que, um dia, no Plano Superior, seremos inquiridos sobre aquilo que estamos fazendo aos nossos irmãos;
se alguém te menospreza, reflete que ninguém depreciaria um companheiro se soubesse que, amanhã, talvez renasça no lar daqueles mesmos a quem haja fustigada com o látego da aversão;
se alguém te injuria, lembra-te de que ninguém ergueria o verbo, em louvor da crueldade, se realmente acreditasse que responderemos por todos os espinhos que estivermos semeando nos caminhos alheios;
se alguém te prejudica pelo abuso de autoridade, pensa que ninguém se desmandaria no poder se meditasse na hora inevitável em que será compelido a fundir todas as vanglórias humanas num punhado de cinzas!…
Serve, reconhecendo que o trabalho é nossa herança comum, na jornada evolutiva, e ora, aceitando no firmamento o teto abençoado que a todos nos acolhe como filhos de Deus.
À frente de quem se aproxime, compadece-te. Todos somos alunos na escola da experiência.
Cada lição conquistada resulta de esforço. Esforço, muitas vezes, encontra dificuldade. Toda dificuldade é um desafio. E, diante de qualquer desafio, antes de tudo, compaixão é a resposta.
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Emmanuel
Chico Xavier
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